As cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil, superam São Paulo e Rio de Janeiro. Descubra por que esse é o novo paraíso dos imóveis de luxo.
O metro quadrado mais caro do Brasil não está em Ipanema, Leblon ou no luxo paulista do Jardim Europa – ele fica no litoral de Santa Catarina. Quatro das cinco cidades com os imóveis mais caros do país estão nessa faixa privilegiada do litoral catarinense, desbancando até metrópoles como São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
A região, conhecida pelas praias paradisíacas e arranha-céus à beira-mar, tornou-se o novo paraíso dos investidores imobiliários, com preços subindo em ritmo acelerado.
Balneário Camboriú lidera o ranking nacional
A campeã absoluta no preço de imóveis é Balneário Camboriú (SC), famosa por seu skyline repleto de arranha-céus de luxo. A cidade ostenta o metro quadrado mais caro do país – em média R$ 14 mil – mantendo a liderança desde 2022. Isso supera com folga os valores médios de São Paulo (cerca de R$ 11,5 mil) e do Rio de Janeiro (aprox. R$ 10,5 mil).
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Balneário, apelidada de “Dubai Brasileira”, tem apenas 139 mil habitantes, mas atrai uma legião de turistas e milionários. Em sua orla destacam-se atrações como o Parque Unipraias e a roda-gigante FG Big Wheel, símbolos de uma cidade voltada ao alto padrão de vida. Não à toa, Balneário Camboriú também abriga 6 dos 10 prédios mais altos do Brasil– um reflexo da verticalização extrema e da busca por vistas privilegiadas do mar.
Balneário Camboriú (SC) impressiona com seus arranha-céus à beira-mar. A cidade tornou-se sinônimo de luxo e já possui o metro quadrado mais caro do Brasil, superando Rio e São Paulo.
Graças a essa combinação de luxo e beleza natural, Balneário Camboriú viu os preços saltarem quase 12% em apenas um ano. Corretores locais relatam que empreendimentos de altíssimo padrão à beira-mar já ultrapassam qualquer parâmetro nacional – e podem chegar a R$ 100 mil por metro quadrado nos próximos anos, segundo especialistas.
Com tão pouca terra disponível para novas construções, a lei da oferta e procura fala mais alto: quanto menos terrenos, mais caros ficam os imóveis, fenômeno que acaba por valorizar também as cidades vizinhas.
Itapema: a vizinha em ascensão meteórica
Colada a Balneário, a pequena Itapema (SC) tem vivido um boom imobiliário impressionante. Com pouco mais de 75 mil moradores fixos, mas capaz de receber 1 milhão de turistas no verão, Itapema já possui o segundo metro quadrado mais caro do Brasil, na faixa de R$ 14,3 mil. Em apenas 12 meses, os imóveis na cidade se valorizaram 13%, um crescimento superior até ao de Balneário.
Itapema tornou-se uma das cidades mais procuradas por investidores – liderando rankings de melhor retorno para quem compra imóveis na planta. A cidade, conhecida como “capital dos ultraleves” pela prática de esportes aéreos, oferece praias belíssimas (como a Meia Praia) e novos condomínios de luxo surgindo a cada esquina.
Vista aérea de Itapema (SC), com destaque para a Meia Praia. A cidade viu os preços de imóveis dispararem e já figura entre as mais caras do país.
Assim como Balneário, Itapema sofre com a falta de terrenos disponíveis, o que eleva ainda mais os preços dos lançamentos imobiliários. Construtoras de todo o país têm voltado os olhos para lá, lançando edifícios de alto padrão para atender a demanda crescente.
Não surpreende ver apartamentos de luxo anunciados a preços estratosféricos – muitos compradores são investidores de fora, atraídos pela expectativa de valorização contínua e pela qualidade de vida da região.
