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Preços do petróleo recuam e indicam terceira mês em queda; movimento se dá pelos temores sobre excesso de oferta e desaceleração da China

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 31/10/2025 às 09:22
Os preços do petróleo caem novamente e devem fechar o terceiro mês consecutivo em baixa. Mercado reage a temores de excesso de oferta, dólar forte e desaceleração da economia chinesa antes da reunião da OPEP+.
Os preços do petróleo caem novamente e devem fechar o terceiro mês consecutivo em baixa. Mercado reage a temores de excesso de oferta, dólar forte e desaceleração da economia chinesa antes da reunião da OPEP+.
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Os preços do petróleo caem novamente e devem fechar o terceiro mês consecutivo em baixa. Mercado reage a temores de excesso de oferta, dólar forte e desaceleração da economia chinesa antes da reunião da OPEP+.

Os preços do petróleo encerraram o mês de outubro de 2025 em nova baixa, consolidando um ciclo de desvalorização que já dura três meses. A combinação de um dólar mais forte, dados econômicos fracos da China e expectativas sobre o aumento da produção global tem pressionado o mercado.

Na manhã desta sexta-feira, 31, o Brent registrou queda de 0,48%, sendo negociado a US$ 64,69 por barril. Já o WTI recuou 0,66%, cotado a US$ 60,17. Ambos acumulam perdas superiores a 3% apenas em outubro, refletindo a preocupação crescente com o excesso de oferta mundial de petróleo.

Dólar forte e postura do Fed intensificam pressão sobre o petróleo

O fortalecimento do dólar tem sido um fator-chave para a recente instabilidade do mercado de petróleo. Após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, o cenário tornou-se ainda mais cauteloso. Powell destacou que não há “conclusão óbvia” sobre a possibilidade de um novo corte de juros em dezembro, o que reduziu o apetite dos investidores por ativos de risco.

Com a moeda americana em alta, o preço do barril tende a recuar, já que o petróleo é cotado em dólar. Assim, países importadores passam a pagar mais caro pela commodity, diminuindo a demanda global.

Desaceleração da China agrava temores sobre a demanda

Outro ponto de alerta vem da China, a maior importadora de petróleo do mundo. Dados oficiais mostraram que a atividade manufatureira chinesa caiu para o nível mais baixo em seis meses, registrando 49,0 pontos no índice PMI de outubro — abaixo do esperado e em queda de 0,8 ponto em relação a setembro.

A leitura abaixo de 50 indica retração na indústria, o que reforça o temor de menor consumo energético no país. Embora o PMI não manufatureiro tenha apresentado leve alta, chegando a 50,1 pontos, o movimento foi insuficiente para reverter o pessimismo do mercado.

Em meio à instabilidade dos preços, as atenções agora se voltam para a próxima reunião da OPEP+, marcada para 2 de novembro. O grupo, formado pelos maiores produtores de petróleo do mundo, deve discutir sua política de produção e avaliar medidas para estabilizar o mercado.

De acordo com informações preliminares, há expectativa de que seja anunciado um aumento de 137 mil barris por dia na produção de dezembro. A medida faz parte de uma estratégia para ampliar a participação de mercado e compensar as perdas causadas pelas sanções ocidentais que restringem as exportações russas de petróleo para China e Índia.

Excesso de oferta global e incertezas econômicas pesam sobre os preços

O mercado de petróleo enfrenta uma situação delicada. De um lado, a ampliação da produção em países membros da OPEP+ e a recuperação da oferta nos Estados Unidos; de outro, a desaceleração da economia global e o desaquecimento da demanda, principalmente na Ásia.

Esses fatores combinados têm alimentado o receio de que o mundo esteja caminhando para um excesso de oferta, o que tende a manter os preços sob pressão nos próximos meses.

Apesar das incertezas, analistas avaliam que a tendência de queda pode ser revertida caso a OPEP+ adote uma postura mais cautelosa e opte por frear o aumento da produção. Além disso, um eventual corte de juros nos Estados Unidos, ainda que improvável no curto prazo, poderia enfraquecer o dólar e dar novo fôlego às commodities energéticas.

Enquanto isso, investidores seguem atentos às movimentações diplomáticas e aos próximos indicadores econômicos da China e dos Estados Unidos, que deverão ditar o ritmo do mercado global de petróleo nas próximas semanas.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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