Lítio, Trump e Elon Musk: R$ 75,1 trilhões em reservas de lítio e terras raras vira moeda de negociação para garantir o apoio dos EUA e salvar a Ucrânia
Revolução na mineração: R$ 75,1 trilhões em lítio e minerais de terras raras! No coração do leste europeu, uma batalha silenciosa pelo domínio de recursos naturais estratégicos está em curso, e o palco dessa disputa é a Ucrânia. Enquanto os olhos do mundo se voltam para os combates no campo de batalha, outra guerra – econômica e diplomática – se desenrola nos bastidores, envolvendo lítio e terras raras, Elon Musk e uma possível reviravolta com o retorno de Donald Trump.
Será que o presidente Zelensky está usando as vastas reservas de minerais ucranianos como peça-chave para manter o apoio dos Estados Unidos? Descubra como esses elementos podem definir o futuro da guerra e reconfigurar o equilíbrio global.
12 trilhões de dólares em reservas de lítio e terras raras – A cartada final da Ucrânia para atrair Trump?
A guerra é, sem dúvida, uma das atividades humanas mais caras, e a invasão russa na Ucrânia não é exceção. Apenas dos Estados Unidos, estima-se em 60 bilhões de dólares o montante referente à ajuda militar direta à Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
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Essa ajuda é vital para um país como a Ucrânia, que, com uma economia muito menor do que a russa, enfrenta o desafio de se defender contra uma potência militar muito maior. Sem o apoio de aliados, principalmente dos Estados Unidos, a resistência ucraniana seria praticamente impossível.
A questão que surge é: por quanto tempo os aliados estarão dispostos a continuar financiando essa guerra? O custo humano e financeiro cresce a cada dia, e os Estados Unidos também enfrentam pressões internas, especialmente do Partido Republicano, que questiona se é viável continuar financiando o esforço de guerra de outro país enquanto os problemas domésticos se acumulam e se avolumam.
O cenário que tem gerado preocupação em Kiev:
O impacto da volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Durante a sua campanha, Trump prometeu encerrar a guerra na Ucrânia em 24 horas, sem detalhar como faria isso. Embora tenha garantido que não abandonará a Ucrânia, Trump criticou os níveis de apoio militar fornecidos por Joe Biden e sugeriu que Kiev deverá esperar uma forte redução nessa assistência.
Para a Ucrânia, isso representa uma grande ameaça. Sem os recursos financeiros e militares dos Estados Unidos, as chances de resistir à agressão russa são praticamente nulas. Diante desse cenário, o presidente Zelensky parece ter adotado uma estratégia diplomática ousada, adiando por duas vezes um acordo importante com os Estados Unidos sobre a exploração de minerais raros. Segundo alguns analistas, o objetivo seria permitir que Trump reivindique o crédito pelo acordo assim que assumir o cargo.
O tesouro oculto da Ucrânia: 12 trilhões de dólares em minerais críticos que podem mudar o futuro global
A Ucrânia é um verdadeiro tesouro de recursos naturais, possuindo grandes reservas de 20 tipos de minerais críticos, como cobalto, grafite e, mais importante, o lítio – um componente essencial para baterias recarregáveis e fundamental para a revolução dos carros elétricos.
Estima-se em quase 12 trilhões de dólares o valor das reservas minerais da Ucrânia, sendo um terço das reservas comprovadas de lítio de toda a Europa. Isso torna o país altamente atrativo para nações que buscam garantir segurança em cadeias de suprimentos de materiais críticos.
É nesse contexto de aproximação com Trump que entra em cena Elon Musk, um dos maiores financiadores da campanha presidencial de Trump e CEO da Tesla. Com o mercado de carros elétricos crescendo rapidamente, o lítio se tornou um recurso indispensável.
Musk, com acesso direto a Trump e, segundo muitas fontes, capaz de exercer forte influência sobre o presidente eleito dos Estados Unidos, pode convencer Trump a assinar contratos vantajosos para a exploração dessas reservas na Ucrânia.
Afinal, garantir acesso direto ao lítio ucraniano poderia não apenas reduzir custos para a Tesla, mas também consolidar os Estados Unidos como líder na produção de tecnologias sustentáveis. Essa dinâmica cria uma relação complexa.
A jogada estratégica de Zelensky: usar o lítio como moeda de troca para seduzir Trump e Elon Musk, e garantir o apoio dos EUA
Zelensky, sabendo da influência de Musk sobre Trump, pode estar apostando em promessas de acesso ao lítio e outros minerais valiosos como uma estratégia para manter o apoio militar e financeiro norte-americano.
Como mencionado, isso poderia explicar por que o acordo sobre minerais com os Estados Unidos foi adiado duas vezes, revelando uma jogada diplomática que busca maximizar ganhos em um cenário de mudança na administração dos Estados Unidos.
Conhecendo o caráter pragmático e transacional de Donald Trump, visto por muitos como um homem de negócios antes de ser presidente, Zelensky parece estar montando uma manobra diplomática cuidadosamente calculada.
Os adiamentos do acordo com a administração Biden podem não ser apenas uma questão técnica, mas uma tentativa clara de alinhar interesses comerciais e políticos com a nova administração Trump. Zelensky entende que, para Trump, negócio é uma palavra-chave.
Assim, ele busca transformar as reservas minerais da Ucrânia em um ativo geopolítico capaz de atrair o novo governo americano, alimentando os cofres públicos e, tão importante quanto isso, alimentando o ego de Trump, que posaria publicamente como responsável pelo acordo.
Entre Trump, Musk e a China: como o lítio e minerais de terras raras ucraniano se tornou peça-chave na disputa pelo poder global
Não é coincidência que Zelensky tenha realizado um encontro prolongado com Trump em Paris. Durante os 45 minutos de reunião, Zelensky reforçou a narrativa de que a Ucrânia está disposta a negociar e que Putin teme a liderança de Trump.
Além disso, fontes indicam que Zelensky teria sugerido que os contratos minerais poderiam ser acelerados sob a administração Trump, criando assim uma ponte direta entre os interesses econômicos americanos e a segurança ucraniana.
Outro ponto importante é a percepção de que Musk pode servir como intermediário informal nesse processo. A sua relação com Trump e o foco da Tesla em fontes sustentáveis o colocam em uma posição única para influenciar decisões. Assim, Zelensky não apenas busca apoio financeiro, mas também tenta transformar o lítio em um elemento de atração para o empresariado americano.
Além disso, há ainda uma questão estratégica importante envolvendo a China. Com os chineses buscando grandes reservas de minérios raros e, principalmente, de lítio, o fim do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia poderia levar a uma vitória russa na guerra.
Nesse caso, os minérios e todo o lítio ucraniano seriam explorados pela Rússia, que os venderia para a China. Isso proporcionaria aos chineses uma vantagem industrial significativa no setor de baterias, ameaçando os Estados Unidos e, por tabela, os negócios de Elon Musk.
De fato, alguns analistas afirmam que um dos argumentos usados por Putin para atrair o apoio de Xi Jinping foi justamente a oferta de contratos para a exploração chinesa das reservas minerais da Ucrânia em caso de vitória russa. A situação da Ucrânia nos mostra como a guerra não se limita ao campo de batalha.
Questões econômicas, diplomáticas e estratégicas desempenham papéis igualmente cruciais, com as reservas de lítio e outros minerais da Ucrânia podendo se tornar o elemento-chave para assegurar alianças e, talvez, sua própria sobrevivência como nação soberana.