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Quais países seriam mais seguros numa Terceira Guerra Mundial, segundo a IA? E por que o Brasil não está entre eles?

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 23/06/2025 às 16:43
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Países inteiros desapareceriam se uma guerra mundial começasse hoje. Segundo a IA, apenas nove nações estariam seguras — e o Brasil está fora da lista por um motivo grave

Imagine um cenário onde o mundo mergulha novamente num conflito global. Quais países estariam realmente preparados para escapar do caos? A IA respondeu — e o Brasil ficou de fora.

IA lista os países mais seguros se uma nova guerra mundial explodir

Com o aumento das tensões militares e políticas no planeta, cresce a curiosidade: se uma Terceira Guerra Mundial realmente começasse, para onde fugir? Plataformas baseadas em inteligência artificial já começaram a traçar cenários prováveis — e a lista dos países mais seguros pode surpreender.

Segundo a ferramenta ChatGPT, que analisou fatores geoestratégicos, históricos e logísticos, há ao menos nove países com potencial para se manterem relativamente protegidos caso um conflito global atinja escala total.

Esses países foram classificados em três níveis: segurança muito alta, alta e moderada, com base em critérios como:

  • Tradição de neutralidade histórica
  • Geografia isolada
  • Estabilidade interna e política
  • Autosuficiência alimentar e energética
  • Ausência de alianças militares ativas (como OTAN)

Nível 1: os países mais seguros do mundo

1. Suíça – Neutralidade histórica, infraestrutura civil preparada para emergências, terreno montanhoso de difícil acesso e ausência de bases da OTAN.

2. Nova Zelândia – Isolada no Pacífico Sul, longe de rotas geoestratégicas e sem envolvimento em alianças militares ofensivas.

3. Islândia – Apesar de membro da OTAN, não possui exército. Sua localização remota e fontes de energia renovável a tornam autossuficiente e estratégica.

4. Butão – Pequeno, montanhoso e politicamente neutro. Fora do radar de conflitos geopolíticos, mantém uma política externa discreta.

Nível 2: países com alta segurança

5. Uruguai – Estável, democrático e isolado de grandes potências. Sua política pacífica e a ausência de inimigos fazem do país sul-americano um possível refúgio.

6. Finlândia – Recentemente entrou na OTAN, mas mantém robusta defesa civil e vastas regiões pouco habitadas no norte, longe de tensões militares.

7. Costa Rica – Sem exército desde 1949, aposta na paz e biodiversidade. Possui regiões estratégicas rurais afastadas de áreas críticas.

Nível 3: segurança moderada

8. Canadá – Próximo demais aos EUA, corre riscos em caso de ataque nuclear. Por outro lado, seus vastos territórios ao norte são pouco vulneráveis.

9. Austrália – Alvo potencial no Indo-Pacífico, mas possui regiões interiores com pouca população que poderiam oferecer segurança.

E o Brasil? Por que ficou de fora da lista?

Apesar de sua dimensão continental e recursos abundantes, o Brasil não foi citado entre os países seguros por nenhuma IA até agora — e isso levanta algumas questões importantes.

Posição geográfica favorável, mas envolvimento geopolítico instável

Geograficamente, o Brasil está longe dos grandes focos de tensão militar como Europa Oriental, Oriente Médio e Ásia-Pacífico. Isso, por si só, poderia colocá-lo entre os países de segurança moderada.

No entanto, nos últimos anos, o país tem se envolvido em diversas polêmicas internacionais, incluindo:

  • Acusações feitas por países ocidentais de que o Brasil teria exportado urânio refinado ao Irã — algo que, se confirmado, o colocaria no centro de disputas sobre proliferação nuclear. Embora o governo brasileiro negue qualquer irregularidade, a suspeita afetou sua imagem internacional.
  • Ambiguidade diplomática em conflitos atuais, como a invasão russa da Ucrânia, onde o Brasil evita condenações diretas e mantém relações comerciais com ambos os lados. Essa posição “neutra, mas envolvida” o distancia de países como Costa Rica ou Suíça.
  • Forte dependência de alianças econômicas e energéticas, inclusive com países em zonas de tensão, o que pode comprometer sua segurança energética e alimentar em caso de crise global.

Além disso, o Brasil não aboliu suas Forças Armadas, nem se mantém completamente fora de pactos militares — e embora não faça parte da OTAN, participa de operações conjuntas com diversos países.

Potência regional, mas sem neutralidade reconhecida

No campo militar, o Brasil não representa uma ameaça ativa nem se envolve em guerras recentes, mas também não possui uma imagem internacional de neutralidade histórica como Suíça, Uruguai ou Costa Rica. Isso reduz a confiança global de que o país permaneceria fora de um conflito mundial.

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Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, baseado no Rio de Janeiro, especializado em temas militares, tecnologia, energia e geopolítica. Busco traduzir assuntos complexos em conteúdos acessíveis, com rigor jornalístico e foco no impacto social e econômico.

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