Descubra como o preço da energia solar caiu 7,5% no 1º semestre de 2025, tornando sistemas residenciais e comerciais mais acessíveis e acelerando o retorno do investimento.
O preço da energia solar no Brasil caiu significativamente no primeiro semestre de 2025; consequentemente, consolidou-se uma tendência de valorização do setor de geração distribuída. Além disso, incentivou a produção própria de eletricidade.
Segundo dados da consultoria Greener, os sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais reduziram, em média, 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Assim, essa diminuição representa não apenas um alívio financeiro para consumidores, mas também um avanço importante na expansão da energia limpa no país.
Historicamente, a energia solar no Brasil começou a se popularizar no final da década de 2000, impulsionada por políticas de incentivo à geração distribuída. Além disso, a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis contribuiu para a expansão do setor.
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Antes disso, o setor restringia-se a grandes usinas e iniciativas corporativas, com custos muito elevados que dificultavam o acesso de residências e pequenas empresas. No entanto, com o avanço tecnológico e a redução no custo de equipamentos, especialmente painéis fotovoltaicos e inversores, a energia solar tornou-se uma opção viável para diferentes classes de consumo.
Queda no preço da energia solar no primeiro semestre de 2025
No primeiro semestre de 2025, o preço da energia solar caiu para consumidores finais, refletindo o custo combinado de aquisição e instalação de sistemas fotovoltaicos.
O estudo da Greener analisou sistemas de geração distribuída (GD), modalidade que permite que residências e comércios produzam eletricidade diretamente no local de consumo. Portanto, esse modelo de produção elétrica vem ganhando força no Brasil, especialmente com a crescente preocupação ambiental.
Além disso, existe a necessidade de reduzir a dependência das redes públicas de energia.
O cenário de redução de custos também envolve fatores globais, como a queda no preço de matérias-primas e a expansão da indústria de energia solar em países como China e Estados Unidos.
Assim, a importação de equipamentos mais baratos e a melhoria na eficiência das linhas de produção impactam diretamente o preço da energia solar no Brasil, tornando os sistemas mais acessíveis e competitivos.
Diferenças de preços entre sistemas residenciais e de grande porte
O levantamento detalhou que sistemas de energia solar de até 150 kW, abrangendo residências e comércios. Registraram uma queda de 7,5% em relação a junho de 2024. Também caiu 4,4% em comparação a janeiro de 2025.
Por outro lado, instalações de maior porte, como usinas de solo voltadas à minigeração distribuída, apresentaram aumento médio de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Mostrando que os preços variam conforme a escala do projeto.
Essa diferença reflete custos mais elevados de logística, infraestrutura e mão de obra em projetos de grande porte. Enquanto isso, sistemas residenciais e comerciais se beneficiam de maior competitividade e avanços tecnológicos.
A pesquisa da Greener também apontou redução média de 4% no preço dos kits fotovoltaicos em comparação a junho de 2025, embora equipamentos de 75 kW e 150 kW tenham registrado aumento de 4,3% e 12,7%, respectivamente.
Além disso, o serviço de integração, que inclui instalação, configuração e conexão à rede elétrica, caiu em média 14% para sistemas de microgeração distribuída (até 75 kW).
Já para sistemas de minigeração distribuída, os serviços de integração subiram 23%, indicando que o custo da mão de obra e a complexidade técnica influenciam diretamente o preço final.
Outro fator importante que afeta os preços é a região do país. Estados com maior infraestrutura e concentração de empresas especializadas em energia solar oferecem custos mais competitivos.
Enquanto isso, regiões afastadas registram preços mais altos devido a transporte, logística e menor oferta de mão de obra qualificada.
Energia solar residencial e retorno do investimento
No segmento residencial, a queda do preço da energia solar se tornou evidente.
Um sistema residencial de 4 kW reduziu seu valor final em 3%, passando de R$ 11.720 em junho de 2024 para aproximadamente R$ 11.360 em junho de 2025. Dessa forma, essa redução acelera o retorno do investimento.
O payback médio dos sistemas residenciais caiu de 3,3 anos para 3,2 anos, permitindo que os consumidores recuperem o valor investido mais rapidamente.
O desenvolvimento da energia solar no Brasil depende de fatores econômicos, tecnológicos e regulatórios.
A adoção de políticas públicas, como a Resolução Normativa da ANEEL que regula a geração distribuída, e os incentivos fiscais, como a isenção de ICMS em alguns estados, reduziram barreiras de entrada e estimularam novos projetos.
Além disso, a redução dos custos de produção de painéis solares, impulsionada pela escala global e competição internacional, tornou a energia solar mais acessível ao consumidor final.
Nos últimos anos, novas tecnologias, como módulos bifaciais, sistemas de armazenamento em baterias e inversores mais eficientes, aumentaram a autonomia energética das residências.
Assim, esses avanços permitem aproveitar melhor a energia gerada, reduzindo desperdícios e tornando o preço da energia solar ainda mais vantajoso a longo prazo.
Benefícios econômicos e ambientais da energia solar
O impacto da redução do preço da energia solar vai além do setor residencial.
Pequenas e médias empresas também reduzem significativamente os custos com eletricidade e aumentam sua competitividade. Além disso, produzir energia localmente proporciona maior autonomia, menor dependência das concessionárias e proteção contra aumentos na tarifa elétrica, que historicamente desafiam consumidores e empreendedores no Brasil.
Além dos benefícios econômicos, a expansão da energia solar traz vantagens ambientais importantes.
A substituição parcial da geração de energia elétrica baseada em combustíveis fósseis por sistemas solares reduz emissões de gases de efeito estufa. Além disso, promove o uso sustentável dos recursos naturais.
Nesse sentido, a queda no preço da energia solar fortalece a transição para uma matriz energética mais limpa e diversificada, alinhando-se às metas de descarbonização e sustentabilidade adotadas pelo país.
Projetos comunitários e cooperativas de energia solar surgem com frequência, permitindo que grupos de consumidores compartilhem os benefícios da geração distribuída.
Dessa forma, essas iniciativas democratizam o acesso à energia limpa, ampliam os efeitos positivos da redução de custos e promovem inclusão social no setor energético.
Perspectivas futuras para o setor solar no Brasil
O setor de energia solar no Brasil continua em expansão, mesmo em períodos de instabilidade econômica.
Além disso, a estabilidade dos preços residenciais, o avanço da tecnologia e a crescente consciência ambiental criam um cenário favorável para novos investimentos.
Embora os sistemas de grande porte possam apresentar variação de preços, a tendência de longo prazo indica redução gradual do custo por kW instalado, refletindo ganhos de eficiência e competitividade no mercado.
Em resumo, a queda de 7,5% no preço da energia solar no primeiro semestre de 2025 reforça a tendência de popularização da geração distribuída no Brasil.
Assim, essa redução facilita o acesso de residências e pequenas empresas à energia limpa, acelera o retorno do investimento e fortalece a matriz energética sustentável do país.
O contexto histórico mostra que políticas públicas, avanços tecnológicos e incentivos econômicos desempenham papel crucial na expansão do setor. Portanto, a energia solar se torna uma opção cada vez mais viável e estratégica.
O futuro da energia solar no Brasil parece promissor.
Com custos mais baixos, maior eficiência dos sistemas e regulamentações favoráveis, o setor deve continuar crescendo, promovendo benefícios econômicos, ambientais e sociais.
Dessa forma, a queda no preço da energia solar representa economia imediata para consumidores e sinaliza uma transformação na forma como a energia é produzida e consumida no país.