A ANP confirmou que petroleiras vão investir R$ 17 bilhões em campos terrestres de óleo e gás no Brasil. A medida prevê novos poços, mais empregos e segurança energética.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta terça-feira (23) que petroleiras com atuação no Brasil devem aportar cerca de R$ 17 bilhões em campos terrestres de óleo e gás. Os investimentos se concentram em contratos que tiveram prorrogação da chamada Rodada Zero, que marcou a abertura do setor no fim dos anos 1990.
Ao todo, 139 contratos foram renovados e já contam com novos planos de desenvolvimento aprovados pela ANP em agosto. O objetivo principal é ampliar os fatores de recuperação, prolongar a vida útil dos campos e garantir a continuidade da produção em bases mais sustentáveis.
Prorrogação garante mais produção e empregos
Segundo a ANP, os contratos prorrogados se encerrariam em 2025, mas tiveram continuidade a pedido das operadoras. A expectativa é de que os investimentos resultem em 600 milhões de barris de petróleo adicionais e 72 bilhões de metros cúbicos de gás natural.
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Além de fortalecer a segurança energética, a medida deve gerar milhares de empregos e ampliar a arrecadação para estados e municípios produtores.
Novos poços e recondicionamento da infraestrutura existente
Os planos aprovados incluem a perfuração e completação de 2.115 novos poços, o recondicionamento de 5.546 poços já existentes e a intervenção em outros 1.039 poços perfurados. Esses movimentos vão permitir maior eficiência na extração e melhor aproveitamento das reservas já descobertas.
Outro ponto importante destacado pela ANP é o salto nos fatores de recuperação: o índice do petróleo deve crescer de 22,56% para 26,34%, enquanto o do gás natural pode saltar de 40,06% para 65,33%.
A chamada Rodada Zero foi realizada em 1998, após a quebra do monopólio da Petrobras, com a criação da Lei do Petróleo. Na época, houve a ratificação dos direitos da estatal nos campos que já estavam em operação. Mas, a partir dali, outras petroleiras puderam disputar contratos de exploração no Brasil.
Hoje, a prorrogação desses contratos representa uma oportunidade de revitalizar áreas maduras, ampliando a competitividade do setor. Ainda que a produção offshore concentre a maior parte do volume nacional, a ANP defende que o fortalecimento da produção em terra é estratégico para diversificar e garantir segurança ao mercado.