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Porto de Santos supera recordes mensal e semestral motivado pela expansão das operações de movimentação de cargas do agronegócio

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 28/07/2022 às 17:15
Atualizado em 31/07/2022 às 17:38
A ampliação do prazo de concessão para a privatização do Porto de Santos pode não trazer vantagens. O Governo Federal avalia a possibilidade de ampliar de 35 para 50 anos, porém, esta medida pode não trazer muitos benefícios para o investidor e para a prestação de serviços do terminal portuário.
Foto: Germano Lüders

O agronegócio eleva a movimentação de cargas no terminal portuário de Santos, e supera recordes mensal e semestral. A soja em grãos destacou-se como a carga de maior volume, atingindo cerca de 21,6 milhões de toneladas no semestre.

Nessa última quinta-feira, (28/07), foi anunciado que o Porto de Santos voltou a registrar recordes de movimentação de cargas para o agronegócio. No primeiro semestre de 2022, o terminal portuário alcançou a melhor marca histórica para o período, 80,7 milhões de toneladas, um aumento significativo se comparado ao mesmo período do ano passado, por exemplo.

As cargas do Agronegócio são as principais razões para o aumento da movimentação do Porto de Santos

O Agronegócio é o principal motivo da elevação da movimentação de cargas no terminal portuário de Santos, fazendo com que o porto supere recordes mensal e semestral neste ano. Neste primeiro semestre de 2022, o porto teve um aumento de 5,7% sobre o mesmo período do ano passado, considerando somente o mês de junho, foram 14,1 milhões de toneladas, motivadas pelo agronegócio, um crescimento de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

As cargas do Agronegócio continuam à frente desse desempenho de movimentação. Dessa forma, no acumulado do semestre, os embarques do composto de soja (+10,9%), com 26,1 milhões de toneladas; milho (+184,1%), com 1,8 milhão de toneladas, e celulose (+60,4%), com 3,9 milhões de toneladas, e as descargas de fertilizante (+23,1%), com 4,1 milhões de toneladas, foram os destaques, por exemplo. Além disso, os embarques de carne (+41%), com 1,2 milhão de toneladas, óleo combustível com 1,4 milhões de toneladas, sucos cítricos também com 1,2 milhão e descargas de enxofre com 1 milhão, também se destacaram.

No entanto, os destaques do mês de junho ficaram por conta da soja em grãos, com 3,5 milhões de toneladas, um aumento de 21,3%, a celulose também garantiu seu lugar de destaque com um aumento de cerca de 46% e o milho com 325 mil toneladas, elevando o início da venda da safra deste grão, também se sobressaiu.

A grande movimentação do terminal portuário de Santos também elevou o PIB brasileiro

Com a movimentação gigantesca provocada pelo agronegócio no porto de Santos, um dos beneficiados foi o PIB brasileiro, que cresceu em média 1,1% ao ano, com o crescimento anual de tonelagem e da taxa de contêineres no terminal portuário. Além disso, os fertilizantes encabeçaram o ranking das cargas de importação, crescendo 21,5% e somando 8 milhões de toneladas.

Desse modo, o diretor de operações do porto, Marcelo Ribeiro, alerta para a necessidade de novas infraestruturas para as operações de contêiner:  “Nossa capacidade atual é de 5,3 milhões de TEU. A SPA, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) já estão preparando o leilão de nova área para operação de contêineres, o STS 10, que deve ocorrer no segundo semestre deste ano. O STS 53 é determinante para que Santos disponibilize infraestrutura adequada à demanda para essa carga. Hoje não conseguimos atender, na totalidade, o volume de fertilizante de nossa área de influência, por falta de capacidade instalada”.

Além disso, atracaram no terminal de Santos no último ano um total de 4.856 navios. Esses números ficaram 1,0% abaixo de 2020. A baixa no número de navios junta ao aumento na movimentação  caracteriza a vinda para Santos de navios de maior porte que permitem um maior desempenho operacional e aumento da produtividade.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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