O presidente do Sindipetro afirmou que os postos de combustíveis do Brasil ainda são reféns das distribuidoras para o cálculo dos valores cobrados. Os reajustes constantes nos preços dos produtos acaba impactando no repasse ao consumidor final.
Na sexta-feira, (27/01), o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Paraíba (Sindipetro), Omar Hamad, comentou sobre os novos reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil. Ele destacou que os postos de gasolina do país ainda são reféns dos valores cobrados pelas distribuidoras. A redução dos preços demora a chegar nas bombas, impactando assim na vida de milhões de brasileiros consumidores. A insatisfação do órgão vem em um momento pós-reajuste da Petrobras no valor da gasolina.
Petrobrás realiza aumento no preço da gasolina nas refinarias pela primeira vez desde o mês de junho de 2022
Após meses sem anunciar um novo aumento nos preços da gasolina em todo o Brasil, a Petrobras realizou um reajuste e aumentou o valor do litro do combustível nos últimos dias.
O produto passou de R$ 3,08 para R$ 3,31, um aumento significativo de 7,46% em comparação aos valores cobrados anteriormente.
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O último reajuste feito no valor da gasolina foi em dezembro de 2022, quando a estatal reduziu o preço do litro em 6,1% nas refinarias brasileiras.
A última vez em que a Petrobras havia elevado os preços da gasolina no Brasil foi em jungo de 2022, quando ela subiu os preços em 5,18%.
Agora, o mercado assiste a um valor ainda mais alto cobrado nas refinarias de combustíveis no Brasil.
Com isso, diversos órgãos sindicalistas passaram a se pronunciar sobre os impactos dos reajustes nos postos de combustíveis no país.
Sindipetro destaca falta de autonomia dos postos de combustíveis para cobrança dos preços dos produtos e alerta para dependência das distribuidoras
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Paraíba (Sindipetro), Omar Hamad, comentou sobre o cenário de altos preços dos combustíveis nos postos de gasolina do estado.
Ele destacou que os postos ainda são reféns das distribuidoras dos produtos para a cobrança dos valores adequados aos consumidores.
“Nós inclusive levamos essa situação para os Procons. Quem define preço de bomba são as distribuidoras, pois os postos tem estoque limitado. A redução de preços demora a chegar nas bombas, porque as distribuidoras demoram uma vida pra baixar”, disse o especialista.
A demonstração de insatisfação com a situação atual do mercado aconteceu após a Petrobras aumentar o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um crescimento de R$ 0,23 por litro.
O Sindipetro reforça que o aumento dos preços da gasolina é coerente com a política de preço atual da Petrobras, que considera o mercado internacional.
No entanto, a decisão acaba impactando também no consumidor final, visto que os postos poderão sofrer com crescimentos nos valores.
A situação atual de dependência dos preços cobrados pelas distribuidoras para o repasse nos postos de combustíveis ainda é preocupante, alerta o Sindipetro.
Saiba mais sobre o Sindipetro PB
Fundado em 10 de abril de 1976, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro/Paraíba) é uma entidade que representa os interesses da revenda de derivados do petróleo, combustíveis automotivos, álcool combustíveis, gás natural veicular (GNV), lubrificantes automotivos, lavagens de veículos e gás liquefeito (GLP) na Paraíba. O órgão é responsável por mais de 30% da arrecadação do ICMS da Paraíba, sem falar na geração de empregos e renda.