A segunda fase do Programa de Transição Energética marca um novo capítulo para o Brasil, unindo instituições estratégicas como EPE, BID e BNDES em torno de políticas públicas sustentáveis. Com foco em energia limpa e inovação, o projeto cria cenários para neutralidade climática até 2050
O Programa de Transição Energética (PTE) entrou em sua segunda fase com um propósito ambicioso: acelerar o caminho do Brasil rumo à neutralidade climática até 2050, segundo uma matéria publicada.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participou ativamente do lançamento, realizado no último dia 3 de outubro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).
A ação, coordenada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), reúne parceiros estratégicos como BID, BNDES, Cenergia/UFRJ, Fipe e MRTS Consultoria, fortalecendo a base técnica e científica da transição.
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O projeto propõe roadmaps setoriais e cenários macroeconômicos que alinham energia, transporte, indústria e uso da terra, sempre com foco em inovação sustentável e políticas públicas eficientes.
Os resultados prometem gerar impactos positivos sobre o PIB, os empregos e os investimentos nacionais, consolidando o Brasil como líder global em energia limpa.
Governança colaborativa e inovação sustentável impulsionam energia limpa
Durante o evento, o diretor de Gestão Corporativa da EPE, Carlos Cabral, destacou o caráter inovador do programa, ressaltando que o PTE reflete a complexidade da tomada de decisões em políticas públicas.
Ele afirmou que a iniciativa é um “exercício valioso de governança”, fundamental para lidar com as incertezas e convergências da transição energética brasileira.
A EPE, ao atuar como articuladora institucional, fortalece parcerias que ampliam a capacidade técnica e a integração entre diferentes setores.
Essa governança colaborativa se torna essencial para que a energia limpa e o desenvolvimento sustentável avancem de maneira estruturada e duradoura no país.
Políticas públicas e energia renovável como motores da descarbonização
A segunda fase do programa apresenta subsídios técnicos para governos e empresas, com base em análises econômicas e projeções energéticas detalhadas.
O foco está em identificar caminhos viáveis para a descarbonização da economia brasileira, unindo energia renovável e planejamento público estratégico.
Setores como indústria, cidades e transporte estão contemplados nos novos roadmaps, com metas que apoiam a inovação e reduzem emissões de carbono.
O alinhamento entre BNDES, Cebri, BID e EPE garante uma base sólida para o crescimento verde e sustentável.
Planejamento energético e desenvolvimento verde orientam o futuro
Entre os resultados mais expressivos da segunda fase, estão os roadmaps setoriais que abordam temas como AFOLU (agropecuária, florestas e uso do solo), indústria, transporte e energia.
Esses estudos detalham estratégias de mitigação de emissões e apontam oportunidades econômicas. Com base nesses dados, o programa projeta cenários energéticos até 2050, ajudando o país a alcançar metas globais de neutralidade.
As propostas também reforçam o papel da EPE como referência em planejamento energético, apoiando políticas públicas que equilibram crescimento e sustentabilidade.
Cenários energéticos e inovação tecnológica na transição brasileira
A elaboração de cenários energéticos e macroeconômicos pelo PTE permite uma visão integrada dos impactos econômicos e ambientais das transformações em curso.
A iniciativa mostra que a transição energética não é apenas uma questão ambiental, mas também uma estratégia de inovação tecnológica e crescimento econômico.
Ao integrar instituições de pesquisa e órgãos públicos, o programa reforça a importância da cooperação e da ciência para o avanço da energia limpa no Brasil.
Dessa forma, o Programa de Transição Energética consolida um modelo de governança capaz de inspirar outras nações em busca de soluções com baixos níveis de carbono.