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Por que tendências de petróleo e gás são essenciais hoje em dia?

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 03/06/2025 às 16:00
Equipamentos de extração de petróleo ao pôr do sol em um complexo industrial de gás e petróleo.
Vista de bombas de extração e torres de refino durante o pôr do sol em uma instalação de petróleo e gás.
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Entenda por que acompanhar as tendências de petróleo e gás é fundamental para prever mudanças na economia, no setor energético e na geopolítica mundial — mesmo em meio à transição para fontes renováveis.

As tendências de petróleo e gás impactam profundamente praticamente todos os aspectos da nossa vida moderna.

Desde os meios de transporte até a produção de eletricidade, passando pela fabricação de produtos plásticos, fertilizantes e inúmeros outros itens do nosso cotidiano, os combustíveis fósseis continuam a desempenhar um papel central na economia global.

Portanto, acompanhar essas tendências ajuda a entender como essas mudanças podem afetar nosso dia a dia.

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Mas, afinal, por que acompanhar essas tendências se tornou tão importante nos dias de hoje?

Para compreender o presente e imaginar o futuro do setor, é necessário voltar um pouco no tempo e entender como o petróleo e o gás natural conquistaram protagonismo no cenário energético mundial.

Como petróleo e gás conquistaram protagonismo

Infográfico em português sobre como o petróleo e o gás conquistaram protagonismo, com ícones de extração de petróleo e gás, e informações históricas sobre o setor energético.

Foi no final do século XIX que o petróleo começou a ser explorado em larga escala, substituindo progressivamente o carvão como principal fonte de energia.

Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), a primeira perfuração comercial realizada por Edwin Drake em 1859, na Pensilvânia, marcou o início da indústria petrolífera moderna.

Esse evento histórico impulsionou uma transformação energética sem precedentes.

Já o gás natural ganhou força a partir da década de 1950, com o avanço das tecnologias de transporte e armazenamento.

A Agência Internacional de Energia (IEA), em relatório de 2022, destaca que o gás natural passou a ser visto como uma alternativa eficiente e menos poluente em comparação ao carvão, ganhando espaço nas matrizes energéticas globais.

Esse crescimento ocorreu devido à necessidade crescente de energia barata e abundante.

Por isso, os países produtores passaram a desempenhar um papel geopolítico importante, especialmente os membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), fundada em 1960.

A OPEP influenciou preços, acordos comerciais e até conflitos internacionais, conforme apontam análises do Conselho Mundial de Energia (WEC).

Desde então, qualquer mudança nas tendências de petróleo e gás afeta não apenas os mercados, mas também a política global e o modo como as sociedades se organizam.

Além disso, o petróleo transformou completamente a indústria dos transportes.

A popularização do automóvel e o crescimento da aviação comercial no século XX tornaram o combustível fóssil imprescindível, como destacado por estudos do Instituto de Petróleo Americano (API).

Por fim, o petróleo também se tornou sinônimo de desenvolvimento econômico, estando diretamente ligado ao progresso das grandes potências, de acordo com dados do Banco Mundial.

A relevância dos combustíveis fósseis no século XXI

Infográfico ilustrando a relevância dos combustíveis fósseis no século XXI, com ícones representando carro, barril de petróleo e usina termelétrica.

Mesmo em pleno século XXI, com tantos avanços tecnológicos e a ascensão das fontes renováveis, petróleo e gás ainda movem a economia mundial.

Isso ocorre porque eles oferecem versatilidade e eficiência energética, como explica a Agência Internacional de Energia (IEA) em seu relatório anual de 2023.

Por um lado, o petróleo, além de combustível para carros e aviões, serve como matéria-prima para a indústria petroquímica.

Por outro lado, o gás natural alimenta usinas termelétricas, produz calor para indústrias e aquece residências em países mais frios.

No entanto, o mundo tem mudado rapidamente. As discussões sobre sustentabilidade, mudanças climáticas e emissões de carbono ganharam força nas últimas décadas.

