Pesquisa Ipsos-Ipec mostra que 43% discordam da escolha de Belém para sediar a COP30 em novembro, citando logística precária, hospedagem cara e dúvidas sobre a capacidade da cidade
Uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos-Ipec revelou que 43% dos brasileiros rejeitam Belém (PA) como sede da COP30, conferência internacional sobre mudanças climáticas programada para novembro de 2025. A justificativa mais recorrente está relacionada a dificuldades logísticas e falta de infraestrutura adequada para receber delegações internacionais.
Apesar da resistência expressiva, 33% dos entrevistados consideram apropriada a escolha de Belém, enquanto 24% preferiram não opinar sobre o assunto. Os dados evidenciam uma divisão significativa da opinião pública, colocando em evidência as preocupações em torno da realização da cúpula na capital paraense.
Perfil dos que rejeitam a realização da COP30
O estudo apontou que a rejeição é mais acentuada entre homens de 35 a 44 anos, com ensino médio completo, renda acima de cinco salários mínimos e residentes em grandes cidades ou capitais. Além disso, o levantamento destacou maior resistência entre pretos, pardos, evangélicos e pessoas pouco informadas sobre a COP30.
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Segundo a pesquisa, divulgada em 14 de setembro, também existe um recorte relevante: 62% dos que defendem a realização do evento em cidades com melhor estrutura não apoiam que a COP30 aconteça no Brasil. O levantamento ouviu 2 mil pessoas acima de 16 anos, em 132 municípios, entre os dias 4 e 8 de setembro, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Custos elevados e críticas à hospedagem
Outro ponto que gera polêmica em relação à COP30 é o alto custo da hospedagem em Belém. Relatos apontam que diárias ultrapassam R$ 5 mil, e em alguns casos, orçamentos chegaram a R$ 238 mil por noite. Esse cenário levantou questionamentos sobre a capacidade da cidade em oferecer condições adequadas para a permanência das delegações internacionais durante os onze dias de evento, de 10 a 21 de novembro.
Inclusive, estabelecimentos adaptaram-se para lucrar com a demanda. Um exemplo é o de um ex-motel convertido em hotel, que passou por reformas, ganhou ar-condicionado, nova mobília e hoje cobra cerca de R$ 7 mil por diária. Para críticos, os valores exorbitantes colocam em risco a imagem do Brasil como anfitrião da conferência.
Reações internacionais e risco de desistências
As críticas não se restringem ao cenário nacional. Representantes de alguns países chegaram a solicitar formalmente a transferência da COP30 para outra cidade brasileira, segundo declarou o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, em julho.
A polêmica ganhou ainda mais força quando, em agosto, o presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, anunciou que não participaria do encontro por causa dos “custos particularmente altos” e das restrições orçamentárias enfrentadas por seu país. Esse posicionamento elevou o risco de novas desistências até novembro, algo que preocupa os organizadores.
Governo Lula busca alternativas
Diante das críticas, o governo brasileiro realizou consultas de preços com hotéis ainda no início do ano. Para reduzir o impacto dos altos valores cobrados pela rede privada, a estratégia será acomodar parte da delegação nacional em instalações militares reformadas, que oferecem aproximadamente 2 mil leitos.
Ainda assim, as pressões internas e externas permanecem. Conforme informações divulgadas pela Revista Oeste, a percepção negativa pode comprometer não apenas a logística do encontro, mas também a imagem do Brasil na condução de um evento de tamanha relevância mundial.
Você concorda com os 43% dos brasileiros que rejeitam Belém como sede da COP30 ou considera que o evento pode trazer benefícios duradouros para a região?
Kkkkkkkkk vocês não desistem de querer impedir que a COP30 ocorra na cidade de Belém. Além do mais, vocês estão muito mal informados, 160 comitivas dos 190 países convidados e que irao participar do evento, já confirmaram presença e já estão com as acomodações garantidas. O “Brazil” só vai desistir de tentar tirar a COP30 de Belém, quando ela já estiver ocorrido e não houver mais nenhum possibilidade de impedir. O Norte e muito discriminado pelo Sul do “Brasil”, que só vem eventos relevantes se ocorrerem no Sul, veem o Norte como sendo apenas o celeiro de bens a serem rapinados. Mas vamos lá, o Norte, igual foi no Nordeste, não vai nunca desistir de estar integrado ao território do Brasil e mostrar que somos capazes e que não temos medo da inovação e do crescimento sustentável.