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Presidente do STF diz que Judiciário apoia reforma administrativa, mas alerta: cortar garantias pode ferir a independência dos juízes e dos cidadãos

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 07/10/2025 às 17:00
O presidente do STF, Edson Fachin, declarou apoio à reforma administrativa, mas alertou que mudanças nas garantias constitucionais podem ameaçar a independência do Judiciário e comprometer direitos dos cidadãos, pedindo uma modernização equilibrada e republicana.
O presidente do STF, Edson Fachin, declarou apoio à reforma administrativa, mas alertou que mudanças nas garantias constitucionais podem ameaçar a independência do Judiciário e comprometer direitos dos cidadãos, pedindo uma modernização equilibrada e republicana.
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Em meio ao debate da reforma administrativa, o presidente do STF, Edson Fachin, declarou apoio a uma mudança ampla e republicana, mas advertiu que mexer nas garantias constitucionais dos magistrados pode enfraquecer a independência do Judiciário e colocar em risco os direitos fundamentais dos cidadãos

Segundo Agência Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou nesta terça-feira (7) que o Judiciário apoia a reforma administrativa, mas alertou que alterações nas garantias constitucionais dos magistrados podem comprometer a independência da Justiça e a proteção das liberdades individuais. A declaração foi dada após uma reunião com o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), relator da proposta na Câmara dos Deputados.

Fachin ressaltou que as mudanças precisam ser amplas, republicanas e equilibradas, contemplando todos os Poderes e buscando eficiência sem sacrificar princípios institucionais. Segundo ele, direitos como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos não são privilégios, mas mecanismos essenciais para assegurar decisões imparciais e proteger o cidadão contra arbitrariedades do poder político.

STF defende modernização com respeito às garantias constitucionais

Presidente do STF diz que Judiciário apoia reforma administrativa, mas alerta: cortar garantias pode ferir a independência dos juízes e dos cidadãos

Em nota oficial, o presidente do STF reforçou que o Supremo não se opõe à modernização da máquina pública, desde que o processo preserve a autonomia e a imparcialidade do sistema de Justiça.

Fachin argumentou que uma reforma administrativa equilibrada deve priorizar o mérito, a transparência e a diversidade no serviço público, mas sem desmantelar os pilares que garantem a independência judicial.

Ele destacou que essas garantias não são privilégios pessoais, e sim instrumentos democráticos de proteção da sociedade, especialmente em tempos de polarização e pressões políticas.

O ministro também anunciou que o Judiciário enviará uma manifestação formal ao Congresso Nacional, com sugestões e análises técnicas sobre os pontos da proposta que afetam diretamente o Sistema de Justiça.

O que propõe a reforma administrativa em debate

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relatada por Pedro Paulo estabelece uma série de mudanças estruturais nas carreiras públicas. O texto prevê:

Tabela única de remuneração para servidores da União, estados e municípios.

Metas obrigatórias de desempenho e avaliação por resultados.

Fim de benefícios como licença-prêmio e férias superiores a 30 dias.

Limite de 10% para auxílios de alimentação, saúde e transporte para quem recebe acima de 90% do teto constitucional.

A proposta também propõe o fim da aposentadoria compulsória como punição disciplinar, substituindo-a pela perda efetiva do cargo em casos de falta grave.

Além disso, o texto restringe o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de criar benefícios ou gratificações sem autorização legislativa.

Essas mudanças geram apreensão entre servidores e magistrados, que veem risco de fragilização das carreiras de Estado e da independência funcional.

Fachin pede reforma republicana, com equilíbrio entre eficiência e justiça

Durante o encontro com o relator, Fachin afirmou que o STF apoia uma reforma administrativa que alcance todos os Poderes e instituições, e não apenas o Executivo.

Para ele, é preciso combinar responsabilidade fiscal com valorização dos servidores e foco em resultados concretos para a sociedade.

O ministro defendeu que a modernização administrativa deve ser um instrumento de fortalecimento do Estado, e não apenas de redução de custos.

Segundo ele, o objetivo é reconstruir a capacidade pública de planejar e executar políticas de forma moderna, transparente e justa.

Nos bastidores, a fala de Fachin foi interpretada como um gesto de equilíbrio político. O Supremo indica que não pretende travar a reforma, mas exige salvaguardas institucionais para evitar impactos sobre a autonomia da magistratura e do Ministério Público.

Debate sobre a reforma administrativa vai além dos salários

Especialistas destacam que a reforma administrativa ultrapassa a discussão sobre remuneração. Trata-se de repensar a estrutura e a eficiência do serviço público brasileiro, conciliando produtividade e proteção de direitos.

Ao enfatizar a importância das garantias constitucionais, Fachin amplia o debate para o campo da democracia e da cidadania, afirmando que a independência judicial é um pilar essencial da confiança social nas instituições.

Reduzir essas proteções, segundo ele, poderia comprometer o equilíbrio entre os Poderes e a imparcialidade da Justiça.

A posição do STF reforça a ideia de colaboração técnica, com atenção aos limites que preservam o Estado de Direito e a segurança jurídica.

Reforma administrativa e o contexto político

O debate ocorre em um momento de reaceleração da pauta econômica no Congresso, impulsionada pela equipe do governo.

A proposta pretende simplificar regras, reduzir custos e melhorar a eficiência do Estado, mas enfrenta resistência de sindicatos e categorias do funcionalismo.

Para o Judiciário, o desafio é participar da reforma sem abrir mão da independência.

Fachin tenta posicionar o Supremo como um mediador responsável, defendendo ajustes estruturais, porém sem permitir retrocessos nas garantias que sustentam a democracia brasileira.

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Bruno Teles

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