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Queda do dólar trava negociações da soja no Brasil e pressiona agronegócio

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 22/09/2025 às 17:22
Queda do dólar trava negociações da soja no Brasil e pressiona agronegócio
Fonte: IA
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Queda do dólar limita negociações da soja no Brasil e pressiona o agronegócio. Veja estimativas da Conab para a safra 2025/26.

Dólar em baixa freia negócios da soja e preocupa produtores

A valorização do real frente ao dólar tem colocado pressão sobre as negociações da soja no Brasil. O cenário, que começou a ganhar força em setembro, já afeta o agronegócio nacional, limitando as vendas no mercado interno e enfraquecendo a paridade de exportação.

De acordo com analistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a desvalorização da moeda norte-americana reduziu a competitividade do grão brasileiro no mercado internacional.

Assim, parte dos agentes aproveita oportunidades pontuais, enquanto outra parcela segue cautelosa, aguardando sinais mais claros sobre os rumos da economia global.

Safra 2025/26 de soja pode bater recorde no Brasil

Paralelamente às oscilações cambiais, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a primeira estimativa para a safra 2025/26. O Brasil deve alcançar um recorde de 49,08 milhões de hectares plantados de soja, o que pode resultar em 177,6 milhões de toneladas da oleaginosa.

Esse número é mais otimista do que o da Secretaria de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que projeta uma produção de 175 milhões de toneladas.

O dado reforça a posição brasileira como maior produtor global da commodity, apesar das dificuldades com as negociações ligadas ao câmbio.

Juros no Brasil e nos EUA influenciam chegada de dólar

Outro ponto crucial para entender o cenário atual é o comportamento das taxas de juros. Nos Estados Unidos, houve uma redução de 0,25 ponto percentual, o que tende a diminuir a atratividade do dólar por lá.

Já no Brasil, a taxa permanece estável no maior nível desde 2006, funcionando como um atrativo para investidores estrangeiros.

Esse movimento pode trazer mais dólar para o mercado brasileiro, fortalecendo o real e, consequentemente, pressionando ainda mais o agronegócio exportador, em especial a soja.

Produtores atentos ao mercado e às lavouras

Enquanto isso, produtores e tradings dividem-se entre a prudência e o aproveitamento de oportunidades. Parte deles aposta em segurar contratos, observando o avanço da colheita nos Estados Unidos e o desenvolvimento da safra no Brasil.

Outros preferem negociar mesmo em meio à queda do dólar, temendo que os preços internos sofram novas reduções nos próximos meses.

O que esperar das negociações de soja nos próximos meses

A tendência, segundo especialistas, é de que as negociações sigam lentas até que haja maior clareza sobre a política monetária internacional e o ritmo da safra nos dois maiores players globais: Brasil e Estados Unidos.

Ainda assim, com área recorde de cultivo e previsão de produção elevada, o país deve manter sua liderança no agronegócio mundial. O desafio está em equilibrar as exportações diante da volatilidade do dólar.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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