Um ferro-velho no Reino Unido está lotado de carros seminovos, levantando questionamentos sobre desperdício, logística e o mercado automotivo.
Imagens de um ferro-velho repleto de carros Jaguar relativamente novos geraram polêmica nas redes sociais.
Nenhum dos veículos fotografados é mais antigo que 2019, o que levantou questionamentos sobre o motivo de seu descarte prematuro.
Por que uma marca renomada como a Jaguar Land Rover (JLR) estaria inutilizando veículos que poderiam ainda estar em circulação? A resposta remonta a um problema crítico de segurança.
-
Sedã híbrido da BYD promete rodar até 2.000 km com uma carga e tanque, entenda a tecnologia
-
Parou de ser fabricado na geração anterior, mas ainda é um dos favoritos dos motoristas de app: o sedã automático da Nissan com porta-malas gigante e manutenção barata
-
Teste mostra qual moto 300 cilindradas é mais econômica: Yamaha MT-03 ou Honda CB Twister
-
Nova Honda XRE 300 Sahara 2026: com tecnologia FlexOne, entrega 25,2 cv com etanol e 24,8 cv com gasolina, sempre a 7.500 rpm. Veja os preços e o que muda nas novas versões
O problema com as baterias de alta tensão
O caso teve início em agosto de 2024, quando a JLR anunciou um recall de 2.760 unidades do modelo Jaguar I-Pace devido ao risco de sobrecarga térmica da bateria de alta tensão.
Essa falha já havia motivado quatro recalls anteriores desde maio de 2023, sem que a empresa encontrasse uma solução definitiva.
A princípio, os revendedores foram instruídos a instalar uma atualização de software que limitava o estado máximo de carga das baterias a 80%.
Além disso, os proprietários foram orientados a estacionar e carregar seus veículos do lado de fora como medida preventiva. No entanto, a medida se mostrou insuficiente.
A origem do problema
Os veículos afetados foram fabricados entre janeiro de 2018 e março de 2019 na unidade da Magna Steyr, na Áustria, e utilizavam células de bateria de íons de lítio fornecidas pela LG Chem.
Essa fornecedora já havia enfrentado problemas semelhantes com os modelos Chevrolet Bolt EV e Bolt EUV, que também registraram incêndios devido a falhas nas baterias.
Apesar dos esforços da JLR para mitigar os riscos, três unidades do I-Pace pegaram fogo nos Estados Unidos mesmo após a aplicação das atualizações de software.
Isso evidenciou que o problema era mais grave do que se imaginava e colocava a segurança dos usuários em risco.
Decisão radical – Destino foi o ferro-velho
Diante da persistência do problema, o Comitê de Determinação de Recall da JLR decidiu, em novembro de 2024, recomprar todos os veículos afetados.
Um relatório da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), divulgado em 18 de novembro, confirmou essa decisão.
A montadora optou por armazenar os veículos até definir o que fazer com eles. No entanto, as imagens que viralizaram nas redes sociais mostram que a solução foi mais drástica: a destruição total dos modelos recomprados.
Todas as unidades vistas nas fotos possuem placas britânicas, o que indica que o mesmo destino pode ter sido dado aos veículos adquiridos de clientes em outros países.
Algumas especulações surgiram sobre a possibilidade de parte desses veículos ser composta por unidades danificadas por enchentes.
Em outubro de 2023, a tempestade Babet causou inundações severas no Reino Unido, afetando o estoque de concessionárias, incluindo uma da Jaguar Land Rover. Contudo, não há confirmação de que esses carros no ferro-velho sejam exclusivamente do recall do I-Pace.
O impacto para a Jaguar Land Rover
Esse episódio representa um grande desafio para a reputação da JLR, que já enfrentava dificuldades no mercado de veículos elétricos.
Incêndios em baterias são um dos maiores temores da indústria automotiva, e a falha em solucionar o problema antes que resultasse em incidentes públicos prejudicou a imagem da marca.
Além do prejuízo financeiro com a recompra e descarte dos veículos, a empresa enfrenta a necessidade de reforçar sua pesquisa e desenvolvimento para garantir a segurança de seus modelos futuros.
O que o futuro reserva?
A questão da segurança em veículos elétricos continua sendo um tema central na indústria automotiva. O caso do Jaguar I-Pace reforça a necessidade de padrões mais rigorosos na produção de baterias e um monitoramento mais eficaz por parte das montadoras.
Para os consumidores, fica o alerta: recalls são fundamentais para a segurança, e problemas aparentemente pequenos podem evoluir para riscos sérios.
Quem possui veículos elétricos deve acompanhar de perto as atualizações das montadoras e seguir as recomendações de segurança.
O episódio da Jaguar levanta uma questão crucial para o futuro da mobilidade elétrica: como garantir que as inovações tecnológicas avancem sem comprometer a segurança dos usuários? Esse será um desafio contínuo para a indústria automobilística nos próximos anos.
Com informações de AutoEvolution.
Lixo inglês??? Tragam para o Brasil il il que vende tudo rapidamente!!
O americano e o chinês vende muito bem aqui.