Certame exclusivo para pequenas e médias usinas define o rumo da matriz energética com contratos de longo prazo e aponta os grandes players do mercado.
O governo brasileiro acaba de definir uma parte importante do futuro energético do país. Um leilão focado em pequenas e médias hidrelétricas resultou na negociação de 815 megawatts (MW) de potência. A operação vai destravar R$ 5,5 bilhões em novos investimentos, segundo dados oficiais da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Leilão de energia viabiliza 815 MW em pequenas e médias hidrelétricas
O primeiro leilão do governo dedicado exclusivamente a hidrelétricas de porte pequeno e médio confirmou o forte interesse do mercado. O evento garantiu a contratação de projetos que somam 815 MW em novas usinas.
O valor médio da energia negociada foi de R$ 392,84 por megawatt-hora (MWh). Esse preço final representou um deságio de 3,16% sobre o valor inicial, mostrando a competitividade entre os geradores.
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Contratos de 20 anos e início do fornecimento
Os projetos de hidrelétricas contratados terão um longo ciclo de vida operacional. Os contratos foram assinados por um período de 20 anos, garantindo estabilidade para os investidores e para o sistema. O início do fornecimento de energia por essas novas usinas está programado para janeiro de 2030.
O leilão incluiu diferentes tipos de usinas de pequeno e médio porte, como as centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas hidrelétricas (UHEs) com capacidade de até 50 MW.
Principais compradores no leilão de hidrelétricas
Grandes players do mercado garantiram a compra da energia. A principal compradora foi a Amazonas Energia, que está em fase de transição de controle para a Âmbar, do grupo J&F.
Além dela, distribuidoras de peso como Neoenergia (Celpe, Coelba e Cosern), Enel (Eletropaulo e Coelce), Energisa (Paraíba e Tocantins) e a Light também participaram ativamente das compras, assegurando a energia para seus consumidores na próxima década.