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‘Preço de banana!’ Pneus da China invadem o Brasil e preços MUITO MAIS BAIXOS preocupam o setor que teme perda de milhares de empregos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/08/2024 às 13:27
‘Preço de banana!’ Pneus da China invadem o Brasil e preços MUITO MAIS BAIXOS preocupam o setor que teme perda de milhares de empregos
‘Preço de banana!’ Pneus da China invadem o Brasil e preços MUITO MAIS BAIXOS preocupam o setor que teme perda de milhares de empregos

A invasão dos pneus chineses no Brasil, com preços extremamente baixos, acende um alerta vermelho no setor. Milhares de empregos estão em jogo, e a Anip luta para proteger a indústria nacional. Mas será que o aumento das tarifas de importação é a solução ou apenas trará mais custos aos consumidores?

Um novo fenômeno no mercado brasileiro pode estar ameaçando toda a cadeia produtiva de pneus no país. Com preços extremamente baixos, os pneus importados da China estão inundando o Brasil, gerando preocupações em todo o setor e levantando a possibilidade de uma grave crise industrial.

A principal preocupação? A manutenção de milhares de empregos e a sobrevivência das indústrias locais, que enfrentam uma competição desleal que pode abalar suas estruturas.

De acordo com um estudo realizado pela LCA Consultoria Econômica, encomendado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), a diferença de preços chega a impressionantes 69% abaixo do valor praticado no mercado internacional.

Enquanto nos Estados Unidos, México e França o preço médio de importação de pneus de carga gira em torno de US$ 4 por quilo, no Brasil, esses produtos chegam a apenas US$ 2,9 por quilo. Essa discrepância alarmante é facilitada pelas baixas barreiras tarifárias aplicadas aos pneus chineses no país.

Ameaça à indústria nacional

A situação é grave e preocupa principalmente os fabricantes brasileiros. Segundo a Anip, o Brasil possui atualmente 11 fabricantes de pneus, operando em 21 plantas industriais e empregando diretamente cerca de 32 mil pessoas.

Além disso, o setor é responsável por gerar mais de 500 mil empregos indiretos em todo o país. A competição acirrada com os produtos chineses, que chegam a preços muito mais baixos, coloca em risco toda essa estrutura, podendo levar à desindustrialização do setor.

“Essa situação coloca em risco milhares de empregos e pode levar à desindustrialização do setor no Brasil”, alerta Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip. Com uma ameaça tão direta à indústria nacional, a associação tem buscado medidas para proteger os empregos e a produção local.

Pedido de aumento na tarifa

Em resposta a esse cenário desafiador, a Anip solicitou ao governo um aumento na tarifa de importação de pneus, elevando-a de 16% para 35% por um período de 24 meses.

A proposta tem como objetivo criar condições de concorrência mais justas e impedir a falência de empresas nacionais, o que poderia resultar em uma perda significativa de postos de trabalho.

No entanto, a medida também traz consigo preocupações para os consumidores. Um aumento nas tarifas pode significar um reajuste nos preços finais dos pneus, afetando diretamente o bolso dos brasileiros.

Por outro lado, a Anip argumenta que essa ação é crucial para garantir a sobrevivência da indústria nacional. Segundo a associação, os custos de um pneu no Brasil são influenciados por diversos fatores, incluindo mão de obra, logística e tributos internos, e não apenas pelo preço da matéria-prima.

A proposta de aumento da tarifa de importação segue em análise na Câmara de Comércio Exterior (Camex), e sua aprovação ou rejeição poderá definir os rumos do setor nos próximos anos.

E você, acredita que a imposição de tarifas mais altas pode realmente salvar a indústria brasileira de pneus, ou isso apenas trará mais custos para os consumidores?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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