Proposta de Donald Trump estabelece taxa de R$ 27 milhões para milionários que querem morar nos EUA
O presidente Donald Trump anunciou um plano inédito na terça-feira: a venda de um “cartão dourado”, ou “gold card”, para estrangeiros ricos que queiram ir morar nos EUA legalmente.
O documento concederá o direito de viver e trabalhar nos Estados Unidos, além de oferecer um caminho para a cidadania, por uma taxa de US$ 5 milhões, cerca de R$ 27 milhões.
“Vamos vender um cartão dourado. Você tem um green card. Este é um cartão dourado”, afirmou Trump, diretamente do Salão Oval. “Você tem um green card. Este é um cartão dourado. Vamos colocar um preço naquele cartão de cerca de US$ 5 milhões e isso vai lhe dar privilégios de green card, além de ser uma rota para a cidadania. E pessoas ricas virão para o nosso país comprando este cartão.”
-
Produtos de beleza dos anos 80: xampu de ovo, batom de melancia e bronzeadores sem filtro que marcaram uma geração e ainda vivem na memória das brasileiras
-
Muralha do Japão custará 12,7 bilhões de dólares, atravessa três províncias para tentar evitar tragédias para as próximas décadas
-
Como era viver numa casa brasileira dos anos 70: sofá de listras, cadeira de fio e aquele cheirinho de café fresco no quintal
-
Nicarágua revive megaprojeto de canal interoceânico maior que o do Panamá para atrair China e Rússia e tenta garantir papel estratégico no comércio global
Quando o processo se inicia?
Segundo Trump, as vendas começam em cerca de duas semanas. Ele sugeriu que milhões desses cartões poderão ser adquiridos. Quando perguntado se o cartão estaria disponível para oligarcas russos, o ex-presidente foi direto: “Sim, possivelmente. Eu conheço alguns oligarcas russos que são pessoas muito legais.”
Ao lado de Trump, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, explicou que o “cartão dourado” substituirá o programa EB-5, criado em 1992.
Esse programa permite que investidores estrangeiros injetem dinheiro em projetos que gerem empregos nos EUA e, em troca, solicitem vistos para imigração. “Eles terão que passar por uma triagem, é claro”, ressaltou Lutnick. “A ideia é garantir que sejam cidadãos globais maravilhosos de classe mundial.”
O programa EB-5 atualmente exige um investimento mínimo de US$ 1.050.000. Em áreas economicamente carentes, o valor é de US$ 800.000.
Empresas ligadas a Trump e sua família já utilizaram o EB-5 para financiar grandes empreendimentos imobiliários. Durante o primeiro mandato de Trump, o programa recebeu críticas de legisladores de ambos os partidos, que alegaram que ele havia se desviado de seus objetivos iniciais.
Em 2019, a administração Trump tentou aumentar os valores mínimos de investimento para US$ 900.000 em áreas específicas e US$ 1,8 milhão em outras.
Entretanto, em 2021, um juiz federal anulou a decisão, alegando que o secretário interino de Segurança Interna, que autorizou a medida, não havia sido nomeado corretamente.
O programa EB-5 foi renovado em 2022, no governo Biden, com os requisitos mínimos ajustados aos valores atuais.
Com informações de CNN Edition.


Seja o primeiro a reagir!