Aprenda a identificar sinais de quilometragem Adulterada de veículos usados, garantindo uma compra segura e evitando fraudes comuns no mercado automotivo.
Comprar um carro seminovo pode ser um excelente negócio, mas é preciso tomar cuidado para não cair em armadilhas. Entre os diversos aspectos a serem analisados, como estética e procedência, um dos maiores problemas enfrentados pelos consumidores é a adulteração do hodômetro, que pode inflar o preço do veículo ao apresentar a quilometragem adulterada.
Um truque antigo, mas ainda presente
A quilometragem adulterada é um golpe antigo. Nos veículos com hodômetros analógicos, essa prática era bastante comum, já que a manipulação dos números era relativamente fácil.
Com a chegada dos hodômetros digitais, integrados às centrais eletrônicas, o procedimento tornou-se mais complicado, mas a quilometragem adulterada não desapareceu.
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Mesmo com os avanços tecnológicos, ainda existem maneiras de alterar a quilometragem, tornando essencial que compradores estejam atentos para evitar prejuízos.
Quilometragem adulterada é Crime
É importante destacar que adulterar a quilometragem de um veículo configura crime no Brasil. A prática é enquadrada como estelionato pelo artigo 171 do Código Penal.
Além disso, o artigo 66 da lei nº 8.078/1990, do Código de Defesa do Consumidor, prevê penalidades para quem fornece informações falsas ou enganosas sobre produtos ou serviços.
As punições incluem multa e até detenção, com penas que variam de três meses a um ano. Isso significa que tanto quem manipula o hodômetro quanto quem vende o carro sem informar a adulteração pode ser responsabilizado.
Como Identificar se o hodômetro foi adulterado?
Existem algumas medidas que ajudam a descobrir se o veículo foi alvo desse tipo de fraude. Confira os principais passos:
- Verifique sinais de violação no painel: Trincos, emendas ou marcas próximas ao velocímetro podem indicar manipulação.
- Analise os pneus: Um jogo de pneus costuma durar cerca de 30.000 km. Se a quilometragem do carro for muito baixa, mas os pneus estiverem desgastados, pode haver algo errado.
- Examine o interior do veículo: Estofados, acabamentos e o volante também indicam desgaste. Costuras soltas ou espuma achatada sugerem maior uso do que o indicado no hodômetro.
- Consulte o histórico do veículo em seguradoras: Muitas seguradoras arquivam informações sobre quilometragem coletadas em vistorias. O investimento em uma consulta pode evitar dores de cabeça.
- Confira o manual do veículo: As revisões registradas no manual indicam a quilometragem real em momentos específicos. Discrepâncias são um sinal de alerta.
- Teste com GPS: Ligue o GPS do celular e dê uma volta com o carro. Compare os dados do GPS com o hodômetro. Diferenças significativas podem apontar adulteração.
Sinais claros de adulteração
Os passos acima ajudam a identificar inconsistências, mas é essencial entender o que esses sinais realmente significam:
- Marcas de violação no painel: Se houver trincos ou emendas próximas ao velocímetro, a manipulação pode ter ocorrido.
- Condição dos pneus: Se os pneus estão muito desgastados para a quilometragem apresentada, é um indício de adulteração.
- Interior desgastado: Volantes gastos, estofados danificados e painéis riscados não condizem com carros de baixa quilometragem.
- Histórico de seguradoras: Caso o histórico de uma seguradora indique uma quilometragem maior do que a atual, o hodômetro pode ter sido manipulado.
- Revisões no manual: Se o manual aponta uma quilometragem maior em revisões anteriores, há algo errado.
- Teste com GPS: Diferenças expressivas entre o GPS e o hodômetro durante um teste podem indicar fraude.
Cuidados para evitar golpes
Mesmo com as dicas acima, a melhor forma de evitar golpes é realizar uma compra consciente e bem informada. Sempre pesquise sobre o vendedor, prefira lojas de confiança e, se possível, peça ajuda a um mecânico de sua confiança para avaliar o veículo.
Além disso, nunca feche negócio sem verificar a procedência e o histórico do automóvel. Documentos como o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) devem estar em ordem, assim como o manual e o histórico de revisões.
Por fim, se desconfiar de qualquer irregularidade, busque auxílio de especialistas ou órgãos de defesa do consumidor. Lembre-se de que, ao agir com cautela, você protege seu investimento e evita problemas futuros.
Também é bom levar no mecânico e drenar o óleo do motor e colocar o óleo de viscosidade correta. Após isso verificar a pressão de óleo.Verificar a compressão dos cilindros, verificar a vazão dos cilindros, verificar a estanqueidade do sistema de arrefecimento. Meça a altura do cabeçote, verifique se a junta do cabeçote é do material que sai de fábrica.Verificar se a correia dentada, se for o caso, ainda possui as inscrições gravadas, se é a original de fábrica e se está instalada na posição correta. Verificar se a bomba d’água é original.Verificar se os amortecedores são os originais de fábrica e sua data de fabricação. Verificar os coxins suportes do motor. Coxins desgastados ou até mesmo trocados indicam que o carro já rodou muito.Se identificar que houve troca de peças de forma incompatível com a quilometragem não compre.Se não tiver o manual não compre.
Dei minha antiga Megane Grandtour na troca em uma loja de usados. Comprei ela 0km e vendi quando tinha 293 mil km… a maioria em estradas e era extremamente bem cuidada e visualmente perfeita (em 9 anos comigo nunca foi feito sequer um retoque na pintura, além de interior perfeito, pneus novos etc)…Semanas depois, vi ela sendo anunciada em outra loja (o cara repassou, já que a loja dele era de carros de melhor padrão) e dizendo que tinha 79 mil km… vendeu em menos de 10 dias.