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Polissilício, material utilizado para construção de painéis solares fotovoltaicos, tem sua maior alta dos últimos 11 anos com maior procura por energia renovável

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 23/06/2022 às 06:35
Polissilício, material utilizado para contrução de painéis solares fotovoltaicos, tem sua maior alta dos últimos 11 anos com maior procura por energia renovável - Canva
Material utilizado nos painéis estão mais caros – Canva

A tentativa de obter energia renovável e fontes mais limpas vindas do Oriente, em países como a China e Índia, está fazendo com que o preço das matérias-primas utilizadas para a fabricação dos painéis fotovoltaicos tenha uma nova alta. 

Energia renovável? O Polissilício, material utilizado como matéria-prima para a construção de painéis solares fotovoltaicos, está tendo a sua maior alta em mais 11 anos devido à sua busca elevada para transição da energia fóssil para a verde. A notícia foi divulgada pelo portal do Caixin Global. Um dos países que estão impactando o preço inflado vem sendo a China. O país está em um forte impulso de energia limpa e, devido a isso, vem apresentando altas demandas de compras, tanto internas quanto externas. 

O Polissilício da mais alta qualidade teve o seu preço elevado em 20 semanas seguidas, os dados foram compartilhados pela  Associação da Indústria de Silício da China. Ao todo, em relação ao ano de 2021, é estimado que o valor tenha subido na faixa de 25,8%, e esteja entre os maiores desde o ano de 2011. Apesar dos avanços de preços, analistas argumentam que as expectativas é que os valores se mantenham mais estáveis neste ano. 

China vem aumentando a sua capacidade para energia verde e pode diminuir exponencialmente as suas emissões com os painéis solares

De janeiro até o mês de maio deste ano, a China teria alcançado a meta de ao menos  23,71 gigawatts, sendo um aumento de 139% em relação ao ano anterior, ou seja, é como se os investimentos do setor tivessem dobrado. 

O país não vem investindo somente em energia renovável solar, como também no hidrogênio verde. Muitas empresas, não apenas chinesas, estão anunciando investimentos voltados para o hidrogênio verde, como no caso da Airbus, que afirmou durante a última quarta-feira, 22 de junho, que estaria investindo na fabricação de motores de aviões que usassem este combustível a fim de diminuir os gastos a longo prazo com o biodiesel. 

Apesar disso, os desenvolvedores de Polissilício anunciaram que pretendem, dentro de alguns anos e a curto prazo, aumentar a produção exponencialmente deste material, de modo a conseguir suprir as demandas tidas pelos chineses. Até o final do ano de 2023, é estimado que a capacidade de produção chegue a mais de 2,25 milhões de toneladas, o que fará com que a transição para o uso de fontes renováveis em vez de combustíveis fósseis se torne mais sustentável e barata. O alto preço dos painéis faz com que países como a Índia acreditem que o valor mínimo que terão que investir para haver a transição seja de US$ 230 bilhões até o ano de 2030. 

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Atualmente, a capacidade de produção da China está em apenas 540 mil toneladas. Entretanto, o intuito é aumentar em 4 vezes o atual valor produzido de modo a diminuir os custos. 

Energia renovável no Brasil não tem efeitos tão positivos

A energia renovável e painéis solares no Brasil vem causando algumas polêmicas com a possibilidade do governo federal começar a taxar o sol. O governo federal conta com um projeto de não cobrança de ICMS por quarenta anos para quem investir na energia solar em 2022. No entanto, aqueles que investirem a partir do ano de 2023, terão que pagar tributos sobre toda a energia produzida, o que faz com que muitos brasileiros acreditem que não seja viável, porque mesmo que não pague a conta de luz, ainda terá tributos mensais. 

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