A produção industrial cai em ritmo acelerado. Leia sobre a pesquisa do IBGE que mostra o desempenho negativo do setor e o impacto regional.
Uma notícia que traz um sinal de alerta para a economia brasileira. A Produção industrial cai e o desempenho do setor, que já vinha enfrentando dificuldades, mostra um cenário de retração. A indústria nacional encolheu 1,3% em junho de 2025 ante junho de 2024, confirmando a desaceleração do setor.
A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, dia 8, por meio dos dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, que revelam um desempenho negativo em mais da metade dos locais pesquisados no país.
A análise global: indústria nacional em retração
O dado mais preocupante da pesquisa é a média global. Na média global, a indústria nacional encolheu 1,3% em junho de 2025 ante junho de 2024.
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Este é o resultado de uma combinação de fatores econômicos que têm pressionado o setor, como a alta taxa de juros, a instabilidade global e uma demanda interna fragilizada.
A retração da produção industrial é um indicador-chave da saúde da economia de um país, e um desempenho negativo como este aponta para desafios significativos que precisam ser enfrentados.
A queda afeta não apenas a geração de riqueza, mas também a empregabilidade, a confiança dos investidores e a capacidade de crescimento a longo prazo.
O mapa da queda: perdas por região
A crise na indústria não foi uniforme, com algumas regiões sofrendo perdas bem mais expressivas do que outras.
O estudo do IBGE revela que a produção industrial cai de forma mais acentuada em algumas unidades da federação. A lista de perdas inclui:
- Rio Grande do Norte (-21,4%): com a maior queda do país, a indústria do estado enfrenta um cenário de grande instabilidade.
- Mato Grosso do Sul (-11,7%): uma retração significativa que pode estar ligada a setores-chave da economia local.
- Mato Grosso (-10,8%): o estado, conhecido pelo agronegócio, também sente os efeitos da crise no setor industrial.
- São Paulo (-8,5%): como o maior polo industrial do país, a queda expressiva no estado é um sinal claro da fragilidade do setor em nível nacional.
- Pará (-3,0%): a queda na produção no Pará pode ser reflexo da desaceleração em setores ligados à mineração ou à indústria extrativa.
- Rio Grande do Sul (-2,5%): o estado, com um parque industrial diversificado, também registrou perdas, o que mostra que a crise não se restringe a um tipo de economia específica.
- Ceará (-0,1%): apesar de ser a menor queda da lista, o resultado ainda é negativo e contribui para a média nacional em retração.
O desempenho regional desigual, com quedas tão acentuadas em alguns estados, demonstra que a crise na indústria tem causas multifacetadas, que vão desde questões macroeconômicas até particularidades locais de cada estado.
Fatores por trás do desempenho negativo
Além das questões internas e externas que afetam a economia, a produção industrial cai também por problemas específicos em cadeias de produção.
O cenário de preços elevados, tanto para matérias-primas quanto para energia, tem corroído as margens de lucro das empresas.
A falta de estímulo ao crédito e o endividamento das famílias também impactam diretamente o consumo de bens industriais, o que desaquece a produção.
O governo e as entidades do setor agora têm o desafio de analisar esses dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional para buscar soluções.
O fato de a indústria nacional encolheu 1,3% em junho de 2025 ante junho de 2024 é um número que não pode ser ignorado e exige uma resposta rápida para evitar um aprofundamento da crise.
A queda na produção industrial representa um desafio para o crescimento econômico do país, e a grande questão agora é como a indústria e o governo irão atuar para reverter esse cenário negativo.