Por isso, o Acordo de Paris, assinado em 2015 sob a Organização das Nações Unidas (ONU), marcou o compromisso global de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Segundo a ONU, o acordo é um marco para a luta contra o aquecimento global.

Isso levou governos, empresas e consumidores a repensarem o uso de combustíveis fósseis.

Com a crescente conscientização ambiental, muitos países começaram a limitar a exploração de novos campos petrolíferos, principalmente em áreas ambientalmente sensíveis, como o Ártico e reservas offshore profundas.

Esse movimento é registrado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Essas pressões influenciam diretamente a indústria e geram incertezas quanto ao futuro da oferta mundial.

Assim, novas tendências surgem dentro do próprio setor de petróleo e gás, criando um cenário de transição energética.

E é justamente nesse ponto que acompanhar as tendências se torna ainda mais essencial.

Geopolítica e economia caminham juntas

Infográfico sobre a relação entre geopolítica e economia, com mapa da Ucrânia, ícone de petróleo e gráfico de crescimento em fundo azul.

As tendências de petróleo e gás estão intimamente ligadas à geopolítica.

Por exemplo, a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, evidenciou a dependência energética da Europa em relação ao gás russo.

Isso levou muitos países a buscarem alternativas de fornecimento, inclusive reativando terminais de gás natural liquefeito (GNL).

Mudanças assim afetam os preços globais, influenciam decisões econômicas e impactam diretamente a vida das pessoas — desde o custo do combustível até a inflação de alimentos e produtos industriais.

Além disso, países que antes dependiam quase exclusivamente da exportação de petróleo têm buscado formas de diversificar suas economias.

A Arábia Saudita, por exemplo, lançou o plano “Visão 2030”, apresentado em 2016, que pretende reduzir a dependência do petróleo e desenvolver setores como turismo, tecnologia e infraestrutura.

Esse plano está documentado em publicações oficiais do governo saudita.

Isso mostra como a dinâmica dos países produtores mudou de forma significativa.

Outro aspecto geopolítico importante é o aumento da produção de petróleo e gás em países fora do eixo tradicional, como os Estados Unidos.

Graças ao avanço da tecnologia de fraturamento hidráulico (fracking), os EUA se tornaram um dos maiores produtores mundiais a partir da década de 2010, conforme dados da Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA).

Esse fenômeno alterou o equilíbrio global e as relações comerciais internacionais.

Por que acompanhar as tendências de petróleo e gás é indispensável

Entender as tendências de petróleo e gás não interessa apenas a especialistas ou investidores.

Essa compreensão é essencial para governos que formulam políticas públicas, para empresas que querem se manter competitivas e até para o cidadão comum, que sente os reflexos dessas mudanças no dia a dia.

A energia está no centro das decisões econômicas e ambientais do planeta.

Portanto, saber para onde o setor de petróleo e gás caminha ajuda a prever crises, antecipar oportunidades e, principalmente, tomar decisões mais conscientes, tanto no nível individual quanto coletivo.

Além disso, acompanhar essas tendências garante uma transição energética equilibrada e justa.

Não se trata apenas de substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis, mas de assegurar que essa mudança ocorra de forma estruturada, com acesso à energia, geração de empregos e estabilidade econômica.

Os desafios dessa transição são muitos: desde a necessidade de investimentos em infraestrutura até a capacitação da mão de obra.

Portanto, países que não acompanharem essas tendências poderão ficar para trás, enquanto os que se adaptarem poderão se beneficiar de novos mercados e tecnologias.

As tendências de petróleo e gás continuam moldando o futuro da energia, da economia e da sociedade como um todo.

Num cenário global cada vez mais dinâmico e interconectado, estar atento às tendências de petróleo e gás é estar preparado para os desafios e oportunidades do presente e do futuro.

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Como está o Brasil na geopolítica do petróleo e gás natural? – IBP

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Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem acessível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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