O Instagram iniciou no Reino Unido a oferta de uma versão sem anúncios e pode levar a assinatura paga para o Brasil em 2025, sinalizando uma transformação profunda no modelo de negócios das redes sociais, que passam a cobrar pelo acesso em vez de depender apenas de publicidade.
O modelo de negócios que tornou as redes sociais populares no mundo todo pode estar prestes a mudar. O Instagram, controlado pela Meta, iniciou no Reino Unido a oferta de uma versão paga sem anúncios. A medida abre caminho para um futuro em que o acesso às redes sociais deixe de ser gratuito, exigindo dos usuários a escolha entre arcar com uma assinatura ou conviver com publicidade constante.
Se a novidade avançar, há grande chance de chegar ao Brasil já em 2025. O movimento reflete tanto pressões regulatórias na Europa quanto a necessidade da empresa de diversificar suas fontes de receita. E levanta uma questão central: até que ponto os brasileiros estariam dispostos a pagar por um serviço que, até hoje, sempre foi gratuito?
Por que o Instagram decidiu testar o modelo pago
A Meta construiu sua fortuna baseada na publicidade: cerca de 97% de sua receita mundial vem de anúncios.
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Esse modelo, embora lucrativo, enfrenta limites cada vez maiores, especialmente na Europa, onde regulações de privacidade e regras antitruste restringem a coleta de dados para segmentação de anúncios.
Para contornar o problema, a empresa iniciou testes no Reino Unido oferecendo versões pagas de Facebook e Instagram.
Quem paga não vê publicidade, mas quem opta por permanecer no modelo gratuito continua exposto a anúncios e coleta de dados.
Essa estratégia cria uma nova linha de receita, semelhante ao que já ocorre em serviços de streaming.
Quanto pode custar e como afetaria os brasileiros
No Reino Unido, os valores partem de 2,99 euros mensais, algo próximo de R$ 20 em conversão direta.
Para o padrão de renda brasileiro, esse preço pode pesar no orçamento, ainda mais considerando que muitos já pagam por serviços de streaming, jogos e aplicativos.
No Brasil, onde o Instagram concentra a maior parte do tempo de uso entre as redes sociais, a adoção desse modelo teria impacto imediato.
Milhões de pessoas teriam de escolher entre pagar para não ver anúncios ou aceitar a experiência atual, cada vez mais saturada de publicidade.
O papel dos governos e o risco de taxação
Além das empresas, governos também estão atentos.
A discussão sobre regulamentação e tributação das big techs já entrou na pauta de países como Brasil e membros da União Europeia.
No caso brasileiro, declarações recentes mostram interesse em cobrar impostos sobre a receita das plataformas digitais.
Se o modelo pago se consolidar, o cenário tende a se complicar: usuários pagariam às redes sociais e, indiretamente, também ao governo por meio de impostos sobre esse novo tipo de serviço.
Esse movimento pode transformar o que antes era visto como lazer gratuito em mais uma despesa mensal para famílias e jovens.
O futuro das redes sociais: fim do “tudo grátis”?
O modelo testado pelo Instagram segue uma tendência que já aparece em outros setores.
Plataformas de streaming, como Netflix e Prime Video, começaram oferecendo serviços sem anúncios, depois introduziram publicidade e, em seguida, criaram planos mais caros para removê-la.
Agora, o mesmo formato se aproxima das redes sociais.
O risco é que o efeito cascata atinja também TikTok, YouTube e outras plataformas.
Se a cobrança virar regra, o acesso gratuito pode se tornar cada vez mais limitado e a internet que conhecemos hoje mudará radicalmente.
A chegada da assinatura paga do Instagram no Reino Unido abre um precedente que dificilmente ficará restrito à Europa.
Com os testes em andamento e a dependência da Meta em diversificar suas receitas, o Brasil pode ser um dos próximos destinos dessa mudança.
E você, estaria disposto a pagar para usar o Instagram sem anúncios? Acha que o modelo pago vai se espalhar para todas as redes sociais? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir a visão de quem vive essa realidade no dia a dia.