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Querosene de aviação sofre reajuste de 17,1% e aumento no preço do combustível já é praticado pela Petrobras

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 03/02/2023 às 21:36
Atualizado em 21/03/2023 às 20:17
Logo na primeira semana de fevereiro, a Petrobras pratica reajuste de 17,1% no querosene de aviação e o combustível aumenta de preço.
Fonte: The Capital Advisor

Petrobras pratica reajuste de 17,1% no querosene de aviação.

A Petrobras indicou na última quarta-feira (02/02) o aumento de 17,1% no preço do querosene de aviação (QAV). Os reajustes já estão sendo aplicados nas refinarias da estatal e representam o primeiro aumento do combustível no ano.

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Fonte: Aero, Por Trás da Aviação

Querosene de aviação é reajustado e aumento é de 17,1%

O querosene de aviação (QAV), combustível utilizado em aviões de grande porte, após sofrer um reajuste de 17,1% no dia 1 de fevereiro, foi comercializado para as distribuidoras por aproximadamente R$5,30 por litro ou R$ 5.268,95 por m³, em média.

O aumento ocorreu após uma queda de 11,6% anunciada no começo de janeiro.

A petrolífera afirmou que os ajustes no preço do combustível ocorrem mensalmente e são definidos por fórmulas contratuais negociadas com as distribuidoras.

Ainda, comentou que “os preços de venda de querosene de aviação (QAV) da Petrobras buscam equilíbrio com o mercado e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio”.

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Diferente da redução em 1º de janeiro, o recente aumento não foi anunciado pela empresa em sua plataforma de relacionamentos com investidores, mas sim, por uma planilha atualizada em que constam os novos preços praticados pela estatal.

Política de preços de combustíveis da Petrobras

No ano de 2016, a Petrobras instituiu um sistema de correção de preços que englobou a gasolina e o óleo diesel, considerando variações da taxa de câmbio e o valor do barril do petróleo no comércio internacional.

Nos cálculos, também são considerados custos com frete de navios, taxas portuárias e custos internos de transporte.

Esse método resguarda a empresa contra possíveis intervenções políticas para atrasar reajustes.

Em contrapartida, o aumento de preços tende a ser quase constante em tempos de instabilidade, a saber, a guerra entre Rússia e Ucrânia, sendo sentido de forma direta pelos consumidores.

O querosene de aviação produzido nas refinarias da empresa ou importado é comercializado pela Petrobras apenas para as distribuidoras, as quais encaminham e comercializam os produtos para os revendedores, empresas de transporte aéreo e demais consumidores finais nos aeroportos.

Às distribuidoras e revendedoras cabe a responsabilidade pelas instalações nos aeroportos e serviços de abastecimento.

Após a instauração do PPI (Preço de Paridade Internacional), a Petrobras desfrutou de lucros sucessivos e conseguiu distribuir dividendos de maneira recorde.

Segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, “a alta do preço do QAV permanece sendo o maior desafio das empresas aéreas brasileiras, pois esse insumo representa cerca de 40% dos custos totais. A volatilidade da cotação do dólar também é preocupante, pois mais de 50% dos custos são dolarizados”.

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou em nota que, nos últimos 12 meses, o combustível acumula alta de 37,8%.

Os reajustes, que levam a aumentos no preço do combustível QAV praticados pela Petrobras, foram apontados como impactantes nos custos totais das operações aéreas.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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