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Quais os melhores e piores motores 3 cilindros entre os carros nacionais?

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 07/11/2024 às 01:39
Quais os melhores e piores motores 3 cilindros entre os carros nacionais?
Os motores 3 cilindros têm ganhado espaço no mercado automotivo brasileiro (Imagem: Reprodução)

Os motores 3 cilindros têm ganhado espaço no mercado automotivo brasileiro, e muitos consumidores se perguntam qual é o melhor motor 3 cilindros para investir em durabilidade e facilidade de manutenção, especialmente na compra de veículos usados.

A crescente popularidade dos carros com motor 3 cilindros traz um questionamento comum entre os consumidores: afinal, quais são os melhores motores 3 cilindros em termos de durabilidade e confiabilidade? Para responder a essa pergunta, o especialista em mecânica Vitor Hugo, com mais de 15 anos de experiência em retífica de motores, compartilhou sua análise técnica sobre os motores que, ao longo dos anos, têm demonstrado uma boa durabilidade e os que, infelizmente, enfrentam mais problemas.

Os melhores motores 3 cilindros no Brasil

1. Volkswagen

Segundo Vitor Hugo, o motor 3 cilindros da Volkswagen, encontrado em modelos como Up, Fox, Gol, Voyage e T-Cross, é um dos mais duráveis. Esse motor possui uma correia de comando simples, que, ao contrário das correias banhadas a óleo, exige manutenção a cada 120 mil km, mas oferece uma troca fácil e econômica. “Apesar de ter injeção direta, que pode demandar reparos em modelos mais antigos, esse motor raramente aparece nas retíficas, o que prova sua durabilidade,” afirma Vitor.

2. Motor Firefly 1.0 da Fiat

O motor 3 cilindros Firefly da Fiat, presente em modelos como o Mobi e Argo, também se destaca pela confiabilidade. Esse motor é o único que possui apenas duas válvulas por cilindro, priorizando o torque em baixas rotações, além de ser equipado com corrente de comando, o que elimina a necessidade de trocas periódicas. “Na prática, esse motor quase não aparece na retífica e é um ótimo exemplo de durabilidade e fácil manutenção,” explica Vitor.

3. Hyundai

O motor do Hyundai HB20 também recebe elogios de Vitor, sendo considerado uma escolha confiável para quem busca um carro usado. Equipado com corrente de comando e injeção indireta, o motor da Hyundai apresenta baixa frequência de problemas e fácil manutenção. “Ele é mais comum nas retíficas que os motores da Fiat e Volkswagen, mas ainda assim é um motor bem confiável,” comenta.

Os piores

1. Ford Ka

O motor 3 cilindros do Ford Ka lidera a lista dos motores mais problemáticos. Segundo Vitor Hugo, a correia banhada a óleo deste motor é um dos maiores problemas, já que seu desgaste prematuro pode levar à quebra do motor. Além disso, o sistema de arrefecimento do Ka é considerado mais frágil. “Esse é o motor 3 cilindros que mais vemos na retífica. As peças são fáceis de encontrar, mas a durabilidade é questionável,” alerta Vitor.

2. Renault

Embora o motor Renault 3 cilindros não apareça com tanta frequência nas retíficas, Vitor expressa sua insatisfação com a dificuldade de encontrar peças de reposição, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Ele destaca que o atendimento nas concessionárias Renault dificulta o acesso a peças, o que desestimula mecânicos e retíficas a recomendar esses modelos.

3. GM (Chevrolet Onix)

O motor 3 cilindros do Chevrolet Onix é outro que, apesar de ser durável, enfrenta o problema da correia banhada a óleo. Vitor ressalta que, se o dono do veículo utilizar o óleo correto, a correia pode durar até 240 mil km, mas a falta de manutenção adequada pode causar grandes problemas. Ele recomenda que compradores de Onix usados realizem uma troca preventiva da correia para evitar surpresas.

Para quem busca durabilidade e facilidade de manutenção, o motor da Volkswagen, da Fiat ou do Hyundai são opções confiáveis e de bom desempenho. Contudo, como alerta Vitor Hugo, qualquer motor 3 cilindros requer cuidados especiais e manutenção adequada para garantir sua longevidade. “O segredo está na escolha certa do motor e no uso dos óleos e peças corretas, além da manutenção preventiva,” finaliza o especialista.

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Rafaela Fabris

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