Descubra como o preço da energia solar caiu 3% no 2º trimestre de 2025, beneficiando consumidores com sistemas mais acessíveis e sustentáveis no Brasil.
Nos últimos anos, a energia solar tem conquistado espaço de forma consistente no Brasil e no mundo. Isso se deve, principalmente, ao seu caráter limpo, sustentável e cada vez mais acessível. À medida que os avanços tecnológicos se intensificaram e políticas de incentivo foram adotadas, o preço da energia solar tornou-se mais competitivo.
Recentemente, um levantamento demonstrou que o custo da energia solar residencial no Brasil caiu 3% no segundo trimestre de 2025. Dessa forma, esse dado confirma a tendência de crescimento da energia limpa e acessível no país.
Por conseguinte, essa energia passou a ser vista como alternativa real para consumidores insatisfeitos com as tarifas elevadas de eletricidade. Em razão das bandeiras tarifárias e das crises hídricas frequentes, o sistema tradicional tornou-se instável.
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Portanto, qualquer redução no custo de instalação de painéis solares representa uma chance concreta de economia para milhares de famílias.
O avanço histórico da energia solar no país
Desde o início, o Brasil sempre apresentou grande potencial para a energia solar. Isso ocorre devido à localização privilegiada e à alta incidência de sol em quase todo o território nacional.
No entanto, por muitos anos, essa fonte de energia permaneceu restrita a áreas isoladas, longe da rede elétrica.
A transformação começou, sobretudo, no início dos anos 2000. À medida que as tecnologias se tornaram mais acessíveis e programas de incentivo começaram a surgir, o setor ganhou força.
O marco legal mais relevante veio com a Resolução 482 da Aneel, em 2012, que permitiu aos consumidores gerarem sua própria energia e compensarem o excedente com a rede elétrica.
Dessa forma, empresas especializadas começaram a oferecer soluções completas e mais acessíveis. Assim, a concorrência cresceu e contribuiu para a queda no preço da energia solar, permitindo que um número crescente de brasileiros adotasse o sistema.
Queda de preços apesar dos desafios no mercado global
De acordo com o Radar Solfácil, indicador da empresa Solfácil, o preço médio nacional da energia solar ficou em R$ 2,51 por Watt-pico (Wp) entre abril e junho de 2025.
Embora o custo de equipamentos tenha aumentado, o valor final caiu 3%. Esse resultado positivo foi possível, sobretudo, pela queda no preço do polissilício — matéria-prima essencial para os painéis solares.
Além disso, mesmo com a imposição de novas taxas de exportação pela China, principal fornecedora mundial, o mercado brasileiro conseguiu manter a competitividade.
Isso ocorreu porque empresas instaladoras apertaram suas margens de lucro, buscando manter os preços atrativos. Portanto, essa movimentação do mercado colaborou diretamente para o benefício do consumidor final.
Adicionalmente, a maturidade do setor no Brasil trouxe melhorias logísticas e operacionais. Como resultado, as instalações se tornaram mais rápidas e eficientes, reduzindo custos e aumentando o acesso.
Efeitos no consumidor e nas empresas instaladoras
Com a redução no preço da energia solar, consumidores passaram a investir com mais segurança em sistemas fotovoltaicos. Assim, o retorno sobre o investimento ocorre em menos de três anos, sendo um dos mais rápidos do mundo.
Por outro lado, para os consumidores, isso representa vantagens diversas: economia mensal, autonomia energética e valorização do imóvel.
Dessa maneira, a instalação de sistemas solares se torna um diferencial importante, tanto no campo quanto na cidade.
Entretanto, as empresas instaladoras enfrentam desafios. Para manter os preços baixos, precisam buscar mais eficiência, melhor gestão e estratégias comerciais.
Logo, oferecer garantias mais longas, rapidez na entrega e atendimento de qualidade tornou-se essencial.
