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Proibições, luxo e silêncio absoluto: Turcomenistão mistura controle rígido, arquitetura futurista e mistério em um dos países mais fechados do planeta

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/10/2025 às 06:51
Mais isolado que a Coreia do Norte, o Turcomenistão impõe leis excêntricas, bloqueia a internet e vigia cada passo de quem o visita
Mais isolado que a Coreia do Norte, o Turcomenistão impõe leis excêntricas, bloqueia a internet e vigia cada passo de quem o visita
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No coração da Ásia Central, o Turcomenistão surpreende com regras excêntricas, vigilância total e monumentos dourados que giram ao sol, compondo um cenário de isolamento extremo

Localizado na Ásia Central, o Turcomenistão chama atenção por suas singularidades. Com cerca de seis milhões de habitantes em 2025, o país combina vastas paisagens desérticas, arquitetura monumental e costumes rígidos que despertam curiosidade em quem busca compreender destinos pouco convencionais. Apesar da sua beleza exótica, o turismo permanece quase inexistente devido às severas restrições impostas pelo governo.

A capital, Ashgabat, impressiona pela quantidade de edifícios revestidos de mármore branco, criando uma atmosfera futurista e ao mesmo tempo silenciosa. Boa parte do território é dominada pelo deserto de Karakum, responsável por grande parte da baixa densidade populacional e pelo isolamento que reforça o ar misterioso do país.

Por que o Turcomenistão é considerado tão exótico?

O Turcomenistão se tornou conhecido mundialmente por suas regras incomuns e por recordes curiosos reconhecidos pelo Guinness Book. Uma das leis mais peculiares proíbe a circulação de veículos sujos nas ruas. Por anos, carros de cor preta também foram banidos da capital, considerados símbolos de má sorte — medida que obrigou muitos motoristas a repintar seus veículos.

Ashgabat, por sua vez, detém a maior concentração de prédios em mármore branco do planeta. A cidade exibe ainda monumentos extravagantes, fontes luminosas e a maior roda-gigante instalada em ambiente fechado. Esses elementos reforçam a imagem de um lugar em que o extraordinário se mistura à rotina.

As regras e restrições mais rigorosas do país

Desde a independência, o Turcomenistão vive sob regimes autoritários que impõem forte controle sobre a vida da população. As normas afetam desde a aparência até a liberdade de expressão. Jovens são proibidos de usar barbas ou bigodes; cães são restringidos na capital por serem considerados impuros; veículos escuros são rejeitados em favor dos tons claros. O playback é vetado em apresentações artísticas, e até os meses e dias da semana foram renomeados com referências à família do ex-presidente Saparmurat Niyazov.

O acesso à internet também é rigidamente controlado. Redes sociais e aplicativos de mensagens são bloqueados, e visitantes estrangeiros precisam de um visto especial obtido apenas mediante convite oficial. Durante a estadia, o turista deve seguir itinerários aprovados e ser acompanhado por guias autorizados.

A experiência de visitar um dos países mais fechados do mundo

Viajar ao Turcomenistão em 2025 ainda é um privilégio para poucos. O país recebe menos de 10 mil visitantes por ano. O processo para obtenção de visto é longo e burocrático, e o monitoramento constante cria uma sensação de isolamento. Nas ruas largas e pouco movimentadas, o silêncio e a vigilância constante reforçam a impressão de estar em uma cidade cenográfica.

Durante a visita, guias oficiais acompanham cada passo, e o acesso à internet é praticamente inexistente — até mesmo o uso de VPNs é proibido. A comunicação com o exterior torna-se um desafio, fazendo da viagem uma experiência rara e desconectada do mundo moderno.

Um país de monumentos excêntricos e segredos no deserto

Entre as maiores curiosidades, destaca-se a estátua dourada de 15 metros do ex-presidente Niyazov, projetada para girar conforme o sol. O sucessor, Gurbanguly Berdimuhamedow, manteve o gosto por excentricidades e protagonizou cenas inusitadas em vídeos e eventos públicos, pilotando veículos e exibindo habilidades esportivas.

Outro símbolo marcante é o “Portão do Inferno”, uma cratera de gás em chamas no deserto de Karakum, que arde há décadas e fascina cientistas e aventureiros. Esses contrastes — entre luxo urbano e isolamento natural — reforçam a imagem do Turcomenistão como um dos lugares mais misteriosos, rígidos e ao mesmo tempo fascinantes da Ásia Central.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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