A construção da ponte sobre o Rio Jacuí, que deveria facilitar a vida de milhares de motoristas entre Triunfo e São Jerônimo, enfrenta mais um atraso! Prometida há 60 anos, a obra continua no papel, deixando a população desesperada. Um novo adiamento põe em risco a conclusão desse projeto essencial para a região. Será que vai sair do papel?
A esperada construção da ponte sobre o Rio Jacuí, que promete facilitar a vida de milhares de moradores entre Triunfo e São Jerônimo, no Rio Grande do Sul, sofreu mais um revés.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou um novo adiamento na elaboração do projeto-executivo, empurrando o cronograma da obra ainda mais para frente.
Com isso, os habitantes da região continuam dependendo exclusivamente da travessia por balsa, um método que, além de demorado, pode ser interrompido em períodos de seca ou chuvas intensas.
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A prorrogação do projeto
Inicialmente prevista para ser concluída ainda em 2024, a elaboração do projeto-executivo agora tem um novo prazo: 18 de setembro de 2025.
A responsável pelos estudos é a empresa Enecon, contratada por R$ 2,3 milhões para finalizar essa etapa.
Esse planejamento inclui desde o levantamento geológico da área até os detalhes estruturais da futura ponte.
Além do atraso na conclusão dos estudos, a vigência do contrato também foi alterada, sendo estendida até fevereiro de 2026.
Ou seja, mesmo após a finalização do projeto, ainda haverá um longo caminho burocrático até que as obras de fato comecem.
O novo prazo para a conclusão do projeto representa mais um capítulo em uma história de seis décadas de espera.
Desde os anos 1960, moradores da região acompanham promessas sobre a ponte que nunca saíram do papel. A cada novo governo, surgem propostas, mas os obstáculos burocráticos e financeiros impedem que a obra avance.
Por que a ponte é tão importante?
A nova ponte sobre o Rio Jacuí não é apenas uma promessa de infraestrutura, mas sim uma necessidade urgente para milhares de motoristas e moradores que dependem da travessia diária por balsa.
Atualmente, cerca de mil veículos atravessam a região diariamente, enfrentando um trajeto que pode levar até 15 minutos em condições normais.
No entanto, em períodos de estiagem ou chuvas fortes, a travessia pode ser interrompida, causando transtornos e prejuízos.
Além disso, a ausência da ponte impacta diretamente o desenvolvimento econômico da região.
Empresas de transporte e logística enfrentam desafios para escoar produtos, o que afeta setores como a agricultura, o comércio e a indústria.
O tempo de deslocamento entre as cidades vizinhas poderia ser significativamente reduzido com a nova ligação rodoviária, proporcionando mais segurança e eficiência no tráfego local.
A falta de uma ligação direta também divide a BR-470 em duas partes na região, prejudicando o tráfego e a economia local.
Com a construção da ponte, essa divisão será eliminada, facilitando o escoamento de produtos e reduzindo o tempo de deslocamento para trabalhadores e estudantes.
Projeto de traçado definido, mas sem data para obra
Apesar dos atrasos, o estudo de viabilidade definiu o local exato onde a ponte será erguida. O novo traçado prevê a construção da estrutura mais a leste do atual percurso da balsa.
Além da ponte, também será necessária a pavimentação da BR-470 para conectar a nova via ao restante da rodovia federal.
O grande entrave, no entanto, segue sendo a falta de previsão para o início efetivo da obra.
Sem uma data definida para a construção, o temor dos moradores é que o projeto continue apenas no papel, como ocorreu nos últimos 60 anos.
Perspectivas e desafios
Embora o Dnit tenha reiterado que a construção da ponte segue nos planos do governo federal, a burocracia e a falta de investimento aceleram o descrédito da população.
Muitos moradores já perderam a esperança de ver a obra concluída, especialmente diante dos sucessivos adiamentos.
A questão do financiamento da obra é outro ponto crítico. Para que a ponte seja construída, será necessário um investimento robusto, que pode ultrapassar centenas de milhões de reais.
No entanto, sem uma alocação orçamentária clara, há o receio de que o projeto continue sendo postergado indefinidamente.
Enquanto isso, alternativas temporárias vêm sendo discutidas, como a ampliação da frota de balsas ou a melhoria nas condições de operação das travessias atuais.
No entanto, tais medidas são paliativas e não resolvem o problema estrutural enfrentado há décadas.
Resta saber: será que desta vez a construção finalmente sairá do papel ou continuará como uma promessa adiada indefinidamente?