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Por que painéis solares estão sendo instalados ​​em cemitérios municipais?

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/02/2025 às 23:37
Atualizado em 08/02/2025 às 07:52
painéis solares, cemitérios
Foto: Reprodução
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Cemitérios municipais estão se tornando espaços para geração de energia solar. Mas por que essa iniciativa está se popularizando? Descubra os motivos e os benefícios dessa estratégia sustentável!

A necessidade de fontes de energia limpa nunca foi tão urgente. O mundo busca alternativas sustentáveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e combater os efeitos das mudanças climáticas. Por conta disso, até cemitérios estão sendo usados.

Diversas cidades ao redor do globo estão investindo na energia solar como parte de seus planos para atingir a neutralidade de carbono até 2050.

No entanto, um dos grandes desafios dessa transição é a ocupação de espaços valiosos, como terras agrícolas e ecossistemas vulneráveis.

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Diante desse dilema, a cidade de Valência, na Espanha, implementou uma solução inusitada: instalar painéis solares em cemitérios municipais.

A iniciativa, chamada Requiem in Power (RIP), promete equilibrar o crescimento da energia renovável com a preservação do meio ambiente, sem comprometer espaços produtivos ou áreas naturais.

O projeto RIP: como funciona?

O projeto RIP visa transformar cinco cemitérios da cidade em verdadeiros parques solares urbanos. A iniciativa recebeu um investimento de 3,2 milhões de euros e tem o potencial de gerar até 3.388 MWh de eletricidade por ano. Para isso, 6.658 módulos fotovoltaicos serão instalados até o primeiro semestre de 2025.

Os cemitérios envolvidos no projeto são:

  • General
  • Cabanyal
  • Grau
  • Campanar
  • Benimàmet

Avanço das instalações

As obras de implantação estão ocorrendo conforme o cronograma. Nos cemitérios de Grau, Campanar e Benimàmet, a instalação dos painéis solares já foi concluída, e as primeiras unidades devem começar a operar em breve.

  • Cemitério de Campanar: equipado com 375 painéis solares, com capacidade de 161,25 kWc em uma área de 800 m².
  • Cemitério de Grau: abriga 176 painéis fotovoltaicos, ocupando 319 m².
  • Cemitério de Benimàmet: possui 259 módulos solares em uma área de 564 m².

Com isso, os cemitérios de Valência passarão a desempenhar um papel fundamental na geração de energia renovável.

Respeito aos espaços funerários

Um dos principais questionamentos em relação ao projeto é o impacto sobre os sepultamentos e o respeito aos falecidos e seus familiares.

No entanto, as autoridades valencianas garantem que os painéis solares serão instalados apenas nos telhados dos nichos funerários mais recentes, de forma a não interferir nos túmulos.

Essa abordagem minimiza a visibilidade dos módulos e evita qualquer impacto visual ou emocional para visitantes e familiares. A ideia é que a instalação seja discreta e harmoniosa, tornando-se quase imperceptível do solo.

Benefícios para a comunidade

O projeto RIP vai além da sustentabilidade ambiental. Com uma capacidade total de 2.800 kWc, a eletricidade gerada será distribuída da seguinte forma:

  • 75% será direcionado para prédios municipais, reduzindo custos públicos com energia.
  • 25% beneficiará famílias de baixa renda, garantindo acesso a energia limpa e acessível.

Carlos Mundina, responsável pela gestão dos cemitérios da Câmara Municipal de Valência, enfatiza que essa iniciativa transformará a cidade em referência na energia solar urbana.

Segundo ele, o projeto resultará na maior central fotovoltaica urbana da Europa, consolidando Valência como um modelo de inovação e sustentabilidade.

O futuro da energia solar urbana

A experiência de Valência pode abrir caminho para outras cidades implementarem soluções similares. O aproveitamento de espaços urbanos subutilizados para instalação de painéis solares pode ser uma estratégia eficaz para expandir a capacidade de geração de energia limpa sem prejudicar áreas agrícolas ou naturais.

Com isso, o projeto RIP se destaca como uma alternativa inteligente e criativa para enfrentar os desafios energéticos e ambientais da atualidade.

Para quem busca soluções inovadoras, vale a pena acompanhar o desdobramento dessa iniciativa e considerar formas de adaptação para outras regiões do mundo.

A transição para energias renováveis exige criatividade e planejamento. A iniciativa de Valência é um exemplo de como a sustentabilidade pode caminhar lado a lado com o respeito à história e ao patrimônio das cidades. Afinal, a energia do futuro pode, sim, nascer em lugares inesperados.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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