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Preço da carne atinge recorde histórico mundial em 2025 com menor oferta e demanda global aquecida, aponta FAO

Publicado em 20/10/2025 às 08:53
O preço da carne bate recorde no mercado mundial em 2025, aponta FAO, impulsionado por menor oferta e forte demanda global.
O preço da carne bate recorde no mercado mundial em 2025, aponta FAO, impulsionado por menor oferta e forte demanda global.
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O preço da carne subiu quase 10% desde janeiro, segundo o índice da FAO, impulsionado pela escassez de oferta, custos de produção mais altos e demanda crescente em países importadores.

O preço da carne no mercado internacional atingiu em 2025 o maior patamar já registrado desde a criação do índice da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), há três décadas. O indicador chegou à média de 128 pontos em agosto, marcando um aumento de quase 10% desde o início do ano, resultado direto da combinação entre menor oferta global e forte demanda de importação.

A categoria, que engloba carnes bovina, suína, de aves e de carneiro, reflete um cenário de pressão estrutural: doenças animais, custos crescentes de produção e instabilidade nas políticas comerciais vêm reduzindo a disponibilidade e elevando o preço final. Segundo o portal do G1, a crise de abastecimento e o desequilíbrio entre oferta e consumo devem manter o mercado tensionado até, pelo menos, 2026.

Escassez global e demanda aquecida

O índice da FAO mostra que o preço da carne bovina e ovina foi o que mais subiu em 2025, enquanto as carnes de porco e aves permaneceram estáveis.

O fenômeno é explicado por problemas de oferta nos principais países exportadores como Brasil, Estados Unidos e Austrália e pela demanda sustentada da Ásia e do Oriente Médio, que continuam comprando volumes elevados.

A economista Monika Tothova, da FAO, destacou que “os surtos de doenças animais e as incertezas sobre políticas comerciais” foram fatores decisivos para a alta.

Além disso, importadores têm estocado carne para se proteger de eventuais interrupções logísticas, o que pressiona ainda mais os preços. Fenômenos climáticos extremos, como secas prolongadas, também afetaram rebanhos e pastagens, reduzindo a capacidade produtiva em várias regiões.

Os preços internacionais da carne bovina subiram com força devido à falta de oferta e ao aumento do custo de produção da ração ao transporte.

Em países como os Estados Unidos, o preço da carne de vaca cresceu 12% em um ano, impulsionado pelo encarecimento da energia, da mão de obra e dos grãos usados na alimentação do gado.

Outro fator estrutural é a alta concentração do setor. Poucas empresas controlam a maior parte do processamento de carne no mundo, o que limita a concorrência e amplia o poder de fixação de preços. Para produtores e consumidores, isso se traduz em um mercado menos sensível a reduções pontuais de custos e mais propenso a repassar aumentos diretamente para o varejo.

Brasil e Estados Unidos reduzem oferta

Nos Estados Unidos, o rebanho bovino é o menor dos últimos 70 anos, segundo o consultor Andrés Oyhenard, da Tardáguila Agromercados. O país tem enviado menos vacas para o abate na tentativa de recompor o estoque, mas os ciclos de criação são longos o que significa que a recuperação da oferta pode demorar até 2027.

No Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, o movimento é semelhante. O país vive uma fase de transição entre o abate elevado e a retenção de fêmeas para reposição de rebanho. Apesar disso, a demanda internacional aquecida mantém os preços em alta. Mesmo após a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos, o mercado global segue absorvendo a carne brasileira, sustentando a valorização no atacado e na exportação.

Recordes nas cotações e impactos regionais

Segundo o World Beef Report (WBR), o preço do boi gordo subiu 54% na União Europeia, 33% nos Estados Unidos, 26% no Brasil e 17% no México em relação ao ano anterior. A variação, no entanto, não é repassada integralmente ao consumidor final, já que impostos, transporte e margens de varejo amortecem parte da alta.

Ainda assim, a carne vermelha tornou-se um dos produtos mais caros da cesta alimentar global, com impacto direto na inflação de alimentos. Em países emergentes, esse movimento pressiona o consumo interno e reforça a substituição por proteínas mais baratas, como aves e ovos.

Açúcar e laticínios amenizam o índice de alimentos

Apesar da disparada no preço da carne, o Índice de Preços dos Alimentos da FAO recuou em setembro, registrando 128,8 pontos, uma queda de 20% em relação ao pico de 2022, logo após o início da guerra na Ucrânia. Essa redução foi possível graças à queda do açúcar e dos laticínios, que compensaram a alta das proteínas animais.

O açúcar caiu 21% em relação ao ano anterior, com o Brasil registrando colheita recorde e clima favorável. Na Índia e na Tailândia, o excesso de chuvas também ampliou a produção. Já os laticínios tiveram o terceiro mês seguido de baixa, especialmente manteiga e leite em pó, enquanto o preço do queijo recuou de forma mais moderada.

A tendência de curto prazo indica que o preço da carne deve permanecer alto enquanto persistirem os gargalos produtivos e a demanda aquecida. Secas mais severas, restrições ambientais e tensões comerciais devem seguir influenciando o mercado até que a recomposição de rebanhos e a normalização da oferta ocorram, o que pode levar alguns anos.

Em contrapartida, a expansão de alternativas vegetais e proteínas cultivadas começa a ganhar espaço nos debates globais, embora ainda represente uma fração mínima da produção total. Para a FAO, a volatilidade do mercado de carnes seguirá como um dos principais vetores de pressão sobre a segurança alimentar mundial.

Com o preço da carne atingindo níveis recordes, o mercado global vive um momento de inflexão: de um lado, a escassez e os custos crescentes; do outro, a busca por soluções sustentáveis.
E você acredita que o consumo de carne deve continuar crescendo, mesmo com preços tão altos? Ou o futuro será dominado por proteínas alternativas? Deixe sua opinião nos comentários.

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كب كيك التمر
كب كيك التمر
20/10/2025 08:53

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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