Apesar dos benefícios econômicos e políticos, Noruega, Suíça e Islândia preferem manter sua soberania e evitar compromissos com as regras impostas pela União Europeia.
A União Europeia (UE) é composta por 27 estados-membros. Apesar de sua influência global, algumas nações europeias notáveis nunca fizeram parte do bloco. Entre elas, Suíça, Noruega e Islândia se destacam.
Um vídeo com língua inglesa explorou todos os motivos por trás dessa decisão. Enquanto duas dessas nações mantêm uma remota possibilidade de adesão, a terceira praticamente descarta essa ideia.
Noruega
A Noruega tentou ingressar na União Europeia em duas ocasiões. A primeira ocorreu em 1962, quando solicitou adesão à Comunidade Econômica Europeia (CEE). Contudo, o veto francês à candidatura do Reino Unido em 1963 também afetou indiretamente o processo norueguês.
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Em 1972, após longas negociações, os noruegueses participaram de um referendo e rejeitaram a adesão. Um segundo referendo, em 1994, teve o mesmo resultado. Desde então, o país não busca ingressar no bloco.
Os principais motivos estão ligados à economia e à soberania. “O grande problema é o peixe”, relatou o vídeo. A Noruega considera vital manter o controle sobre sua indústria pesqueira, essencial para a economia local. Caso se juntasse à União Europeia, o país teria que adotar a política comum de pesca da União.
Além disso, a Noruega é rica em petróleo e gás, recursos fundamentais para sua economia. Muitos temem que a adesão comprometesse a autonomia sobre esses bens. “Para os noruegueses, preservar a soberania nacional é crucial. Há uma relutância em ceder aspectos de sua autonomia à administração em Bruxelas”.
Islândia
A Islândia, situada entre os oceanos Atlântico Norte e Ártico, buscou aderir à UE em 2009, logo após a crise financeira global. A expectativa era que a adesão trouxesse maior estabilidade econômica. Porém, em 2013, com uma mudança no governo, o interesse diminuiu, e o processo de inscrição foi abandonado.
Assim como a Noruega, a Islândia se preocupa com sua indústria pesqueira, que desempenha um papel central na economia. Robben destaca que questões como soberania e controle da moeda nacional também influenciam o debate.
Embora a adesão pudesse trazer benefícios econômicos, muitos islandeses temem perder a autonomia sobre setores estratégicos.
Outro fator relevante foi o impacto de eventos internacionais, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, que moldaram a opinião pública no país. Apesar disso, os islandeses nunca realizaram um referendo específico sobre a adesão.
Suíça
A Suíça, conhecida por sua neutralidade histórica, é talvez a mais resistente à ideia de se juntar à UE. Em 1992, após um referendo, os suíços rejeitaram a proposta de entrar na Área Econômica Europeia, o que enfraqueceu qualquer plano futuro de adesão.
A tradição de neutralidade do país é apenas um dos fatores que explicam essa postura. O sistema político suíço, baseado na democracia direta, torna problemático transferir poder decisório para Bruxelas.
Apesar de estar fora da UE, a Suíça mantém uma relação próxima com o bloco por meio de acordos bilaterais.
Esses tratados garantem acesso ao mercado único, sem as obrigações de um membro pleno. Para muitos suíços, essa abordagem representa um equilíbrio ideal entre benefícios econômicos e independência política.
Pesquisas recentes mostram que a adesão à UE tem um apoio extremamente baixo no país. A Suíça não está interessada, e a opinião pública sobre o tema é clara.
Futuro Incerto de adesão a União Europeia
Avaliando as chances de Suíça, Noruega e Islândia ingressarem na UE, é improvável que qualquer um desses países se junte ao bloco em breve. No entanto, sabemos que a Suíça está ainda mais distante dessa possibilidade.
A Noruega e a Islândia mantêm relações mais próximas com a UE e podem considerar a adesão em algum momento. Contudo, suas preocupações com recursos naturais, economia e soberania tornam a integração um desafio significativo. Já a Suíça parece estar completamente satisfeita com seu status atual.
Essas decisões refletem as prioridades de cada nação em equilibrar seus interesses econômicos, políticos e culturais com os benefícios de uma integração maior. Enquanto a União Europeia segue sendo um dos blocos mais influentes do mundo, algumas nações europeias continuam optando por caminhos alternativos.
Atualmente, a União Europeia (UE) é composta por 27 países membros. Este número foi reduzido de 28 para 27 em 2020, após a saída do Reino Unido, evento conhecido como ‘Brexit’.