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Potencial mineral da Amazônia fomenta economia verde com mineração sustentável, transição energética, inovação tecnológica e valorização regional

Escrito por Rodrigo Souza
Publicado em 28/10/2025 às 06:54
O potencial mineral da Amazônia foi o grande destaque de uma audiência pública realizada no dia 21 de outubro pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, em conjunto com a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
O potencial mineral da Amazônia foi o grande destaque de uma audiência pública realizada no dia 21 de outubro pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, em conjunto com a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados (Foto: ANM)
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Estudo e audiência na Câmara reforçam que o potencial mineral da Amazônia pode impulsionar a transição energética e o desenvolvimento sustentável, conciliando exploração responsável e inclusão social

O potencial mineral da Amazônia foi o grande destaque de uma audiência pública realizada no último dia 21 de outubro pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, em conjunto com a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, segundo uma matéria publicada.

O encontro debateu a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE), evidenciando como a região reúne quase metade do valor econômico dos minerais estratégicos do Brasil.

O evento apontou que o desafio central é equilibrar exploração e sustentabilidade, principalmente diante do avanço da transição energética global e da crescente demanda por minérios essenciais a tecnologias limpas, como o cobre, o estanho, o ferro e as chamadas terras raras.

Especialistas ressaltaram que a Amazônia possui um papel vital no futuro da mineração responsável, tanto pela abundância de recursos quanto pelo impacto socioeconômico e ambiental que essa atividade representa.

De acordo com Thiers Muniz Lima, da Agência Nacional de Mineração (ANM), o potencial mineral da Amazônia tem atraído investimentos crescentes em minerais críticos e estratégicos.

Entre os títulos minerários, o ouro responde por 67%, seguido pelo estanho (10%), cobre (7,3%) e ferro (3,5%).

O Pará concentra a maior parte da produção e arrecadação, com 96% dos R$ 3,2 bilhões de royalties (CFEM) obtidos em 2024.

A distribuição desigual reforça a necessidade de políticas públicas que estimulem a agregação de valor local e promovam uma mineração sustentável.

A gerente de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Cláudia Salles, destacou que cerca de 43% da arrecadação de royalties vem da Amazônia Legal, mas a região ainda carece de estrutura industrial para atender à demanda mundial.

O fortalecimento de cadeias produtivas locais é visto como estratégico para ampliar o desenvolvimento regional sem comprometer o equilíbrio ambiental.

Transição energética e valorização dos minerais críticos e estratégicos

O potencial mineral da Amazônia é essencial para a transição energética, já que a região concentra 48,2% dos processos minerários de minerais críticos do país.

As terras raras, por exemplo, são fundamentais na fabricação de turbinas eólicas, baterias, veículos elétricos e painéis solares.

Esses minerais também sustentam setores de alta tecnologia e defesa nacional, reforçando o papel da Amazônia na economia verde.

No entanto, a pesquisadora Lúcia Travassos, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), alerta que apenas 27% do território brasileiro está mapeado em escala adequada, o que limita o avanço das pesquisas.

O mapeamento geológico é considerado uma prioridade para identificar novos depósitos minerais e garantir que a exploração ocorra com base científica, reduzindo impactos ambientais e promovendo uso racional dos recursos naturais.

Inovação, governança e integração social no futuro da mineração amazônica

O debate sobre o potencial mineral da Amazônia também destacou a necessidade de governança e inovação.

A coordenadora-geral do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração do Ministério de Minas e Energia, Mariana Vaini de Freitas Daher, anunciou a criação de quatro grupos de trabalho do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM).

Os grupos abordarão fiscalização, incentivo à pesquisa, minerais estratégicos e desenvolvimento sustentável.

A proposta é estruturar políticas que integrem eficiência econômica, inovação tecnológica e respeito às comunidades locais.

O objetivo é fazer da mineração um vetor de transformação social, capaz de gerar empregos, infraestrutura e renda, sem comprometer a floresta.

Para os especialistas, o futuro do setor depende de práticas que combinem conhecimento técnico, valorização ambiental e participação das populações tradicionais.

Com base nas discussões da audiência, fica evidente que o potencial mineral da Amazônia representa uma oportunidade única para o Brasil alinhar crescimento econômico, soberania energética e conservação ambiental, que são pilares indispensáveis para um modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região.

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Rodrigo Souza

Jornalista formado em 2006 pelo UNI-BH e com mais de 15 anos de experiência na produção de conteúdo otimizado para sites e blogs. Sou apaixonado pela escrita e sempre prezo pela credibilidade. Ao longo da minha carreira, já prestei serviço para diversos portais de notícias e agências de marketing digital na produção de matérias jornalísticas e artigos SEO.

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