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Qual a diferença entre gasolina comum, aditivada e premium — e qual realmente compensa?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/06/2025 às 13:53
Gasolina comum, aditivada ou premium? Descubra qual tipo compensa de verdade e evite desperdícios com promessas que não se aplicam ao seu carro.
Gasolina comum, aditivada ou premium? Descubra qual tipo compensa de verdade e evite desperdícios com promessas que não se aplicam ao seu carro.
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Especialistas explicam o impacto de cada tipo de combustível no motor, no bolso e na durabilidade do carro.

Com o preço dos combustíveis sempre em pauta e a busca por economia ganhando força entre motoristas brasileiros, uma dúvida recorrente toma conta dos postos de abastecimento: afinal, qual é a real diferença entre gasolina comum, aditivada e premium?

E, principalmente: qual delas vale mais a pena para o bolso e para o motor?

Apesar de parecer uma escolha simples, a resposta depende de vários fatores: tipo de carro, estilo de condução, rotina de uso e até mesmo a frequência de manutenção.

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Muitas pessoas acreditam que a gasolina mais cara sempre é a melhor — mas isso nem sempre é verdade.

Neste artigo, você vai entender em detalhes como funciona cada tipo de gasolina, quais os benefícios e desvantagens, e descobrir qual opção faz sentido de verdade para o seu veículo.

Gasolina comum: a mais simples, mas eficiente

A gasolina comum é a mais básica entre as comercializadas no Brasil e serve de base para as outras versões.

Ela é composta por uma mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo, com adição obrigatória de etanol anidro entre 20% e 27%, conforme determina a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Esse tipo de gasolina não possui aditivos detergentes ou dispersantes, ou seja, não conta com substâncias que ajudam a limpar o motor.

Ainda assim, ela é perfeitamente adequada para a maioria dos veículos populares e médios disponíveis no país.

O principal ponto de atenção é que, em longo prazo, o uso exclusivo de gasolina comum pode contribuir para a formação de depósitos nos bicos injetores, válvulas e câmara de combustão, principalmente em veículos com manutenção negligenciada.

É uma opção viável, econômica e funcional — desde que o carro esteja em bom estado e com a manutenção em dia.

Gasolina aditivada: proteção para o motor

A gasolina aditivada é a mesma gasolina comum, porém enriquecida com aditivos detergentes, dispersantes e antioxidantes.

Esses compostos ajudam a manter o sistema de alimentação do motor mais limpo, prevenindo o acúmulo de resíduos prejudiciais.

De acordo com a Petrobras e especialistas da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o uso contínuo de gasolina aditivada pode aumentar a vida útil de componentes como os bicos injetores, melhorar a queima do combustível e, em alguns casos, reduzir discretamente o consumo.

Apesar de custar em média R$ 0,10 a R$ 0,30 a mais por litro que a comum, a aditivada compensa no longo prazo, principalmente em veículos com uso urbano intenso ou que rodam pouco.

Ela não oferece ganhos de potência ou desempenho, mas contribui para a saúde geral do motor.

Por isso, é recomendada por diversas montadoras como a escolha ideal para quem quer uma camada extra de proteção ao sistema de combustão.

Gasolina premium: alto desempenho, mas para poucos

A gasolina premium possui maior octanagem — geralmente acima de 95 IAD (Índice Antidetonante) — e foi desenvolvida para veículos com motores de alta performance.

Exemplos incluem carros esportivos, SUVs de luxo, sedãs importados e motores turbo com alta taxa de compressão.

Esse tipo de combustível é projetado para evitar o fenômeno conhecido como “detonação” ou “batida de pino”, que pode ocorrer em motores potentes alimentados com gasolina de baixa octanagem.

As duas gasolinas premium mais conhecidas no Brasil são a Podium (da Petrobras), com até 102 octanas, e a Octapro (da Ipiranga), com 97 octanas.

Ambas incluem aditivos avançados, detergentes e antioxidantes.

Embora seja tecnicamente superior, a gasolina premium só faz sentido em motores que exigem essa especificação no manual.

Usá-la em carros populares não gera economia, nem melhora no desempenho.

Além disso, seu custo é bem mais alto — chegando a ser R$ 1,00 a R$ 1,50 mais cara por litro do que a gasolina comum.

Qual a melhor escolha para seu carro?

A melhor gasolina para o seu carro é aquela indicada no manual do proprietário.

Esse é o primeiro ponto que todo motorista deve observar antes de escolher o tipo de combustível.

Se o carro é flex e roda em regime urbano com frequência, a gasolina aditivada pode ser uma boa escolha preventiva.

Já a comum segue como uma opção segura e funcional, desde que o veículo esteja com revisão em dia.

A premium, por outro lado, é indicada apenas para quem possui veículos com motores específicos de alta exigência, como modelos esportivos da BMW, Audi, Mercedes-Benz, Porsche e outros.

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Especialistas respondem: mito ou verdade?

Segundo Ricardo Dilser, engenheiro da Stellantis, “a gasolina aditivada não aumenta potência, mas reduz os efeitos da carbonização e melhora a vida útil do sistema de injeção.”

Já a Petrobras afirma que “a gasolina Podium deve ser usada em motores que requeiram elevadas octanagens. Nos demais, não há vantagens de desempenho.”

Portanto, abastecer com gasolina mais cara pensando em “melhorar o carro” nem sempre é eficaz — e pode representar apenas gasto extra.

E o etanol, entra onde?

O etanol, apesar de ser outro combustível, é adicionado em todas as gasolinas brasileiras na forma anidra (sem água), com teor entre 20% e 27%, conforme legislação.

Essa adição ajuda a reduzir emissões de poluentes e movimenta o setor sucroalcooleiro.

Já o etanol hidratado (vendido puro) é uma alternativa real para carros flex, principalmente quando seu preço está abaixo de 70% do valor da gasolina.

Isso porque ele rende menos, mas custa consideravelmente menos também.

Ou seja, a gasolina comum é suficiente para a maioria dos veículos brasileiros.

A aditivada oferece uma camada extra de proteção e pode ser uma escolha inteligente no uso contínuo.

Já a premium deve ser reservada para carros com motores específicos e exigentes.

O segredo está em conhecer seu carro, ler o manual e abastecer em postos confiáveis.

Mais importante do que a escolha da gasolina, é garantir a manutenção preventiva em dia e ficar atento ao comportamento do veículo.

E você, já percebeu diferença no desempenho ou consumo do seu carro ao trocar o tipo de gasolina? Qual delas você costuma usar — e por quê?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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