Além do aspecto econômico, a energia solar traz benefícios ambientais claros. Como ela reduz o uso de fontes fósseis, contribui para a queda na emissão de gases do efeito estufa, colaborando com as metas climáticas do país.
Diferenças regionais e desigualdade de acesso
Ainda que o avanço seja notável, o preço da energia solar não é uniforme em todo o Brasil. Enquanto o Centro-Oeste apresenta os valores mais baixos, com média de R$ 2,40 por Watt-pico, o Norte lidera a lista com os preços mais altos.
Essas diferenças decorrem de fatores como logística, impostos estaduais e disponibilidade de mão de obra. Além disso, o Nordeste tem se destacado pelo seu potencial solar e por valores competitivos, impulsionando a adoção da energia solar.
O Sudeste, embora tenha registrado leve alta no trimestre, ainda segue dentro da média nacional.
Diante disso, projetos públicos e privados vêm sendo implementados para ampliar o acesso nas regiões mais isoladas. Comunidades vulneráveis, por exemplo, recebem atenção especial por meio de políticas de inclusão energética.
Logo, essa expansão contribui para diminuir desigualdades históricas e promover o desenvolvimento regional. A democratização da energia solar é, portanto, essencial para um futuro mais justo e sustentável.
Estados com os menores preços e novos modelos de acesso
Conforme o levantamento da Solfácil, estados como Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás e Roraima apresentaram os menores preços médios. Essa realidade favorece o acesso popular à energia solar, tornando o sistema viável mesmo para famílias de renda mais baixa.
Nesse sentido, surgiram iniciativas coletivas, como as cooperativas solares. Nessas estruturas, moradores de condomínios ou zonas rurais se unem para investir em um sistema compartilhado, dividindo os créditos gerados.
Assim, a descentralização da geração de energia fortalece a inclusão e amplia o alcance da tecnologia. A união entre comunidade, governo e setor privado vem sendo fundamental para garantir o crescimento sustentável do setor.
Portanto, o modelo coletivo permite que a energia solar alcance um público que antes não teria condições financeiras de investir individualmente.
Financiamento e papel das empresas no crescimento do setor
Atualmente, o financiamento facilitado tem sido peça-chave no crescimento da energia solar no país. Com parcelas que equivalem à antiga conta de luz, empresas como a Solfácil tornam o investimento mais acessível e previsível.
Além disso, essas empresas oferecem suporte completo: conectam consumidores a instaladores, fornecem os equipamentos e acompanham o desempenho dos sistemas. Com isso, o consumidor ganha segurança em todas as etapas do processo.
Consequentemente, pequenos comércios, produtores rurais e famílias passaram a investir com confiança em sistemas fotovoltaicos. Assim, a energia solar se transforma de despesa em investimento de longo prazo.
A concorrência entre empresas incentivou inovações em serviços, prazos e garantias. Dessa forma, o preço da energia solar continua em queda, mesmo diante de cenários desafiadores no comércio global.
Energia solar e o futuro energético brasileiro
Ao analisarmos a trajetória da energia solar no Brasil, percebemos uma mudança estrutural e duradoura. De uma alternativa de nicho, ela se tornou uma solução acessível e desejada.
Com o preço cada vez mais baixo, mais consumidores fazem a transição para sistemas próprios. Isso fortalece a independência energética nacional e alivia a carga sobre grandes usinas hidrelétricas, que enfrentam riscos com as mudanças climáticas.
Além disso, o Brasil possui vantagens naturais e geográficas que o posicionam como líder na transição energética. Com sol abundante, território vasto e políticas públicas consistentes, o país tem tudo para se tornar referência mundial em energia limpa.
Portanto, investir em energia solar hoje é uma escolha inteligente. Mais do que economia, representa compromisso com o meio ambiente, qualidade de vida e responsabilidade social.
O preço da energia solar, cada vez mais acessível, consolida essa tecnologia como um dos pilares do futuro energético brasileiro.