Brasil alcançou crescimento superior aos Estados Unidos e se igualou à China. O desempenho impressiona, com destaque para a expansão dos investimentos e o fortalecimento do consumo das famílias. Segundo o governo, 2024 deve fechar com crescimento acima de 3,3%,
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou, de acordo com o governo, um bom desempenho no terceiro trimestre de 2024, registrando um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
O resultado, anunciado pelo Ministério da Fazenda e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), colocou o Brasil à frente dos Estados Unidos, que cresceram 0,7%, e no mesmo patamar da China, que também registrou 0,9%.
Segundo o governo brasileiro, em comunicado oficial que pode ser lido clicando aqui, o avanço é reflexo de um conjunto de fatores, como o aquecimento do mercado de trabalho, o aumento de investimentos e o bom desempenho de setores estratégicos, como a construção civil e a prestação de serviços.
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O desempenho brasileiro foi um dos melhores entre os países do G20, sendo superado apenas pela Índia (1,1%), Indonésia (1,0%) e Turquia (1,0%).
Dados trimestrais mostram avanço sólido
De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE), o crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre ficou ligeiramente acima das projeções do mercado, que esperavam 0,8%.
O Ministério da Fazenda destacou que a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede os investimentos em bens de capital e infraestrutura, registrou um aumento expressivo de 10,8% no período, consolidando o setor como um dos principais responsáveis pela expansão econômica.
A construção civil, por exemplo, continuou apresentando um crescimento sólido, impulsionada por investimentos privados e pelo aumento da produção de materiais de construção.
A indústria de transformação também registrou resultados positivos, contribuindo para a melhora do desempenho econômico do país.
Consumo das famílias mantém economia aquecida
Outro ponto forte do trimestre foi o crescimento do consumo das famílias, que avançou 1,5% em relação ao trimestre anterior.
Esse resultado reflete o aumento da massa salarial real e a maior disponibilidade de crédito para pessoas físicas.
Segundo a SPE, o mercado de trabalho resiliente foi essencial para sustentar o poder de compra das famílias, garantindo que o consumo continuasse a ser um dos principais motores da economia.
Além disso, o setor de serviços, que responde por uma parte significativa do PIB, registrou crescimento de 0,9%, próximo ao desempenho do trimestre anterior.
As atividades de comércio e outros serviços foram destaques, impulsionadas por um ambiente econômico favorável e pelo aumento da demanda interna.
Comparação internacional coloca Brasil em destaque
No cenário internacional, o desempenho do Brasil no terceiro trimestre de 2024 chamou atenção.
Com um crescimento de 0,9%, o país ficou à frente de economias avançadas como os Estados Unidos (0,7%) e Japão (0,6%).
O Brasil também igualou o desempenho da China, consolidando-se como um dos destaques entre as maiores economias do mundo.
Conforme o governo brasileiro, o crescimento superior à média do G20 reforça a resiliência da economia nacional mesmo em um contexto de desaceleração global e juros elevados.
Segundo a SPE, as políticas públicas adotadas nos últimos anos contribuíram para criar um ambiente favorável ao crescimento, especialmente para investimentos em setores estratégicos.
Projeções do PIB para 2024 e 2025
A expectativa para o PIB de 2024 também é otimista. O Ministério da Fazenda revisou para cima sua projeção de crescimento, que deve ultrapassar 3,3% até o final do ano.
Este número é superior ao previsto no início de 2024, evidenciando a força da recuperação econômica.
Para 2025, a previsão é de uma leve desaceleração, com o crescimento focado em setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa mineral.
Segundo o governo, esses segmentos devem desempenhar um papel importante na mitigação dos impactos do cenário global, marcado por juros altos e desaceleração econômica em diversos países.
Análise setorial detalhada
Agropecuária: O setor agropecuário, apesar de sua relevância para a economia brasileira, registrou retração de 0,9% no terceiro trimestre, uma melhora em relação à queda de 1,3% no segundo trimestre.
Essa desaceleração foi menos impactante devido à redução do peso das culturas de soja e milho no período.
Indústria: A indústria apresentou crescimento de 0,6%, impulsionada pela construção civil e pela indústria de transformação.
No entanto, a produção extrativa recuou, contribuindo para uma desaceleração em relação ao trimestre anterior.
Serviços: O setor de serviços manteve seu ritmo de crescimento, com alta de 0,9%, reflexo da expansão em atividades como comércio, transportes e serviços diversos.
O bom desempenho do setor reflete o aumento do consumo interno e a melhora no mercado de trabalho.
Comércio externo
No lado externo, as exportações brasileiras recuaram 0,6% no terceiro trimestre, após um crescimento de 1,5% no período anterior.
A queda reflete a menor demanda por produtos agropecuários e industriais, além de serviços.
Por outro lado, as importações cresceram 1,0%, desacelerando em relação ao aumento de 7,3% registrado no segundo trimestre.
Esse movimento é explicado pelo aumento das compras de bens de capital e produtos industrializados.
Para alguns especialiastas, os resultados do terceiro trimestre de 2024 mostram que a economia brasileira está em um momento de expansão robusta, mesmo diante de desafios internos e externos.
O crescimento de 0,9% no período, superior aos Estados Unidos e empatado com a China, reforça o protagonismo do Brasil no cenário econômico global.
Com perspectivas positivas para 2024 e 2025, o país busca consolidar seu crescimento com foco em investimentos, inovação e fortalecimento do consumo interno.
A questão agora é: o Brasil conseguirá manter esse ritmo e superar novamente grandes economias nos próximos anos?
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