Trabalhar como caminhoneiro nos Estados Unidos sempre despertou o interesse de muitos brasileiros. A diferença de salários, infraestrutura e condições de trabalho é um dos principais atrativos. Em 2025, essa profissão continua entre as mais valorizadas do setor logístico americano, e os números chamam atenção.
Você já pensou quanto ganha um motorista de caminhão nos EUA em 2025?
Para muitos brasileiros, dirigir caminhão nos Estados Unidos é um sonho.
A promessa de ganhar em dólar, ter acesso a boas estradas e viver em um país com infraestrutura mais organizada chama atenção de quem enfrenta rotinas duras no Brasil.
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Mas afinal, quanto ganha um caminhoneiro nos EUA em 2025?
A resposta depende de vários fatores, mas os números revelam uma diferença significativa em relação à realidade brasileira.
Diferença de salários começa no tipo de caminhão
O salário de um motorista de caminhão nos Estados Unidos pode variar bastante, dependendo do tipo de veículo, da carga transportada, das distâncias percorridas e do nível de experiência.
Em geral, os caminhoneiros americanos são divididos em duas categorias principais: os que dirigem caminhões pesados (como carretas) e os que fazem entregas leves.
Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), órgão oficial do governo dos EUA, o salário mediano de motoristas de caminhões pesados em 2024 foi de US$ 57.440 por ano, o que equivale a cerca de R$ 310 mil anuais ou R$ 25 mil por mês na cotação atual.
Já motoristas de caminhão leve, que fazem entregas locais, ganham entre US$ 37 mil e US$ 44 mil por ano, valores próximos a R$ 17 mil por mês no câmbio atual.
Plataformas de emprego apontam salários ainda mais altos
Embora os dados do governo americano mostrem salários medianos, ou seja, o valor central da distribuição, sites de vagas e empresas de logística divulgam salários mais elevados.
A plataforma Indeed, uma das maiores do setor, mostra que o salário médio de um caminhoneiro em 2025 gira em torno de US$ 95.000 por ano, podendo ultrapassar os US$ 200.000 em casos específicos.
Segundo a empresa de transporte Migway, motoristas experientes que trabalham com cargas especiais, como produtos perigosos ou refrigerados, podem ultrapassar os US$ 145.000 anuais.
Já os novatos ou aqueles que fazem rotas locais recebem valores menores, mas ainda considerados altos para padrões brasileiros: entre US$ 60.000 e US$ 75.000 por ano.
Como esses salários são possíveis?
Nos Estados Unidos, muitos motoristas são pagos por milha rodada. Em média, um caminhoneiro pode receber entre US$ 0,45 e US$ 0,70 por milha.
Em longas viagens, isso se transforma em valores expressivos. É comum que motoristas comecem ganhando cerca de US$ 1.200 por semana.
Com experiência e carga horária intensa, esse valor sobe para US$ 2.000 ou mais por semana.
Além disso, o país tem alta demanda por profissionais da estrada.
A escassez de motoristas é um problema antigo nos EUA, o que força empresas a oferecer salários mais competitivos, bônus de contratação e benefícios como plano de saúde, seguro e até aposentadoria.
Ganhos variam conforme a especialização
Os caminhoneiros que transportam cargas perigosas (hazmat), líquidos inflamáveis, produtos químicos ou atuam com caminhões-tanque recebem um adicional por risco.
O mesmo vale para quem aceita rotas OTR (Over The Road), que atravessam vários estados e exigem longas viagens de semanas fora de casa.
Nestes casos, a remuneração pode ultrapassar facilmente os US$ 100 mil por ano.
Segundo a empresa CloudTrucks, motoristas independentes (donos do próprio caminhão) têm mais liberdade e, em muitos casos, conseguem aumentar significativamente os lucros. No entanto, eles também arcam com custos como manutenção, seguro e impostos, o que exige planejamento financeiro.
E os custos de vida?
É importante lembrar que, apesar dos salários altos, o custo de vida nos EUA também é maior.
Moradia, alimentação e combustível variam conforme o estado. Em locais como Califórnia ou Nova York, viver pode ser caro. Já em estados como Texas, Flórida e Geórgia, os preços são mais acessíveis.
Mesmo assim, com planejamento, é possível poupar parte do salário ou enviar dinheiro para a família no Brasil.
Muitos brasileiros que trabalham como caminhoneiros nos EUA conseguem guardar o equivalente a R$ 10 mil por mês, mesmo com os gastos básicos.
O caminho para um brasileiro trabalhar como caminhoneiro
Trabalhar como caminhoneiro nos EUA não é simples para quem vive no Brasil.
É necessário ter visto de trabalho legal, algo que exige patrocínio de uma empresa americana ou visto específico.
Também é preciso tirar a CDL (Commercial Driver’s License), a carteira de habilitação para motoristas comerciais. O processo inclui exames teóricos, práticos e médicos.
Alguns brasileiros conseguem entrar no mercado americano através do visto EB-3, que permite contratar estrangeiros para funções que enfrentam escassez de mão de obra, como transporte e construção civil.
No entanto, o processo é demorado, burocrático e depende do interesse de empresas americanas.
Comparação com o Brasil
No Brasil, um caminhoneiro ganha, em média, R$ 3.500 a R$ 6.000 por mês, segundo dados do setor.
Motoristas de empresas maiores ou com especializações podem ganhar até R$ 9.000 mensais, mas isso ainda representa menos da metade do salário base de um caminhoneiro nos EUA.
Além disso, as estradas brasileiras oferecem mais riscos, o valor do frete é mais baixo e os custos de manutenção são altos.
Isso faz com que muitos motoristas brasileiros busquem alternativas no exterior, apesar das dificuldades para conseguir visto e residência.
Em 2025, o salário de um caminhoneiro nos EUA continua sendo um dos mais atrativos do mercado de transporte mundial.
Mesmo para quem está começando, os ganhos são superiores ao padrão brasileiro.
Para profissionais experientes e com disposição para encarar longas jornadas, o teto pode ultrapassar os US$ 100 mil por ano, algo que, no Brasil, está reservado a uma minoria do setor.
Mas o sonho americano exige mais do que vontade de trabalhar: é preciso planejamento, documentação correta e, muitas vezes, uma oportunidade rara. Para quem consegue, no entanto, a diferença de salário compensa — e muito.