Um ano após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, R$ 6,5 bilhões seguem parados, sem previsão de início das obras prometidas para conter novas tragédias
Um ano depois da enchente que deixou 184 mortos e 25 desaparecidos no Rio Grande do Sul, os projetos para evitar novas tragédias ainda não saíram do papel. O Fundo de Apoio à Infraestrutura para Eventos Climáticos Extremos (Firece), criado pelo governo federal, tem R$ 6,5 bilhões disponíveis. Mas as obras seguem sem data para começar.
Os recursos estão em conta vinculada à Caixa Econômica Federal. A verba deve ser usada para construção e recuperação de diques, casas de bombas, drenagem e desassoreamento de rios.
A responsabilidade pela execução era inicialmente dos municípios, mas passou ao governo estadual após pedido do governador Eduardo Leite ao presidente Lula.
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Segundo a Agência Brasil, a mudança de gestão e a necessidade de atualizar os projetos atrasaram o processo. Leite afirmou que os estudos já estavam em andamento antes da tragédia.
No entanto, a dimensão das enchentes exigiu revisão completa das propostas. Agora, elas passam por readequação técnica. Não há previsão para o fim dessa etapa.
Entre as obras consideradas prioritárias estão um novo dique em Eldorado do Sul e intervenções na bacia do Arroio Feijó, que abrange áreas entre Porto Alegre e Alvorada.
Prefeitos da Região Metropolitana cobram agilidade. Em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo afirma que há R$ 700 milhões em projetos aguardando liberação.
Já em Canoas, o prefeito Airton Souza demonstra preocupação com a lentidão. A cidade teve mais da metade da área urbana inundada em 2023. Segundo ele, há o risco de os recursos permanecerem parados enquanto novas tragédias seguem possíveis. Até agora, nenhuma das obras foi iniciada, e não há um cronograma oficial divulgado.
Com informações de O Bairrista.