O G7, em parceria com a União Europeia, decidiu manter o limite de preço do petróleo bruto russo em US$ 60 por barril.
A decisão foi tomada apesar dos apelos de alguns membros da UE e da Ucrânia por um limite inferior, e ocorre em meio ao aumento dos preços do petróleo que estreitaram o desconto entre o Brent e o petróleo russo.
Os limites de preço foram acordados no ano passado e coordenados com um embargo de importação de petróleo e produtos russos da UE, e causaram várias reações. Segundo seus autores, o limite está funcionando, e a Axios noticiou recentemente que as receitas de exportação de petróleo da Rússia caíram quase 50%, de mais de US$ 20 bilhões. No entanto, de acordo com outros, o petróleo russo frequentemente é vendido por mais de US$ 60 o barril.
O Financial Times relatou no mês passado que o preço pelo qual as empresas russas vendem petróleo no exterior “muitas vezes excede o preço máximo imposto pelo G7 nas exportações do país”. Além disso, houve preocupações sobre a aplicação do teto de preço, em grande parte deixado a critério das seguradoras ocidentais e dos armadores.
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Essa nova e significativa responsabilidade levou muitos deles a se recusarem abertamente a contratar cargas russas, independentemente do preço, o que, por sua vez, levou a um aumento da chamada frota paralela que transporta petróleo e combustíveis russos ao redor do mundo.
Por sua vez, a Agência Internacional de Energia informou que as exportações de petróleo e derivados da Rússia em abril atingiram o nível mais alto desde abril de 2020, um aumento de 600.000 barris por dia (bpd). No entanto, as receitas foram 43% menores do que no ano anterior.
As exportações de produtos petrolíferos aumentaram especificamente em março, informou a Reuters no início deste mês, apesar do embargo total a essas exportações para a União Europeia. A própria Rússia disse recentemente que conseguiu redirecionar todas as suas exportações de petróleo para o que chama de países amigos, após a enxurrada de sanções ocidentais após a invasão de Moscou à Ucrânia.
O que provocou a queda do teto?
O petróleo russo tem sido vendido acima de US$ 60 o barril, mesmo tendo um teto imposto pelo G7. O teto, segundo a própria União Europeia, é para limitar a influência da Rússia no mercado petrolífero global e, por isso, foi acordado um embargo de importação de petróleo e produtos russos da UE.
No entanto, o preço pelo qual o petróleo russo é vendido no exterior, muitas vezes excede o limite máximo estabelecido pelo G7 nas exportações do país. Em alguns casos, o petróleo é vendido por muito mais do que o teto estabelecido.
Tudo isso indica uma falta de confiança no sistema e na capacidade de fazer cumprir os acordos estabelecidos entre os países. Com isso, muitas vezes é difícil saber ao certo qual é o preço real do petróleo russo.
Perspectivas para o futuro
Com a instabilidade política na Ucrânia e as crescentes sanções ocidentais, a situação do petróleo russo é instável. A Rússia tem enfrentado grandes desafios na venda de petróleo, na medida em que muitos países têm se recusado a importá-lo, em virtude do embargo imposto pela UE.
No entanto, a Rússia tem conseguido manter a exportação de petróleo, o que indica a resiliência da indústria petrolífera russa. É possível que a Rússia, em algum momento, tente contornar o teto imposto pelo G7 e vender o petróleo por um preço mais alto. Por isso, é necessário que haja uma estabilidade política e econômica na Ucrânia, para evitar que a situação se agrave.
Ao mesmo tempo, é importante que os países e organizações internacionais continuem a manter a pressão sobre a Rússia, para que ela respeite os acordos estabelecidos e não mantenha práticas comerciais desleais no mercado petrolífero global. É necessário que todos cumpram as suas obrigações, e que o mercado funcione de forma justa e equilibrada.