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Queda no Petróleo após pressão da Opep+ e tensão envolvendo Rússia

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 03/09/2025 às 19:22
Valor do petróleo registra queda após possível aumento de produção pela Opep+ e impacto da Rússia no mercado global.
Foto: Canva
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Valor do petróleo registra queda após possível aumento de produção pela Opep+ e impacto da Rússia no mercado global.

O mercado internacional de petróleo encerrou em forte queda nesta quarta-feira, 03 de setembro de 2025, após relatos de que a Opep+ deve anunciar um novo aumento na produção em sua próxima reunião marcada para domingo, 07 de setembro de 2025.

Os contratos futuros do petróleo bruto recuaram mais de 2%, refletindo a expectativa de maior oferta e a consequente pressão sobre o valor do petróleo.

Na bolsa de Nova York (Nymex), o WTI para outubro caiu 2,47% (US$ 1,62), fechando a US$ 63,97 por barril. Já o Brent para novembro, negociado na ICE de Londres, teve retração de 2,23% (US$ 1,54), cotado a US$ 67,60 por barril.

Opep+ busca recuperar mercado e pressiona preços

De acordo com fontes ouvidas pela agência Reuters, a Opep+ pretende ampliar novamente sua produção, numa tentativa de recuperar participação no mercado global de energia.

Esse movimento amplia a percepção de queda no petróleo, já que o excesso de oferta reduz o valor do barril.

Analistas do TD Securities reforçam essa leitura. Segundo o banco, “a reversão implacável dos cortes extraordinários de produção pela Opep será acompanhada por oferta adicional da Guiana e do Brasil, o que, em última análise, aumentará a pressão sobre os preços do petróleo nos próximos meses”.

Rússia segue no centro das tensões geopolíticas

Além da dinâmica de oferta e demanda, fatores políticos também pesam no mercado. A Rússia, membro influente da Opep+, continua no centro das discussões sobre a guerra na Ucrânia.

Líderes europeus mantêm negociações com Kiev, debatendo garantias de segurança e avaliando se o presidente Vladimir Putin está, de fato, disposto a buscar uma solução para o conflito.

Nesta quarta-feira, Putin declarou que está aberto a se encontrar com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, mas condicionou o encontro a ocorrer em Moscou.

O líder russo ainda confirmou que o ex-presidente americano Donald Trump pediu para intermediar a reunião. Apesar disso, Putin questionou se a conversa teria “algum sentido”.

Efeitos das sanções e mercado asiático

As sanções contra Moscou seguem influenciando a comercialização do petróleo russo.

O vice-presidente de petróleo e derivados para a China da Argus, Tom Reed, destacou que o petróleo do tipo Urals, exportado pela Rússia, sofreu mudanças nos preços para China e Índia devido à ameaça de tarifas recíprocas.

Segundo Reed, “isso incentivou empresas chinesas a comprar mais do produto Urals para entrega em outubro.

As empresas indianas interromperam brevemente as compras de Urals, mas voltaram a comprar em meados de agosto, quando ficou claro que as tarifas não estavam, de fato, ligadas às aquisições de petróleo russo.

Isso sugere que o efeito paradoxal da ameaça tarifária foi, na prática, reduzir o custo do petróleo russo para a Índia”.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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