Ponte orçada em quase R$ 400 milhões avança no Litoral do Paraná, com conclusão prevista para abril de 2026, beneficiando mobilidade, meio ambiente e economia regional.
A construção da nova Ponte de Guaratuba, no Litoral do Paraná, atingiu 73% de execução no boletim publicado na última quarta-feira (10) e mantém frentes ativas nos acessos e na estrutura principal.
Orçada em quase R$ 400 milhões e sob responsabilidade do Consórcio Nova Ponte, a obra tem inauguração prevista para abril de 2026, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
Cronograma e declaração oficial
O diretor-presidente do DER-PR, Fernando Furiatti, afirmou que o cronograma segue dentro do planejado.
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“Permanecemos superando todos os desafios rumo à conclusão da obra, sendo executada com total qualidade e atendendo todas as normativas para uma obra de arte especial e para os seus acessos, como também os aspectos ambientais e demais critérios”.
Em seguida, reforçou: “Os paranaenses podem marcar no calendário do ano que vem, a inauguração da Ponte de Guaratuba será realizada no mês de abril, conforme previsto”.
A projeção de início de operação em abril de 2026 também é reiterada por publicações oficiais do governo estadual.
Estrutura principal: pré-moldado e estaiado
No trecho pré-moldado, o avanço inclui 62 estacas concluídas (24 no estaiado e 38 no pré-moldado) e 16 vigas travessas executadas.
Já foram fabricadas 126 vigas longarinas e lançadas 110, o que permitiu concretar 11 lajes do tabuleiro dentro dos 23 vãos previstos para toda a ponte.
A parte estaiada, de maior complexidade técnica, já tem fundações, pilares das torres e aduelas de partida finalizados.
Em agosto, com a técnica de balanços sucessivos, foram executados três pares de aduelas no apoio 04 e dois pares no apoio 05, totalizando 85 metros de um total de 320 metros desse segmento.
Os primeiros estais também foram instalados para sustentar a seção central do tabuleiro.
Como funcionam os estais e a fundação
Os estais são cabos de aço tensionados que conectam o tabuleiro às torres, transferindo esforços verticais e horizontais para os mastros e, destes, para as fundações.
Nessas, as estacas marítimas distribuem as cargas ao solo e à rocha, garantindo estabilidade à estrutura principal e aos acessos.
Acessos: obras em Matinhos e em Guaratuba
Os acessos evoluem em ritmo acelerado. No lado de Matinhos, com cerca de 880 metros, seguem serviços de drenagem, terraplenagem e pavimentação.
As vigas longarinas que comporão a estrutura desse lado já estão sendo fabricadas no próprio canteiro.
Do lado de Guaratuba, o acesso possui aproximadamente 940 metros e concentra o maior desafio geométrico: o rebaixamento do morro para melhorar a rampa existente.
As contenções combinam solo grampeado com cortina atirantada estaqueada, totalizando 10 mil m² de área contida.
O planejamento prevê movimentar 200 mil m³ de solo e aplicar 50 mil m² de pavimentação.
Considerando os dois acessos e a travessia principal, a intervenção total supera 3 km de extensão.
Impactos ambientais previstos
Além da melhoria de mobilidade, estudos associados ao projeto indicam potencial redução de ruído subaquático com a substituição da travessia por ferry-boat.
Essa mudança pode favorecer o retorno de espécies como o boto-cinza e tartarugas marinhas na Baía de Guaratuba.
Essa avaliação consta nos materiais técnicos e informativos do programa ambiental da obra.
Acompanhamento e transparência
A obra é coordenada pelo DER-PR, autarquia vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL).
O andamento pode ser acompanhado em tempo real por meio de câmeras de monitoramento disponibilizadas pelo governo do Estado em página oficial, que também reúne boletins mensais e conteúdos de engenharia, meio ambiente e social.
O que vem pela frente
Com a execução distribuída entre o tabuleiro pré-moldado, a seção estaiada e os acessos em ambas as margens, o próximo ciclo de obras tende a concentrar a continuidade das aduelas em balanço sucessivo, o lançamento de longarinas remanescentes e a pavimentação e contenções nos acessos.
Mantido o ritmo reportado no boletim de agosto, o cronograma divulgado pelo DER-PR para abril de 2026 permanece como referência para abertura ao tráfego.
A expectativa de quem utiliza a travessia diariamente é que a entrega reduza filas, melhore a previsibilidade e diminua as interrupções causadas por intempéries e marés; na prática, como essa mudança deve impactar sua rotina no Litoral quando a ponte entrar em operação?