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Quilometragem Adulterada? Veja como descobrir fácil e evitar golpes

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 02/12/2024 às 05:56
Quilometragem adulterada
Foto; Reprodução

Aprenda a identificar sinais de quilometragem Adulterada de veículos usados, garantindo uma compra segura e evitando fraudes comuns no mercado automotivo.

Comprar um carro seminovo pode ser um excelente negócio, mas é preciso tomar cuidado para não cair em armadilhas. Entre os diversos aspectos a serem analisados, como estética e procedência, um dos maiores problemas enfrentados pelos consumidores é a adulteração do hodômetro, que pode inflar o preço do veículo ao apresentar a quilometragem adulterada.

Um truque antigo, mas ainda presente

A quilometragem adulterada é um golpe antigo. Nos veículos com hodômetros analógicos, essa prática era bastante comum, já que a manipulação dos números era relativamente fácil.

Com a chegada dos hodômetros digitais, integrados às centrais eletrônicas, o procedimento tornou-se mais complicado, mas a quilometragem adulterada não desapareceu.

Mesmo com os avanços tecnológicos, ainda existem maneiras de alterar a quilometragem, tornando essencial que compradores estejam atentos para evitar prejuízos.

Quilometragem adulterada é Crime

É importante destacar que adulterar a quilometragem de um veículo configura crime no Brasil. A prática é enquadrada como estelionato pelo artigo 171 do Código Penal.

Além disso, o artigo 66 da lei nº 8.078/1990, do Código de Defesa do Consumidor, prevê penalidades para quem fornece informações falsas ou enganosas sobre produtos ou serviços.

As punições incluem multa e até detenção, com penas que variam de três meses a um ano. Isso significa que tanto quem manipula o hodômetro quanto quem vende o carro sem informar a adulteração pode ser responsabilizado.

Como Identificar se o hodômetro foi adulterado?

Existem algumas medidas que ajudam a descobrir se o veículo foi alvo desse tipo de fraude. Confira os principais passos:

  • Verifique sinais de violação no painel: Trincos, emendas ou marcas próximas ao velocímetro podem indicar manipulação.
  • Analise os pneus: Um jogo de pneus costuma durar cerca de 30.000 km. Se a quilometragem do carro for muito baixa, mas os pneus estiverem desgastados, pode haver algo errado.
  • Examine o interior do veículo: Estofados, acabamentos e o volante também indicam desgaste. Costuras soltas ou espuma achatada sugerem maior uso do que o indicado no hodômetro.
  • Consulte o histórico do veículo em seguradoras: Muitas seguradoras arquivam informações sobre quilometragem coletadas em vistorias. O investimento em uma consulta pode evitar dores de cabeça.
  • Confira o manual do veículo: As revisões registradas no manual indicam a quilometragem real em momentos específicos. Discrepâncias são um sinal de alerta.
  • Teste com GPS: Ligue o GPS do celular e dê uma volta com o carro. Compare os dados do GPS com o hodômetro. Diferenças significativas podem apontar adulteração.

Sinais claros de adulteração

Os passos acima ajudam a identificar inconsistências, mas é essencial entender o que esses sinais realmente significam:

  1. Marcas de violação no painel: Se houver trincos ou emendas próximas ao velocímetro, a manipulação pode ter ocorrido.
  2. Condição dos pneus: Se os pneus estão muito desgastados para a quilometragem apresentada, é um indício de adulteração.
  3. Interior desgastado: Volantes gastos, estofados danificados e painéis riscados não condizem com carros de baixa quilometragem.
  4. Histórico de seguradoras: Caso o histórico de uma seguradora indique uma quilometragem maior do que a atual, o hodômetro pode ter sido manipulado.
  5. Revisões no manual: Se o manual aponta uma quilometragem maior em revisões anteriores, há algo errado.
  6. Teste com GPS: Diferenças expressivas entre o GPS e o hodômetro durante um teste podem indicar fraude.

Cuidados para evitar golpes

Mesmo com as dicas acima, a melhor forma de evitar golpes é realizar uma compra consciente e bem informada. Sempre pesquise sobre o vendedor, prefira lojas de confiança e, se possível, peça ajuda a um mecânico de sua confiança para avaliar o veículo.

Além disso, nunca feche negócio sem verificar a procedência e o histórico do automóvel. Documentos como o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) devem estar em ordem, assim como o manual e o histórico de revisões.

Por fim, se desconfiar de qualquer irregularidade, busque auxílio de especialistas ou órgãos de defesa do consumidor. Lembre-se de que, ao agir com cautela, você protege seu investimento e evita problemas futuros.

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Matias Danilo
Matias Danilo
02/12/2024 05:59

Também é bom levar no mecânico e drenar o óleo do motor e colocar o óleo de viscosidade correta. Após isso verificar a pressão de óleo.Verificar a compressão dos cilindros, verificar a vazão dos cilindros, verificar a estanqueidade do sistema de arrefecimento. Meça a altura do cabeçote, verifique se a junta do cabeçote é do material que sai de fábrica.Verificar se a correia dentada, se for o caso, ainda possui as inscrições gravadas, se é a original de fábrica e se está instalada na posição correta. Verificar se a bomba d’água é original.Verificar se os amortecedores são os originais de fábrica e sua data de fabricação. Verificar os coxins suportes do motor. Coxins desgastados ou até mesmo trocados indicam que o carro já rodou muito.Se identificar que houve troca de peças de forma incompatível com a quilometragem não compre.Se não tiver o manual não compre.

Adriano Joaquin
Adriano Joaquin
02/12/2024 07:35

Dei minha antiga Megane Grandtour na troca em uma loja de usados. Comprei ela 0km e vendi quando tinha 293 mil km… a maioria em estradas e era extremamente bem cuidada e visualmente perfeita (em 9 anos comigo nunca foi feito sequer um retoque na pintura, além de interior perfeito, pneus novos etc)…Semanas depois, vi ela sendo anunciada em outra loja (o cara repassou, já que a loja dele era de carros de melhor padrão) e dizendo que tinha 79 mil km… vendeu em menos de 10 dias.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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