Governo brasileiro projeta o maior plano de aviação regional da história, com mais de 130 aeroportos em construção e reforma. Essa expansão promete transformar o turismo, a economia e a saúde no interior, integrando regiões remotas ao país.
Nos próximos anos, o Brasil poderá experimentar uma revolução no setor aéreo.
Sem alarde, o governo federal tem em mãos um plano audacioso: conectar o interior do país a centros urbanos, gerando impactos em áreas como turismo, saúde e economia.
Mas qual é o verdadeiro alcance dessa proposta?
- Projeto de Trem-bala de 50 BILHÕES no Brasil tem data para sair do papel e gerar 10 MIL empregos
- Importante rodovia brasileira recebe investimento de R$ 2,92 BILHÕES após leilão para duplicar 67 km e criar contorno de 7,3 km
- Luciano Hang, dono da Havan, critica discussão sobre escala 6×1 e dispara que ‘brasileiro não quer trabalhar menos’
- SBT promove DEMISSÃO em massa e dá flores como presente de consolação para os ex-funcionários
A promessa inclui mais de 100 aeroportos e será anunciada com detalhes ainda neste ano, com o início das obras programado para transformar o sistema de aviação em até cinco anos.
No total, são 130 aeroportos previstos para entrar nesse projeto, o maior do tipo já planejado no Brasil.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, essa iniciativa une três frentes estratégicas de desenvolvimento.
A meta não é apenas encurtar distâncias, mas também criar oportunidades que favoreçam áreas pouco exploradas da economia regional.
As fases da construção dos aeroportos
Primeira frente: aeroportos concedidos à iniciativa privada
A primeira fase do plano envolve a reforma de cerca de 30 aeroportos que estão sob gestão privada.
Esses aeroportos menores integram blocos concedidos que também incluem terminais importantes, como Congonhas (SP) e Manaus (AM).
As operadoras responsáveis têm até dezembro deste ano para entregar a primeira leva de reformas, consolidando a primeira etapa de obras.
Esse sistema foi desenhado para aproveitar a estrutura das concessionárias de grandes aeroportos, oferecendo a elas a tarefa de modernizar unidades de menor porte no mesmo pacote de concessão.
Segunda frente: expansão da Infraero e novos projetos
A segunda frente de desenvolvimento foca em aeroportos assumidos pela Infraero, estatal que passou a gerenciar terminais que, até então, eram administrados por estados e municípios.
De acordo com o ministro, 20 aeroportos, incluindo o novo aeroporto internacional de Olímpia (SP), estão nessa lista de modernizações.
Esse movimento acontece após um período em que a Infraero gerenciava apenas o Santos Dumont (RJ), pois os leilões anteriores destinaram boa parte dos terminais ao setor privado.
Recentemente, no entanto, algumas cidades decidiram transferir novamente a gestão para o governo federal, visando mais eficiência e segurança no desenvolvimento.
Terceira frente: concessões regionais vinculadas aos grandes aeroportos
Por fim, a estratégia mais promissora – e desafiadora – será testada com a concessão do aeroporto de Guarulhos (SP), um dos maiores do país.
Em troca de uma extensão do prazo de concessão, a empresa administradora assumirá a responsabilidade de gerenciar aeroportos menores.
Esse modelo pode se tornar o novo padrão de concessão para os principais aeroportos nacionais, caso a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) seja concedida.
A meta é incluir cerca de 80 aeroportos regionais nos contratos das concessionárias atuais, conectando o sistema regional de forma ampla e integrada.
“Nós estamos falando em torno de 130 aeroportos, juntando esses três programas. É o maior programa de aviação regional da história do Brasil. A gente está trabalhando muito para que essas entregas sejam feitas à população. Nesses próximos cinco anos, nós vamos ter, sem dúvida alguma, o fortalecimento da aviação regional”, disse Costa Filho em entrevista ao canal CNN.
Impactos no turismo, saúde e economia regional
A expansão não se limita a melhorias na infraestrutura turística.
O ministro defende que a aviação regional desempenha um papel essencial para o agronegócio e a integração das economias locais ao restante do país.
Como exemplo, ele destacou a necessidade de um aeroporto em Barreiras, no interior da Bahia, para atender às demandas do setor agropecuário e melhorar a conectividade com os centros de distribuição.
Além disso, o impacto na saúde pública não é menos importante.
No Amazonas, onde cerca de 10 aeroportos regionais ainda são necessários, a ausência desses terminais dificulta o atendimento de emergências médicas.
Costa Filho enfatiza que, em situações graves como acidentes ou crises de saúde, a presença de aeroportos facilita o transporte urgente, incluindo a chegada de UTIs móveis, que frequentemente não conseguem atender a regiões remotas.
Essa necessidade de acesso rápido a cuidados emergenciais torna evidente como a aviação regional pode salvar vidas e transformar o sistema de saúde.
O plano de desenvolvimento busca garantir que mesmo áreas distantes de grandes centros urbanos tenham acesso rápido e eficiente a serviços essenciais.
A promessa de um desenvolvimento regional integrado e sustentável
Para tornar esse projeto viável, o governo se propõe a trabalhar em parceria com empresas privadas e estatais, dividindo responsabilidades e aproveitando a expertise do setor privado.
O modelo de concessões e a inclusão de novos aeroportos em contratos com grandes concessionárias são estratégicos para garantir o sucesso a longo prazo, evitando sobrecarga para a administração pública.
Segundo o ministro, a expectativa é que, com a consolidação do projeto, as regiões menos acessíveis possam contar com uma infraestrutura de transporte aéreo de alta qualidade, impulsionando o crescimento econômico.
Esse avanço trará benefícios que vão além da aviação, impactando diretamente o turismo, a economia e o desenvolvimento de cada estado.
Você acha que esse programa realmente vai mudar o cenário da aviação e das cidades no Brasil?