A lendária Texaco retorna ao Brasil após mais de uma década com um novo modelo de negócios. O primeiro posto foi inaugurado e a marca promete desafiar grandes players do mercado como Petrobras e Shell. Será que os brasileiros abraçarão o retorno?
Uma marca icônica está de volta às estradas brasileiras, prometendo transformar o mercado de combustíveis e desafiar gigantes como Shell e Petrobras.
Após 19 anos fora do Brasil, a Texaco ressurge com uma proposta ambiciosa que combina inovação, nostalgia e uma nova abordagem comercial que pode revolucionar o setor.
O primeiro passo desse retorno ocorreu em Palhoça, Santa Catarina, no início de novembro de 2024, com a inauguração do primeiro posto Texaco no Brasil em mais de uma década.
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Segundo a Ipiranga, parceira responsável pela operação no país, esse é apenas o começo de uma expansão planejada para diversos estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, nos próximos meses.
Uma história de tradição e retorno
Fundada em 1901, no Texas, a Texaco desembarcou no Brasil em 1915, conquistando espaço e popularidade ao longo das décadas.
No auge de sua presença no país, a marca chegou a contar com cerca de 2 mil postos de combustíveis, oferecendo produtos e serviços que ganharam a confiança dos consumidores.
No entanto, em 2008, o grupo Ultra, controlador da Ipiranga, adquiriu as operações da Texaco no Brasil e converteu os postos para sua própria bandeira, encerrando a presença da marca norte-americana no país.
Agora, graças a um contrato de licenciamento firmado em maio de 2024 entre a Chevron Brands International LLC, dona da Texaco, e a Ipiranga, a marca retorna ao mercado com uma estratégia moderna e focada em combustíveis premium.
Inovação no modelo de negócios
Diferentemente do formato tradicional, onde as distribuidoras investem na infraestrutura dos postos, o retorno da Texaco ao Brasil introduz o conceito do “revendedor-investidor”.
Nesse modelo, os proprietários dos postos assumem os custos estruturais, enquanto a Ipiranga fica responsável pelo fornecimento de combustíveis e campanhas de marketing.
Conforme Bárbara Miranda, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga, esse modelo oferece maior liberdade e autonomia aos revendedores, permitindo exclusividade regional e eliminando os longos contratos de compra obrigatória que predominavam no mercado.
“Esse novo paradigma torna o movimento mais leve para a Ipiranga e dá mais liberdade ao revendedor, que não fica amarrado tanto tempo por um contrato”, explica Bárbara.
A executiva ressalta que, embora grandes redes sejam as principais candidatas a operar os postos Texaco, revendedores menores com perfis adequados também poderão se beneficiar da marca.
Tecnologia e expansão estratégica
A Texaco retorna ao Brasil com sua linha de combustíveis aditivados, conhecida pela tecnologia Techron, que promete maior eficiência e cuidado com os motores dos veículos.
Além disso, os postos Texaco também contarão com lojas de conveniência Star Mart e serviços de troca de óleo Star Lube, ampliando a experiência oferecida aos consumidores.
A primeira unidade em Palhoça já está operando e serve como um marco inicial dessa nova fase.
Segundo a Ipiranga, os próximos passos incluem a expansão para estados estratégicos como São Paulo e Rio de Janeiro ainda em 2024.
A Chevron, proprietária da Texaco, vê no Brasil um mercado com potencial gigantesco, especialmente no segmento de combustíveis premium, que cresce à medida que consumidores buscam maior qualidade e eficiência.
O impacto no mercado brasileiro
O retorno da Texaco promete acirrar a competição em um mercado dominado por marcas como Shell, BR Distribuidora (Petrobras) e a própria Ipiranga.
A marca aposta em sua tradição e na saudade de consumidores que viveram a era de ouro da Texaco no Brasil.
Para a Ipiranga, relançar a Texaco é uma oportunidade de reforçar sua presença no segmento de combustíveis aditivados, um nicho que tem mostrado crescimento consistente nos últimos anos.
A expectativa é de que o modelo de negócios inovador e a força da marca Texaco aumentem as vendas e atraiam novos consumidores.
O que esperar do futuro?
Com a Texaco já operando em Palhoça e planos concretos de expansão, os próximos meses serão cruciais para avaliar o impacto dessa estratégia no mercado.
O modelo de “revendedor-investidor” pode ser um divisor de águas, abrindo espaço para mais flexibilidade no setor de combustíveis.
Enquanto isso, os consumidores têm mais uma opção para abastecer seus veículos com qualidade e eficiência.
Será que o retorno da Texaco conseguirá conquistar novamente o coração dos brasileiros e desbancar gigantes como Shell e Petrobras?