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Que fim levou o grafeno? O material revolucionário que prometia mudar o mundo está mais perto do que você imagina!

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 18/11/2024 às 10:52
Que fim levou o grafeno? O material revolucionário que prometia mudar o mundo está mais perto do que você imagina!
Pesquisas avançam, preços caem, e o grafeno, o material revolucionário, começa a transformar a ciência e a indústria no mundo todo! (Imagem: Reprodução)

O grafeno, anunciado como um material revolucionário, tem estado no centro das atenções científicas e industriais desde sua descoberta prática em 2004. Apesar de sua incrível promessa de revolucionar diversos setores, como tecnologia, energia e saúde, a grande pergunta permanece: que fim levou o grafeno? Afinal, ele já está no mercado ou ainda vive no campo das pesquisas?

O grafeno é uma estrutura formada por átomos de carbono organizados em uma camada de apenas um átomo de espessura, o que o torna um material 2D. Essa composição confere propriedades extraordinárias: ele é 200 vezes mais forte que o aço, extremamente leve, flexível e um excelente condutor de eletricidade e calor. Não à toa, foi considerado um material revolucionário.

Sua descoberta prática rendeu o Prêmio Nobel de Física em 2010 aos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, que o isolaram pela primeira vez utilizando uma técnica inusitada com fita adesiva.

O que aconteceu com o grafeno?

Desde sua popularização, o grafeno passou por uma trajetória cheia de altos e baixos. Inicialmente, os custos de produção eram proibitivamente altos, o que restringiu seu uso a laboratórios e projetos experimentais. Porém, avanços em métodos de produção, como a deposição química de vapor, reduziram significativamente os custos e tornaram possível a fabricação em escala industrial.

Hoje, empresas no Brasil, como a Universidade de Caxias do Sul e o Projeto MG Grafeno, já produzem toneladas do material por ano. Apesar disso, o grafeno de alta qualidade ainda é caro, o que limita sua aplicação a produtos de nicho ou de alto valor agregado.

As aplicações atuais

Mesmo com desafios, o grafeno já está sendo utilizado em diversas áreas:

Baterias e supercapacitores: Ele promete acelerar carregamentos e aumentar a durabilidade de baterias, com testes em andamento para smartphones e veículos elétricos.

Concreto e aviação: Pesquisadores têm incorporado grafeno em concreto, reduzindo emissões de carbono e aumentando a resistência. Na aviação, ele é usado para tornar asas mais leves e eficientes.

Sensores e dispositivos médicos: Sensores ultrassensíveis feitos com grafeno estão ajudando em dispositivos médicos, como detectores de movimentos da garganta para pessoas com dificuldades de fala.

O custo do grafeno

Um dos maiores obstáculos para o uso do grafeno em larga escala continua sendo o custo. Embora os preços tenham caído desde 2015, o grafeno de alta qualidade permanece muito caro. Um grama de óxido de grafeno, por exemplo, pode custar até R$ 800.

Em contrapartida, aplicações menos exigentes, como reforço de concreto, já conseguem utilizar grafeno de qualidade inferior, que é significativamente mais barato.

O futuro do grafeno

A história do grafeno lembra a do plástico: um material com enorme potencial que demorou décadas para se popularizar. Projeções indicam que o mercado de grafeno deve crescer quase dez vezes até 2031. A expectativa é que, com avanços tecnológicos e queda nos custos de produção, ele se torne mais acessível e amplamente utilizado no dia a dia.

Enquanto isso, o Brasil, um dos maiores detentores de reservas de grafite, matéria-prima para o grafeno, pode desempenhar um papel importante nesse mercado. Os esforços nacionais para desenvolver e produzir grafeno mostram que estamos no caminho para não ficarmos atrás nessa nova revolução tecnológica.

O grafeno ainda não alcançou seu pleno potencial no mercado, mas está longe de ser esquecido. Com pesquisas e inovações a todo vapor, este material revolucionário continua a prometer transformações significativas. Quem sabe, em breve, veremos o grafeno em smartphones dobráveis, baterias ultrarrápidas e até mesmo no concreto das nossas cidades?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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