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Prepare seu bolso: preço dos combustíveis vão subir

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 25/01/2025 às 20:17
Prepare-se: preço dos combustíveis no Brasil pode subir devido à defasagem de valores com o mercado internacional. Entenda os impactos!
Prepare-se: preço dos combustíveis no Brasil pode subir devido à defasagem de valores com o mercado internacional. Entenda os impactos!

Brasil pode enfrentar aumentos no preço dos combustíveis, mesmo com a tentativa do governo de evitar a alta. A defasagem de preços internos e internacionais, a alta do dólar e a valorização do petróleo pressionam o mercado. Especialista aponta riscos como desabastecimento e prejuízos bilionários para a Petrobras. Entenda os dilemas que afetam seu bolso.

O preço dos combustíveis no Brasil, como a gasolina e o diesel, está prestes a enfrentar uma nova alta, mesmo com os esforços do governo para evitar tal cenário.

Em análise detalhada, Fernando Ulrich, renomado economista, destacou em seu canal no YouTube os principais fatores que contribuem para essa iminente elevação de preços.

Segundo ele, a defasagem entre os valores internos e os praticados no mercado internacional chegou a níveis alarmantes, criando uma situação que desafia tanto o governo quanto a Petrobras.

Ulrich esclareceu que a defasagem é a diferença entre os preços cobrados no Brasil e os valores estabelecidos no mercado internacional.

Essa disparidade se intensificou devido à política de congelamento de preços adotada pela Petrobras. “O diesel, por exemplo, está sem reajustes há mais de um ano, enquanto a gasolina não sofre alterações há mais de seis meses”, afirmou o especialista.

Ele destacou que, embora essa estratégia tenha como objetivo controlar a inflação, ela também traz riscos significativos, como o desabastecimento e prejuízos bilionários para a estatal.

O mercado internacional e o impacto no Brasil

No cenário global, os preços do petróleo e seus derivados têm aumentado constantemente.

Segundo dados apresentados por Ulrich, o barril de petróleo teve uma valorização significativa nos últimos meses, impulsionada por uma combinação de fatores, como tensões geopolíticas, aumento da demanda e limitações na oferta.

Esse movimento reflete diretamente nos custos dos combustíveis no mercado internacional.

Para complicar ainda mais a situação, a desvalorização do real frente ao dólar contribuiu para amplificar o impacto desses aumentos no Brasil.

Atualmente, o dólar está cotado acima de R$ 6, o que eleva os custos de importação de combustíveis. Ulrich detalhou que, nos últimos três meses, os preços do diesel e da gasolina subiram, respectivamente, 12% e 6% em dólares.

Contudo, devido à variação cambial, esse aumento foi ainda maior em reais, chegando a quase 19% no caso do diesel.

Essa situação afeta diretamente o setor de importação de combustíveis. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), cerca de 25% do diesel consumido no Brasil é importado.

Quando a Petrobras opta por manter os preços abaixo do mercado internacional, os importadores enfrentam dificuldades para competir, o que pode levar a uma redução na oferta e ao consequente risco de desabastecimento.

A estratégia do governo e suas limitações

Apesar dos dados alarmantes, o governo federal tem resistido à ideia de reajustar os preços dos combustíveis.

A principal preocupação é o impacto que tal medida teria na inflação, que já pressiona o custo de vida da população.

“Subir o preço da gasolina e do diesel teria efeitos cascata, encarecendo o transporte, os alimentos e outros bens essenciais”, analisou Ulrich.

Ele acrescentou que o impacto político também é um fator relevante, especialmente considerando que a popularidade do presidente Lula poderia ser ainda mais afetada por um aumento significativo nos combustíveis.

Entretanto, essa estratégia também apresenta suas fragilidades. Ulrich alertou que a insistência em evitar reajustes pode levar a consequências graves, como prejuízos financeiros para a Petrobras e a perda de credibilidade do governo junto aos mercados.

Segundo ele, a estatal já acumula perdas de R$ 9,3 bilhões em decorrência da defasagem de preços.

“Essa política de congelamento não é sustentável a longo prazo e pode comprometer a saúde financeira da companhia”, afirmou.

Possíveis soluções para o dilema

Diante desse cenário, Ulrich apontou algumas possíveis soluções.

Uma delas seria a redução dos gastos públicos, o que ajudaria a estabilizar o câmbio e, consequentemente, aliviar a defasagem nos combustíveis.

Ele explicou que a recuperação da credibilidade fiscal do governo poderia atrair mais investidores e reduzir a pressão sobre o dólar.

Outra alternativa seria ajustar gradualmente os preços dos combustíveis, em vez de realizar um único aumento abrupto.

Isso poderia mitigar os impactos inflacionários e facilitar a aceitação por parte da população.

Contudo, Ulrich ressaltou que essa abordagem exige planejamento e comunicação eficaz por parte do governo, algo que nem sempre tem sido priorizado.

Além disso, ele destacou a importância de investir na ampliação da capacidade de refino no Brasil.

Atualmente, o país depende significativamente da importação de combustíveis, o que o torna vulnerável às oscilações do mercado internacional.

Investimentos em infraestrutura de refino poderiam reduzir essa dependência e fortalecer a segurança energética do país.

Um futuro incerto

O cenário atual é desafiador e reflete as escolhas políticas e econômicas do governo.

Ulrich concluiu sua análise afirmando que o Brasil enfrenta um ciclo vicioso, no qual as medidas adotadas para conter a inflação e proteger a população de aumentos nos combustíveis acabam agravando os problemas fiscais e monetários.

“Cada ação do governo parece estar empurrando o país para uma situação ainda mais complicada”, avaliou.

Enquanto isso, os consumidores devem se preparar para um possível aumento nos combustíveis, especialmente do diesel, no curto prazo.

Segundo Ulrich, a defasagem chegou a um ponto insustentável e deve forçar o governo a agir em breve.

Resta saber como o governo e a Petrobras irão equilibrar os interesses econômicos, sociais e políticos diante desse cenário desafiador.

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Vandir
Vandir
26/01/2025 08:58

LULA AVISOU,O GROSSO AINDA VAI VIR E DESSA VEZ VAI DOER NO FUNDO.
FAZ O L AGORA **** DE ****.

Rubens José Lucas
Rubens José Lucas
26/01/2025 11:35

Eu gostaria de saber onde está a novidade na majoração dos preços do petróleo na Brasil e neste governo.

Antonio
Antonio
26/01/2025 18:05

Com esse desgoverno vai de mal a pior… inúteis.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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