Com motor 1.0, estrutura leve e soluções simples, o Renault Kwid surpreende em economia e lidera a nova lista do Inmetro entre os carros mais eficientes do Brasil.
O Renault Kwid 2025 foi reconhecido pelo Inmetro como o carro a combustão mais eficiente do Brasil, conforme a nova tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
Com consumo energético de apenas 1,40 MJ/km, o modelo se destaca por aliar motor simples, baixo peso e soluções tecnológicas acessíveis.
Entrega uma performance urbana superior mesmo com um dos preços mais baixos do mercado.
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Segundo os dados oficiais, o hatch compacto chega a fazer até 15,7 km/l com gasolina na estrada, e 14,6 km/l na cidade — números que se aproximam do desempenho de muitas motos.
Motor Renault 1.0 SCe e estrutura leve
A versão 2025 do Renault Kwid utiliza motor 1.0 SCe flex de três cilindros, que entrega até 71 cavalos de potência com etanol e 68 cv com gasolina.
O torque máximo atinge 10 kgfm, enquanto a transmissão é manual de cinco marchas.
Com apenas 820 quilos, o modelo consegue otimizar cada gota de combustível.
Obtém nota A em eficiência energética na classificação do Inmetro.
Além da motorização enxuta e do peso reduzido, o carro aposta em elementos técnicos que reforçam sua economia.
Entre eles estão a aerodinâmica pensada para o uso urbano, pneus com baixa resistência à rolagem e uma calibração eletrônica voltada exclusivamente para o consumo.
Outro fator relevante é a ausência de sistemas complexos ou pesados, como ar-condicionado automático ou direção elétrica sofisticada.
Isso favorece tanto a economia quanto a manutenção.
Renault Kwid: consumo de moto com estrutura de carro
Esse conjunto técnico torna o Kwid uma alternativa atrativa para quem busca um carro barato de manter.
Com versões a partir de R$ 70 mil, o Renault também oferece benefícios indiretos, como IPVA mais acessível, seguro de valor reduzido e revisões com preços fixos competitivos.
Dados de mercado mostram que o custo total mensal do modelo, incluindo combustível, seguro, impostos e manutenção, gira em torno de R$ 2.200.
Valor inferior ao de muitos rivais do mesmo segmento.
A proposta da Renault é entregar um carro urbano que possa competir, inclusive, com veículos de duas rodas no quesito economia.
O consumo com etanol também é expressivo: 10,1 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada.
Para muitos motoristas que rodam grandes distâncias diariamente, isso representa um alívio no bolso, sem a necessidade de migrar para modelos híbridos ou elétricos, ainda mais caros.
Comparativo de consumo com rivais diretos
Segundo a Tabela PBEV 2025, elaborada pelo Inmetro, o Kwid supera concorrentes como Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Fiat Mobi e Volkswagen Polo.
Todos esses modelos utilizam motorizações semelhantes, com três cilindros e 1.0 de cilindrada.
Mas nenhum deles alcançou consumo energético tão baixo quanto o do Renault.
A diferença se explica, em parte, pelo foco radical da marca francesa na eficiência estrutural do veículo, além da simplicidade de sua proposta.
Benefícios práticos e estrutura funcional
Outro destaque é o porta-malas com capacidade de 290 litros, número superior ao de vários concorrentes diretos.
Isso confere ao compacto maior versatilidade para o uso diário.
O Kwid oferece ainda:
- Controle de estabilidade
- Assistente de partida em rampa
- Quatro airbags
- Monitoramento da pressão dos pneus
- Central multimídia com tela de 8 polegadas
Itens que reforçam seu valor de mercado mesmo com uma proposta de baixo custo.
A manutenção do modelo também é facilitada por soluções como a corrente de distribuição, no lugar da tradicional correia dentada.
Isso reduz o número de substituições periódicas e evita custos extras ao longo do tempo.
As revisões regulares têm valores fixados pela montadora e giram em torno de R$ 500 nas primeiras visitas à concessionária.
Renault Kwid E-Tech e novas opções
Além da versão tradicional a combustão, o Kwid também é oferecido em uma versão 100% elétrica, a E-Tech.
Ela promete autonomia urbana de cerca de 185 km e consumo equivalente a 52,7 km/l.
No entanto, o valor inicial supera os R$ 139 mil, tornando-se uma alternativa menos viável para quem busca economia de curto prazo.
Consome como moto, entrega como carro
No segmento de entrada, o Kwid é hoje um dos poucos modelos que ainda entrega alto desempenho de consumo com motor a combustão, sem recorrer a tecnologias híbridas.
A proposta da Renault parece seguir um caminho pouco explorado: manter simplicidade mecânica, baixo custo de operação e desempenho urbano compatível com o ritmo das cidades brasileiras.
Na prática, o carro consome como uma moto, mas entrega os benefícios de um automóvel completo:
- Ar-condicionado
- Segurança
- Conforto
- Espaço interno
O resultado é um modelo ideal para quem valoriza a economia sem abrir mão da praticidade.
Com um desempenho que rivaliza com o das motocicletas em consumo e uma estrutura pensada para o cotidiano urbano, será que o Renault Kwid é o carro que finalmente substitui a moto nas grandes cidades?