Receita Federal aponta que 32,6% dos casos estão ligados a despesas médicas, seguida por omissão de rendimentos; 1,3 milhão de declarações ainda aguardam regularização
A Receita Federal informou que quase 4 milhões de brasileiros caíram na malha fina do Imposto de Renda em 2025, o equivalente a 8,7% do total de declarações enviadas neste ano. Apesar de dois terços já terem sido liberados após retificações, cerca de 1,3 milhão de contribuintes seguem presos em pendências fiscais.
O principal motivo, segundo o órgão, está nas deduções médicas, que superaram as omissões de rendimentos e lideraram os erros. Muitos brasileiros, no entanto, ainda não compreendem exatamente por que suas declarações foram retidas, o que amplia a insegurança em relação ao processo.
Os principais motivos da malha fina em 2025
De acordo com a Receita, despesas médicas são responsáveis por 32,6% das retenções, enquanto omissões de rendimentos, declarados incorretamente ou não informados por dependentes, somam 30,8%.
-
Eletrobras corta custos bilionários, dobra lucro após privatização e agora aposta em desinvestimentos de R$ 30 bilhões para voltar a ser gigante da energia
-
Uma dívida de R$ 800 pode virar R$ 4.400 em um ano: Juros do cartão de crédito disparam em 2025 e atingem maior nível desde 2016, segundo o Banco Central
-
Mais de 25% dos dividendos isentos vão para empresas com no máximo um funcionário e Arthur Lira leva a voto hoje o imposto mínimo para super-ricos
-
Ouro renova máximas históricas enquanto bancos centrais compram sem parar: sinal claro de desdolarização, medo geopolítico e busca urgente por reserva de valor
Em seguida aparecem erros em outras deduções, como educação e previdência privada (16%), e divergências no Imposto Retido na Fonte (15,1%).
Esse movimento repete uma tendência recente: em 2024, as deduções médicas já haviam superado os rendimentos omitidos.
A Receita destaca que, além do erro de digitação, é comum o contribuinte não conseguir comprovar todos os gastos apresentados, o que gera inconsistências.
A situação em São Paulo
Somente na capital paulista, 410 mil declarações foram parar na malha fina, o que representa 9,3% do total enviado.
Destas, 67% já foram liberadas após correção. No entanto, mais de 135 mil ainda aguardam análise.
Um dado chama a atenção: quase 69% das declarações retidas pertencem a contribuintes que tinham restituição a receber.
O que significa que muitos só descobriram o problema ao perceber que o pagamento não foi creditado.
Como saber se caiu na malha fina
O contribuinte pode verificar sua situação no e-CAC (Centro de Atendimento Virtual da Receita), disponível mediante login Gov.br nível prata ou ouro.
No extrato da declaração, é possível identificar pendências, ver se a restituição foi liberada ou mesmo consultar eventuais débitos compensados automaticamente.
As situações mais comuns que aparecem são: declaração em processamento, com pendências, em análise ou em fila de restituição.
Em casos mais complexos, a Receita pode emitir intimação para apresentação de documentos ou encaminhar o processo para tratamento manual.
Como regularizar a declaração
Quem caiu na malha deve enviar uma declaração retificadora, corrigindo os erros identificados.
O procedimento pode ser feito pelo programa do IR ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda. Após o envio, é gerado um novo número de recibo, e o processo volta a ser analisado.
Além disso, o fisco vai enviar cartas aos contribuintes que ainda não tomaram providências, com orientações sobre como regularizar.
O objetivo é acelerar a liberação de restituições e reduzir o número de declarações retidas.
A malha fina continua sendo uma das maiores dores de cabeça dos contribuintes e, em 2025, atingiu milhões de brasileiros.
Os erros mais comuns reforçam a importância de atenção redobrada na hora de preencher a declaração e de guardar comprovantes de todas as despesas lançadas.
E você, já caiu na malha fina do Imposto de Renda em 2025 ou em anos anteriores? Acredita que a Receita age de forma clara ou o processo ainda é confuso para o cidadão? Compartilhe sua experiência nos comentários — sua opinião pode ajudar outros contribuintes.