Com Lula e Macron, Alexandre Silveira destacou o papel do Brasil na produção de energia limpa, fortalecendo a cooperação nuclear e a inovação em hidrogênio sustentável durante a COP30 em Belém
A produção de energia limpa foi o ponto central do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente francês Emmanuel Macron, ocorrido no último dia 6 de novembro, durante a Cúpula de Líderes da COP30, em Belém (PA), segundo uma matéria publicada.
A reunião simbolizou o fortalecimento da cooperação entre Brasil e França em projetos de energia nuclear, biocombustíveis e minerais estratégicos, reafirmando o papel brasileiro como potência global na transição energética.
Silveira enfatizou que o país busca “garantir segurança, eficiência e competitividade à energia elétrica”, reforçando que a transição energética deve ser acessível a todos.
-
Aneel quer tornar a Tarifa Horária padrão para grandes consumidores a partir de 2026; entenda o que isso significa na prática
-
Aneel quer mudar tudo: nova tarifa promete virar a rotina de quem consome muita energia
-
ONS cria plano emergencial para conter excedentes de energia e garantir estabilidade do sistema elétrico nacional
-
Segurança energética no Brasil estimula investimentos em infraestrutura elétrica sustentável, integração de fontes renováveis e expansão do sistema de transmissão nacional
A pauta bilateral destacou o protagonismo brasileiro na construção de soluções de baixo carbono e nas estratégias para mitigar cortes de geração renovável.
Durante o encontro, também foram discutidas medidas de incentivo a investimentos franceses em tecnologias de energia sustentável e industrialização de matérias-primas críticas.
Energia nuclear e cooperação tecnológica com foco em minerais estratégicos brasileiros
Um dos principais temas abordados foi a ampliação da cooperação nuclear, considerada essencial para a conclusão da usina Angra 3.
A França, referência mundial em energia atômica, deve ampliar sua participação técnica e financeira no projeto, impulsionando a capacidade brasileira de geração limpa e segura.
Paralelamente, a conversa incluiu a criação de mecanismos conjuntos para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à exploração de minerais estratégicos brasileiros, como terras raras e grafita, setores nos quais o país ocupa a segunda maior reserva mundial.
Esses recursos são vitais para a produção de painéis solares, baterias de carros elétricos e turbinas eólicas, consolidando o Brasil como um polo competitivo na cadeia global de energia verde.
Segundo o ministro Silveira, a integração tecnológica com parceiros internacionais pode transformar o potencial mineral brasileiro em vetor de crescimento industrial e científico, contribuindo diretamente para o avanço da produção de energia limpa.
Biocombustíveis e hidrogênio sustentável ampliam protagonismo na produção de energia limpa
O diálogo entre os líderes também abordou a expansão das políticas de biocombustíveis e hidrogênio de baixa emissão.
Silveira destacou o E30 (etanol com 30% de mistura), o B15 (biodiesel com 15% de mistura) e o mandato do SAF (combustível sustentável de aviação) previsto para 2026 como marcos fundamentais do novo ciclo verde da economia nacional.
Essas iniciativas posicionam o país entre os líderes na corrida global por alternativas energéticas descarbonizadas, com grande potencial para atrair investimentos da França e de outros parceiros europeus.
Atualmente, o Brasil possui a matriz elétrica mais renovável do G20, com 89% da energia proveniente de fontes limpas, um índice muito acima da média mundial.
O Sistema Interligado Nacional (SIN), o maior do planeta, conecta todos os estados brasileiros, assegurando equilíbrio entre oferta e demanda energética e permitindo maior estabilidade durante períodos de oscilação climática.
Entenda o que é energia limpa e seus principais benefícios
O conceito de energia limpa está diretamente ligado à geração de eletricidade sem emissão significativa de gases de efeito estufa ou poluentes atmosféricos.
Fontes como hidrelétrica, solar, eólica, biomassa e nuclear são exemplos dessa matriz sustentável que promove crescimento econômico com menor impacto ambiental.
Principais benefícios da energia limpa:
- Reduz as emissões de carbono e combate as mudanças climáticas;
- Gera empregos verdes e estimula inovação tecnológica;
- Diminui a dependência de combustíveis fósseis;
- Valoriza economias locais e atrai investimentos estrangeiros;
- Promove desenvolvimento sustentável em comunidades rurais e urbanas.
Essas vantagens fazem do Brasil uma das referências mundiais em políticas energéticas de baixo carbono.
Ao lado da França, o país amplia sua presença estratégica em setores de inovação, pesquisa e infraestrutura, consolidando a liderança sul-americana na transição para um modelo energético mais equilibrado e acessível.
Com base nessa agenda, o ministro Alexandre Silveira reforçou que a produção de energia limpa será o eixo central das políticas nacionais nos próximos anos, alinhando sustentabilidade, tecnologia e inclusão social em prol de um futuro energético mais seguro e eficiente para todos os brasileiros.



Seja o primeiro a reagir!