Itajaí: porto, praia e qualidade de vida impulsionam preços
Outra estrela do litoral norte catarinense é Itajaí (SC). A cidade portuária de cerca de 290 mil habitantes se destaca pela economia forte – abriga o segundo maior PIB de Santa Catarina – e pela localização estratégica na BR-101, entre Balneário Camboriú e Florianópolis. Itajaí ostenta atualmente um dos metros quadrados mais valorizados do Brasil, custando em média R$ 12 a 13 mil.
Esse valor já colocou Itajaí à frente da capital paulista no ranking: em 2024, a cidade ultrapassou São Paulo e assumiu a 5ª colocação nacional em preço de imóveis.
Vista do porto de Itajaí (SC), um dos mais movimentados do país. A cidade combina economia forte com atrações naturais – como a Praia Brava – e viu o preço dos imóveis disparar.
Mas o que explica uma cidade de porte médio ultrapassar metrópoles tradicionais? Em Itajaí, a resposta está em diversos fatores. Primeiro, o turismo: a região conta com a famosa Praia Brava, que atrai visitantes e empreendimentos de luxo, formando um polo imobiliário de alto padrão dentro da cidade.
Segundo, a infraestrutura e economia local: o porto de Itajaí é um dos mais movimentados do país, gerando empregos e renda, e há várias empresas multinacionais instaladas ali.
Terceiro, a qualidade de vida: morar em Itajaí significa estar perto da natureza (rio, mar e mata atlântica) sem abrir mão de serviços urbanos – um atrativo para quem busca equilíbrio. Tudo isso impulsionou a procura por imóveis e, consequentemente, os preços.
De acordo com especialistas, a valorização das cidades do litoral catarinense foi acelerada pela pandemia, quando muita gente percebeu as vantagens de trabalhar remotamente em locais com mais natureza e tranquilidade. Cidades como Itajaí oferecem boa infraestrutura, contato com a natureza e a tão buscada “qualidade de vida”, fatores que se tornaram ouro após 2020.
Além disso, como são municípios menores em área, com grande concentração de empreendimentos verticalizados, qualquer aumento na demanda provoca saltos expressivos nos preços.
Quatro entre as cinco mais caras do país – e subindo!
Santa Catarina hoje domina o topo do mercado imobiliário brasileiro. No levantamento FipeZap de 2025, Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e Florianópolis (a capital catarinense) aparecem todas entre as cinco cidades com metro quadrado mais caro do país.
A única “intrusa” no Top 5 é Vitória (ES), outra cidade litorânea de médio porte que compartilha atributos parecidos – belas praias e qualidade de vida – com as catarinenses. Já Rio de Janeiro e São Paulo, que muitos supõem ser as praças imobiliárias mais caras, ficaram para trás: hoje ocupam apenas a 9ª e 6ª posições no ranking nacional de preço médio, respectivamente.
Essa disparada nos preços catarinenses transformou a região no “Eldorado” dos investidores. Quem comprou imóveis alguns anos atrás em Balneário, Itapema ou Itajaí viu seu patrimônio valorizar bem acima da média nacional – muitas vezes o dobro da inflação.
Grandes investidores e celebridades também entraram no jogo: há projetos de condomínios de luxo surgindo por todos os lados, alguns com investimentos bilionários. A expectativa de valorização contínua alimenta uma verdadeira corrida do ouro moderna, com gente do país inteiro buscando um pedaço desse paraíso de praia.
No entanto, especialistas alertam para um possível ponto de maturidade desse mercado no futuro. Os preços não sobem para sempre e, em algum momento, podem se estabilizar. Por ora, porém, Santa Catarina colhe os frutos (e também os desafios) de ser o novo polo imobiliário de alto luxo no Brasil. Falta de terrenos, arranha-céus que redesenham a paisagem e um custo de vida que acompanha essa valorização são temas cada vez mais presentes no dia a dia dessas cidades.
Mas e você, o que acha dessas cidades e do boom imobiliário no litoral catarinense? Valem o preço astronômico ou não? Conte pra gente aqui nos comentários!
Uau! Caro demais!