O preço do tomate caiu na primeira quinzena de setembro, segundo boletim da Conab, que também detalhou cebola, batata, alface, cenoura, frutas e exportações. O relatório mostra variações nos valores médios, tendências de mercado e dados relevantes das principais Centrais de Abastecimento do Brasil
O preço do tomate apresentou redução na primeira quinzena de setembro, conforme dados do 9º Boletim Hortigranjeiro 2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e segundo uma matéria publicada.
A informação chamou a atenção por confirmar que o movimento de queda já havia ocorrido em agosto, quando os valores médios do tomate ficaram 19,86% abaixo dos praticados em julho.
O levantamento da Conab foi divulgado no último dia 23 de setembro e reuniu informações das principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.
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Esse comportamento dos preços do tomate aconteceu mesmo diante de uma oferta menor em agosto, o que surpreende consumidores e produtores.
Além do tomate, a pesquisa também apontou resultados para outros alimentos importantes do dia a dia do brasileiro, como cebola, batata, alface e cenoura.
O estudo ainda avaliou frutas como mamão, laranja, maçã, banana e melancia, além de trazer dados de exportações e da participação das Ceasas em encontros internacionais.
Com números detalhados e comparações entre períodos, o boletim da Conab ajuda a entender os fatores que influenciam o preço do tomate e de outros produtos no mercado.
Esse tipo de levantamento é essencial para acompanhar as mudanças nas cotações e compreender de forma simples como o clima, a oferta e a demanda influenciam diretamente a mesa do consumidor.
Preço do tomate e impacto da oferta nas Ceasas
O preço do tomate apresentou recuo no início de setembro, repetindo a tendência de agosto. A Conab registrou que, no mês passado, os valores médios ficaram 19,86% abaixo dos observados em julho.
Mesmo com uma quantidade menor de tomate chegando às Ceasas, a redução aconteceu, mostrando que fatores de mercado contribuíram para esse comportamento.
A análise da Conab mostra como os preços do tomate podem variar em períodos curtos, influenciando o bolso do consumidor e as margens de lucro dos produtores.
Esse cenário ajuda a entender como a oferta e a procura afetam as negociações. Em agosto, mesmo com menor quantidade disponível, o mercado sinalizou queda, reforçando a importância de acompanhar os dados divulgados nos boletins mensais.
As Centrais de Abastecimento analisadas pela Conab, localizadas em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, oferecem um retrato fiel da movimentação.
O preço do tomate nessas regiões reflete o cenário nacional e serve de base para que toda a cadeia, do atacado ao varejo, possa se organizar.
Cebola, batata e alface seguem tendência de preços mais baixos
Assim como o preço do tomate, a cebola também registrou queda em agosto. Foi o terceiro mês consecutivo de redução, com diminuição média de 10,5% em relação a julho.
A Ceasa de Vitória apresentou a maior variação negativa. A boa quantidade ofertada, somada à pulverização da produção e à menor demanda, contribuiu para o recuo nas cotações.
No caso da batata, o comportamento foi semelhante. O boletim da Conab mostrou queda de 6,55% em agosto na média ponderada quando comparado a julho.
O destaque aparece ao comparar os preços atuais com agosto de 2024: o valor está 53,62% menor. Essa diferença está ligada às condições de produção do início de 2024, quando chuvas reduziram a safra no primeiro semestre.
A alface também apresentou preços mais baixos. Em agosto, o recuo médio foi de 8,77%, sendo a maior queda registrada na Ceasa de Recife, com variação negativa de 30,8%.
O relatório explica que, mesmo com menor comercialização, fatores climáticos nas regiões produtoras e a qualidade do produto influenciaram o resultado.
Esse conjunto de informações mostra como, assim como o preço do tomate, outros alimentos essenciais seguem oscilando de acordo com condições regionais e de mercado.
Cenoura e frutas trazem comportamentos diferentes no mercado
Enquanto o preço do tomate recuou, a cenoura apresentou alta em agosto. A média ponderada registrou elevação de 19,92%. Essa variação foi consequência da menor oferta da raiz.
Os produtores de São Paulo, que respondem por 30% do volume disponível, enviaram 10% a menos em agosto do que em julho. Minas Gerais também registrou queda de 10% nos envios. A redução da oferta elevou os preços médios da cenoura nas Ceasas.
Entre as frutas, o mamão teve queda de 16,34% em agosto em relação a julho. Esse movimento foi explicado pelo aumento da oferta, já que o clima mais quente acelerou o amadurecimento nas regiões produtoras.
A laranja também registrou redução, com queda média de 2,07%. Nesse caso, o boletim mostrou que tanto a oferta quanto a procura cresceram com o aumento das temperaturas, gerando variação negativa nos preços médios.
Por outro lado, maçã, banana e melancia ficaram mais caras. A maçã apresentou aumento de 2,58% em agosto, influenciada por maior demanda na segunda quinzena do mês.
A banana teve elevação de 5,94%, reflexo de menor produção da variedade prata e dos danos causados por um ciclone em Santa Catarina que prejudicou plantações da variedade nanica. A melancia, por sua vez, subiu 20,59%.
Mesmo com maior oferta, a qualidade do produto e a estratégia de produtores de Uruana (GO) em segurar parte da colheita ajudaram a sustentar o aumento.
Esse conjunto de informações mostra como os preços variam de acordo com oferta, clima e estratégias de mercado. Assim como no caso do preço do tomate, cada produto segue uma dinâmica própria.
Exportações e participação das Ceasas em eventos internacionais
Além de analisar o preço do tomate e de outros alimentos, o boletim da Conab trouxe números relevantes sobre exportações.
De janeiro a agosto de 2025, o Brasil exportou 713,01 mil toneladas de hortigranjeiros, um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento chegou a US$ 841,41 milhões (FOB), 15% superior ao registrado no ano anterior.
O desempenho foi positivo especialmente nos mercados da Europa e da Ásia, que compraram mais produtos brasileiros.
No entanto, a política de tarifas aplicada pelos Estados Unidos reduziu parte desse crescimento, afetando frutas como manga e uva.
Outro destaque do boletim foi a participação das Ceasas no Encontro Internacional da Federação Latino-Americana de Mercados de Abastecimento (Flama).
A Conab apresentou o Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), ressaltando a integração entre produtores, distribuidores e agentes públicos.
Essa troca de experiências busca fortalecer o mercado e melhorar as condições de comercialização.
Assim, o boletim não se limitou a mostrar números de preço do tomate, mas também ampliou a visão sobre exportações e estratégias de modernização do setor.