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Primeira estação ferroviária impressa em 3D do mundo será construída em somente seis horas

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 17/03/2025 às 18:04
estação ferroviária
Foto: Reprodução
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A impressão 3D vem ganhando espaço na construção civil, trazendo inovação e eficiência para grandes projetos. Agora, essa tecnologia será aplicada à construção da primeira estação ferroviária impressa em 3D do mundo, permitindo que a estrutura seja concluída em somente seis horas.

O Japão está prestes a fazer história ao construir a primeira estação ferroviária impressa em 3D do mundo em apenas seis horas.

A estrutura será erguida durante a madrugada do próximo dia 25 de março, no curto intervalo entre o último trem da noite e o primeiro da manhã seguinte.

O local escolhido é a Estação Hatsushima, na Linha Kisei, em Arita, Prefeitura de Wakayama.

Tecnologia acelera construção da estação ferroviária japonesa

O método inovador adotado pela companhia JR West substitui completamente o processo tradicional de construção em concreto.

Em vez de usar formas de madeira ou metal para moldar o concreto, a impressão 3D produz diretamente os componentes prontos para montagem.

A empresa responsável pelo fornecimento desses componentes é a Serendix Inc., construtora especializada nesse tipo de tecnologia, com sede em Nishinomiya.

Cada peça da nova estação Hatsushima será impressa em concreto e posteriormente montada no local. O edifício terá somente um andar, medindo 2,6 metros de altura, 6,3 metros de largura e 2,1 metros de profundidade.

Segundo a JR West, essa estratégia simplifica muito a construção e reduz significativamente custos com mão de obra e tempo de obra.

A principal vantagem dessa tecnologia é a rapidez da execução do projeto. Normalmente, a substituição de uma estação ferroviária demanda longas interrupções dos serviços ferroviários.

Com a impressão 3D, porém, será possível concluir a construção inteira em apenas seis horas, minimizando os impactos aos usuários da linha ferroviária.

Flexibilidade no design

Outro ponto positivo da impressão em 3D destacado pela JR West é a maior flexibilidade no design arquitetônico.

Ao contrário das técnicas tradicionais, limitadas pelas formas padrão, a impressão 3D permite criar desenhos mais complexos e personalizados, indo além dos formatos retangulares ou triangulares típicos.

Dessa forma, as novas estações poderão ser projetadas levando em conta características específicas do local onde serão instaladas.

A JR West explicou que o visual externo da nova estação Hatsushima refletirá particularidades da região, criando um edifício agradável e funcional para os moradores locais.

Além disso, a estação foi escolhida especificamente por sua localização costeira. O objetivo da companhia é testar a durabilidade do concreto impresso em 3D frente ao desgaste causado pela exposição ao ar salgado.

Se o desempenho for satisfatório, a empresa planeja expandir o modelo para outras estações da rede ferroviária no futuro.

Sustentabilidade e economia

A JR West também acredita que a nova tecnologia poderá tornar a infraestrutura ferroviária mais sustentável.

A facilidade de montagem e manutenção diminui gastos, enquanto a construção rápida reduz desperdícios e o uso de recursos como energia elétrica e água.

De acordo com comunicado divulgado pela empresa, a experiência em Hatsushima será usada como modelo para avaliar custos e benefícios desse tipo de construção.

A ideia é ampliar o uso dessa tecnologia não apenas para substituir instalações antigas, mas também em novos projetos.

A estação impressa em 3D representa um passo importante na estratégia da JR West para modernizar sua rede ferroviária.

A companhia destacou que pretende seguir investindo em tecnologia de ponta, sempre aliada à sustentabilidade ambiental e à integração das estações com as comunidades locais.

Depois da inauguração, técnicos da JR West farão uma análise detalhada dos resultados obtidos com a nova estação. Custos operacionais, resistência do material, manutenção necessária e satisfação dos usuários serão alguns dos fatores avaliados pela companhia.

Os dados obtidos nessa experiência serão fundamentais para confirmar a viabilidade de expandir essa inovação tecnológica para outras partes do país.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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