O número de acidentes de avião recentes tem chamado atenção. Especialistas analisam as causas e explicam se há motivos para preocupação
Nos últimos meses, uma série de acidentes de avião, além de incidentes, tem preocupado passageiros frequentes e especialistas em aviação em todo o mundo. Em janeiro de 2025, vários episódios alarmantes foram registrados.
Nos EUA, se destacou a colisão entre um jato da American Airlines e um helicóptero Black Hawk perto de Washington DC, a queda de um avião de transporte médico na Filadélfia e um voo da United Airlines que emitiu fumaça antes da decolagem em Houston.
Diante disso, muitos se perguntam: por que esses acidentes estão acontecendo com mais frequência? A aviação comercial ainda é segura? Para entender melhor, analisamos os dados mais recentes e consultamos especialistas.
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Acidentes de avião
Conforme a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), já foram registrados cerca de 15 acidentes ou colisões menores envolvendo jatos comerciais e aeronaves menores neste ano nos Estados Unidos. Além disso, incidentes menores também foram relatados, incluindo falhas mecânicas e pousos forçados.
No Brasil, nesta sexta-feira, 7, um avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, atingindo um ônibus.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, a aeronave decolou do Aeroporto Campo de Marte às 7h15 e caiu minutos depois, tentando um pouso forçado.
O impacto gerou uma explosão, danificando diversos veículos. O acidente resultou em duas mortes e dois feridos.
O que está causando o aumento dos acidentes aéreos?
Os motivos para esses acidentes variam. A colisão entre o jato da American Airlines e o helicóptero Black Hawk ainda está sob investigação, assim como a queda do avião médico na Filadélfia. Outros incidentes, como o da Califórnia, foram atribuídos a falhas técnicas.
Especialistas apontam alguns fatores que podem estar contribuindo para o aumento dos incidentes:
- Fator humano: erro de pilotos e controladores de tráfego aéreo continua sendo uma das principais causas de acidentes.
- Fadiga da frota: muitas aeronaves estão em operação há décadas, aumentando o risco de falhas mecânicas.
- Infraestrutura e manutenção: atrasos e redução nos investimentos em aeroportos e aeronaves podem impactar a segurança.
- Clima extremo: tempestades e turbulências severas têm sido mais frequentes, aumentando o risco de incidentes.
Ainda é seguro voar?
Apesar dos eventos recentes, especialistas afirmam que voar continua sendo o meio de transporte mais seguro.
Segundo Anthony Brickhouse, especialista em segurança da aviação, “os passageiros estão mais seguros em seu voo do que ao dirigir até o aeroporto”.
Ele enfatiza que as investigações sobre esses incidentes devem ser acompanhadas pelo público para garantir que melhorias sejam implementadas.
Dados da Bloomberg indicam que 2024 foi o ano mais letal para a aviação desde 2018, com cerca de 300 fatalidades globalmente. No entanto, esse número ainda é baixo quando comparado ao volume total de voos realizados.
O que esperar para o futuro da segurança aérea?
Com o aumento dos incidentes, é esperado que governos e empresas invistam mais em segurança operacional, fiscalização e tecnologia. Algumas medidas que devem ser priorizadas incluem:
- Modernização das aeronaves: substituição de modelos antigos por novos, com sistemas de segurança avançados.
- Melhoria no treinamento: capacitação mais rigorosa para pilotos e equipes de solo.
- Monitoramento de condições climáticas: maior investimento em previsão e análise de riscos meteorológicos.
Os passageiros também podem contribuir para sua segurança ao escolher companhias com bom histórico de manutenção e seguir protocolos durante os voos.
Com isso, mesmo diante dos incidentes recentes, a segurança aérea continua evoluindo e os passageiros devem confiar nas melhorias em curso para manter as viagens de avião seguras.