1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Política de preços de combustíveis no Brasil dependerá da futura presidência da Petrobras, afirma secretário-executivo do Ministério da Fazenda
Tempo de leitura 3 min de leitura

Política de preços de combustíveis no Brasil dependerá da futura presidência da Petrobras, afirma secretário-executivo do Ministério da Fazenda

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 05/01/2023 às 12:00
O presidente do Sindipetro afirmou que os postos de combustíveis do Brasil ainda são reféns das distribuidoras para o cálculo dos valores cobrados. Os reajustes constantes nos preços dos produtos acaba impactando no repasse ao consumidor final.
Fonte: PronaTEC

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda comentou sobre os planos de curto, médio e longo prazo para controlar os valores cobrados pelos produtos no Brasil. Gabriel Galípolo ainda afirmou que a política de preços dos combustíveis dependerá da Petrobras.

Os primeiros dias do novo Governo Lula já estão dando o que falar quanto às propostas para o mercado de combustíveis nacional. Na última terça-feira, (03/01), o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, comentou sobre o futuro da política de preços adotada pela Petrobras quanto aos combustíveis no Brasil. Segundo ele, a decisão sobre os reajustes dos valores dependerá da futura presidência da estatal, cotada para ser assumida por Jean Paul Prates.

Ministério da Fazenda irá dialogar sobre política de preços dos combustíveis, mas a decisão partirá do futuro presidente da Petrobras, destaca Galípolo

Os últimos meses vêm sendo de grandes discussões quanto à política de preços adotada pela Petrobras para a comercialização de combustíveis no Brasil, e os impactos na qualidade de vida do consumidor final.

Dessa forma, o novo Ministério da Fazenda do Governo Lula se articula para buscar melhorias e uma estabilização no segmento, mesmo lidando com um déficit fiscal deixado pelo Governo Bolsonaro.

Assim, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, comentou sobre o futuro da política de preços da estatal e destacou que a decisão sobre qualquer mudança será tomada pela futura presidência da empresa.

O nome mais cotado atualmente para assumir a administração da companhia é o do senador Jean Paul Prates, que deverá se tornar o presidente da Petrobras já nos próximos meses.

Assim, o Ministério da Fazenda deverá dialogar fortemente com o senador para verificar o melhor modelo de cobrança dos preços dos combustíveis no Brasil, mas seguirá acatando a decisão da empresa. 

Hoje, a política de preços segue a cotação internacional e é influenciada pelo câmbio, algo bem-visto pelo mercado.

Jean Paul Prates defende a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis no Brasil, visando reduzir o valor cobrado em crises e minimizar os impactos causados à população.

Estão sendo desenvolvidos planos de curto, médio e longo prazo para a política de preços junto à Petrobras

Do ponto de vista fiscal, Galípolo afirmou que o Ministério da Fazenda está desenvolvendo planos de curto, médio e longo prazo quanto à política de preços dos combustíveis na Petrobras.

Na questão dos combustíveis, ele disse que o custo anualizado da desoneração federal da gasolina é de cerca de R$ 30 bilhões e do diesel, de R$ 18 bilhões, mas que houve uma avaliação de que, devido à matriz de transporte rodoviário, o custo dos combustíveis afetariam o preço de produtos básicos para a população.

O Governo Lula iniciou a semana expandindo a medida provisória que prevê a desoneração da gasolina por mais dois meses, e a desoneração do diesel até o fim do ano de 2023, como forma de controlar uma possível elevação nos preços.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, estão sendo analisadas uma série de renúncias fiscais no setor dos combustíveis visando a minimização dos danos ao consumidor.

Há também uma avaliação da qualidade do gasto, como o que ocorreu com a mudança do Auxílio Brasil, que gerou o aumento de famílias mononucleares, já que o benefício era dado por família.

“Estudamos como mitigar e reduzir o déficit fiscal previsto para 2023”, disse, em entrevista à Globonews.

Agora, basta aguardar a futura presidência da estatal apresentar um novo modelo de cobrança dos combustíveis para a estabilização dos preços no país.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos