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Pressão de concurseiros obriga ‘cursinhos’ a se posicionarem contra reforma administrativa semelhante à PEC 32, decisiva para milhões de candidatos em 2025

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/09/2025 às 00:58
Os maiores cursinhos do Brasil só se manifestaram contra a reforma administrativa após pressão direta de alunos, revelando o peso político e econômico do setor na disputa.
Os maiores cursinhos do Brasil só se manifestaram contra a reforma administrativa após pressão direta de alunos, revelando o peso político e econômico do setor na disputa.
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Gigantes do setor de concursos como Gran Cursos, QConcursos e Direção só se manifestaram contra a PEC 32 após pressão direta de milhões de alunos em 2025

A mobilização em torno da PEC 32, que voltou à pauta da Câmara dos Deputados em 2025, revelou um movimento inédito: os principais cursinhos preparatórios do Brasil só se posicionaram contra a reforma administrativa após intensa pressão de concurseiros. A análise foi reforçada pelo especialista Mateus Alves, que destacou o peso político e econômico desses cursos no debate público.

Segundo ele, a PEC 32 segue ameaçando estabilidade e direitos dos servidores, ainda que reapresentada em formato atualizado. Para os alunos, a ausência de posicionamento dos cursinhos — que vivem do ecossistema dos concursos e influenciam milhões de candidatos — significaria um vazio na defesa do funcionalismo, enfraquecendo a resistência no Congresso Nacional.

Quem liderou a reação inicial?

De acordo com o especialista Mateus Alves, o primeiro a se posicionar institucionalmente contra a nova proposta foi o canal 123 Passei.

Esse gesto abriu caminho para que outras plataformas assumissem publicamente sua oposição.

O Gran Cursos Online, que já havia feito campanha contra a PEC 32 em 2021, voltou a se colocar contra a reforma.

Na sequência, o QConcursos publicou a frase de impacto “estabilidade não se negocia”, enquanto o Direção Concursos também declarou oposição, mesmo após alguns de seus professores minimizarem os impactos iniciais da proposta.

Quanto pesam os cursinhos no debate político?

O setor movimenta bilhões de reais e mobiliza milhões de estudantes em redes sociais, com canais que ultrapassam milhões de seguidores.

Para o especialista Mateus Alves, essa base de alcance torna os cursinhos atores centrais na pressão sobre o Congresso Nacional.

A crítica é que, sem engajamento das maiores instituições, dificilmente parlamentares sentiriam a pressão necessária para barrar a PEC 32.

Isso explicaria por que a manifestação tardia só ocorreu quando a base de alunos intensificou cobranças diretas em aulas, transmissões ao vivo e fóruns digitais.

Onde estão os principais pontos de tensão da PEC 32?

Segundo os materiais já divulgados, a reforma administrativa mantém concursos públicos e a estabilidade, mas inclui mecanismos de avaliação periódica obrigatória de desempenho e amplia contratos temporários de até cinco anos.

Para especialistas, trata-se de um retorno ao conteúdo da PEC 32 original, ainda que com ajustes de forma.

O governo tem divulgado a proposta em “pílulas”, sem detalhar se será apresentada como PEC ou projeto de lei.

Essa indefinição aumenta a tensão e dificulta a mobilização organizada, já que cada modelo legislativo tem ritos diferentes de aprovação.

Por que a Servir Brasil perdeu protagonismo?

YouTube Video

Durante a tramitação da PEC 32 em 2021, a frente parlamentar Servir Brasil foi considerada decisiva para barrar a proposta.

Agora, segundo o especialista Mateus Alves, a mobilização ainda não alcançou o mesmo nível de intensidade.

Há receio de que alinhamentos políticos com o atual governo, de perfil mais à esquerda, enfraqueçam a resistência, apesar de o conteúdo ser semelhante ao de anos anteriores.

O episódio mostrou que a mobilização dos concurseiros é capaz de alterar a postura dos gigantes do setor.

A reação em cadeia — de alunos para cursinhos, e destes para o Congresso — pode definir o destino da PEC 32.

Para Mateus Alves, o próximo passo será ampliar a pressão sobre os cursos que ainda não se manifestaram e reforçar a cobrança direta sobre deputados e senadores.

A disputa agora é entre consolidar uma reforma administrativa que altera estabilidade ou garantir que a pressão social impeça mudanças drásticas no serviço público.

E você, acredita que a pressão dos concurseiros pode realmente barrar a PEC 32 no Congresso? Ou os cursinhos estão apenas reagindo para não perder credibilidade com seus alunos? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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