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Preço da estadia de veículos apreendidos pode saltar de R$ 40 para até R$ 170 com nova concessão

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 04/08/2025 às 23:33
Preço da estadia de veículos apreendidos em São Paulo entra em consulta com reajuste recorde e modelo regionalizado
Preço da estadia de veículos apreendidos em São Paulo entra em consulta com reajuste recorde e modelo regionalizado
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Governo justifica alta com padronização e eficiência, mas sindicatos alertam para distorções e aumento de custos ao cidadão

O preço da estadia de veículos apreendidos em São Paulo pode passar por um reajuste de até 320% com a concessão dos serviços de recolhimento, custódia e leilão de automóveis. A mudança, prevista em edital divulgado pelo governo Tarcísio de Freitas, está em consulta pública e deve ser oficializada no início de 2026.

Segundo o governo, os valores cobrados atualmente são inconsistentes entre os órgãos de trânsito, gerando incerteza sobre o custo final. A proposta estabelece tarifas únicas e diferenciadas por tipo de veículo, mas entidades do setor alertam que as distâncias percorridas até os pátios podem dobrar, o que significa mais tempo e dinheiro para o cidadão.

Como funcionará o novo modelo de cobrança do preço da estadia de veículos

O edital propõe uma reestruturação completa da forma como se calcula o preço da estadia de veículos nos pátios credenciados. Hoje, uma diária custa R$ 40,72 independentemente do tipo de veículo. Com a nova concessão, esse valor sobe para R$ 70 para carros de passeio, R$ 60 para motocicletas e R$ 170 para veículos pesados — variações que chegam a 317%.

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A taxa de remoção, que atualmente é fixa em R$ 407,22, passará a ser dinâmica. Para distâncias de até 30 km, o valor cai para R$ 400. Acima dessa faixa, o custo sobe para R$ 460, representando um acréscimo de 13%. O modelo também limita a cobrança de diárias úteis aos primeiros sete dias, para incentivar a retirada rápida dos veículos e reduzir a superlotação dos pátios.

Justificativa oficial aponta eficiência e previsibilidade no preço da estadia de veículos

De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos, o novo modelo busca padronizar procedimentos, ampliar a cobertura regional e garantir maior previsibilidade para o cidadão. O governo argumenta que a reformulação reduz distorções e melhora a gestão do sistema como um todo, além de prever metas operacionais como 90% das apreensões ocorrerem a até 30 km do ponto de origem.

Em nota, o governo afirma que haverá incentivos à retirada rápida dos veículos, e que o preço da estadia de veículos pode até diminuir em alguns cenários. Uma motocicleta removida e retirada em até sete dias, por exemplo, teria custo estimado de R$ 620, contra os atuais R$ 692,26. Já um caminhão, na mesma condição, sairia por R$ 1.450 — menos da metade do valor atual de R$ 2.705,05.

Sindicatos criticam distância dos pátios e impacto ao consumidor

Apesar dos argumentos técnicos do governo, representantes dos sindicatos de guincheiros e donos de pátios alertam para consequências práticas que podem pesar no bolso do motorista. Segundo eles, com a redistribuição dos pátios, o cidadão poderá ser obrigado a buscar o veículo apreendido em outro município, gerando gastos extras com deslocamento.

O edital também prevê a redução do número de pátios: serão sete lotes com 125 unidades, contra 264 atualmente. Para os sindicatos, isso pode dificultar o acesso e aumentar o tempo de espera para liberação dos veículos. As entidades já anunciaram que pretendem recorrer à Justiça para barrar o leilão e defendem que a gestão continue sob responsabilidade dos municípios.

Leilões, investimentos e participação de pequenos negócios

O processo de concessão terá duração de 26 anos e prevê investimento total de R$ 555 milhões. O maior dos sete lotes, o de número 6, tem valor estimado em R$ 90,5 milhões. Desde a retomada dos leilões de veículos em 2024, já foram 35 eventos com mais de 19 mil veículos arrematados, e outros 23 leilões estão em andamento.

Apesar do porte elevado dos contratos, o governo afirma que micro e pequenas empresas poderão participar das licitações, desde que cumpram os critérios técnicos. Elas também poderão ser subcontratadas pelas concessionárias vencedoras. Ainda assim, empresários do setor argumentam que os valores de entrada são altos demais para a realidade financeira atual, agravada pela paralisação dos leilões em 2023.

Você acha justo esse reajuste no preço da estadia de veículos apreendidos? Como isso afeta quem já enfrenta dificuldades financeiras? Comente e compartilhe sua visão sobre o tema.

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nao digo
nao digo
05/08/2025 00:15

Mas não se preocupem, pois essa arrecadação milionária vai retornar em investimentos.
Mas, o investimento será na próxima campanha política do Tarcínico e seus comparsas ideológicos.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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